Mais 176 trabalhadores recebem crachá do Ambulante Legal, que ultrapassa marca de 8 mil beneficiados

Publicado em 20/02/2020 - 13:32 | Atualizado em 20/02/2020 - 13:36
Marina exibe seu crachá, ao lado da filha Jaqueline e da neta Antonella. Foto: Marco Antonio Rezende / Prefeitura do RioMarina exibe seu crachá, ao lado da filha Jaqueline e da neta Antonella. Foto: Marco Antonio Rezende / Prefeitura do Rio

Marina Braga, 56 anos, foi buscar seu crachá de Ambulante Legal muito bem acompanhada por representantes de mais duas gerações da família: a filha Jaqueline, 32, e a netinha Antonella, de apenas 4 meses. Com os doces, balas e chocolates que vende, há 25 anos, no Méier, ela leva o sustento para casa. Marina é um dos 176 trabalhadores que receberam o documento de identificação das mãos do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, nesta quinta-feira (20/02), no Palácio da Cidade, em Botafogo. Outros 172 crachás já tinham sido distribuídos na terça passada. O número de vendedores de rua beneficiados pelo programa chega agora a 8.030, em 122 bairros.

– Você agora tem o seu crachá! É preciso respeitar e valorizar esse crachá. Não podemos deixar a rua virar bagunça. Nem todo mundo pode ser ambulante. Porque aí não dá, ninguém vende nada. Tem que ser organizado para dar certo. E a Prefeitura está organizando – disse Crivella aos ambulantes, durante a solenidade de entrega dos documentos.

Sabe o que o crachá dá? Respeito

 

Adilson: 24 anos vendendo nas ruas. Agora é Ambulante Legal. Foto: Marco Antonio Rezende / Prefeitura do Rio
Adilson: 24 anos vendendo nas ruas. Agora é Ambulante Legal. Foto: Marco Antonio Rezende / Prefeitura do Rio

 

Adilson Soares de Paula vende frutas no Cachambi, também na Zona Norte. Ele conta que as campeãs na preferência popular são mamão e banana, dentre outras opções, como uva, morango e pera.

– É uma segurança estar legalizado, com o crachá no peito. As pessoas passam a ter mais confiança na gente, sabem que a gente está dentro da legalidade. Em outros tempos, a gente não podia trabalhar tranquilo, e agora a gente pode levar o pão de cada dia em paz, com a documentação certinha – relata o ex-metalúrgico, de 64 anos, que vende nas ruas desde 1996.

Com a netinha no colo, Marina Braga concorda:

– É tranquilidade para a gente e para o consumidor – diz.

Por que o crachá tem QR code?

O QR code é um código de barras bidimensional de resposta rápida. Ele permite à fiscalização e à população acessar em tempo real diversas informações: nome, número de inscrição e mercadorias autorizadas para venda. Por meio da tecnologia, também é possível verificar o local onde o ambulante pode atuar, em espeito ao ordenamento urbano.

Qualificação profissional e mais

Lançado em agosto de 2018 pelo prefeito Crivella, o Ambulante Legal organiza e facilita a identificação dos vendedores autorizados a trabalhar nas ruas da cidade. Mas não é só. O programa prevê a implantação de políticas públicas de qualificação profissional dos vendedores. E incentiva que cada um faça crescer seu negócio e se torne empreendedor.

Com esse objetivo, a Prefeitura estabelece parcerias com a Caixa, para facilitar financiamentos, e com o Sesc, que oferece cursos gratuitos de empreendedorismo. E ainda tem o Procon Carioca, que dá condições aos ambulantes de limpar seus nomes e de abrir negociações em casos em que tenham, como consumidores, queixas contra empresas prestadoras de serviços.

De onde são os vendedores beneficiados desta vez?

Os ambulantes que receberam crachás nesta quinta trabalham nas seguintes localidades: Méier, Higienópolis, Cachambi, Del Castilho, Piedade, Engenho de Dentro, Todos os Santos, Engenho Novo, Inhaúma, Pilares, Abolição, Tomás Coelho, Engenho da Rainha Jacarezinho, Sampaio, Maria da Graça, Encantado e Lins de Vasconcelos.

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