Mais 583 alunas concluem cursos da Casa da Mulher Carioca e ganham novas profissões

Publicado em 18/12/2019 - 12:35 | Atualizado em 18/12/2019 - 12:37
Vera se formou no curso de artesanato: "divisor de águas". Foto: Giovanna AbbudVera se formou no curso de artesanato: "divisor de águas". Foto: Giovanna Abbud

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, concedeu nesta quarta-feira, 18 de dezembro, certificação de conclusão de cursos profissionalizantes a 583 alunas da Casa da Mulher Carioca Tia Doca, em Madureira.

-Essa é uma etapa vencida, um passo na estrada em direção aos horizontes da esperança. Nós somos fortes. Nós podemos aprender o que quisermos, e o desejo de aprender já mostra a nossa força para conseguir executar – destacou Crivella, durante a cerimônia de formatura.

Na segunda-feira, outras 372 alunas da Casa da Mulher Dinah Coutinho, em Realengo, se formaram em cursos profissionalizantes e também receberam do prefeito seus diplomas. Em 2019, as duas unidades realizaram mais de 45 mil atendimentos e certificaram mais de 1.500 mulheres nos três ciclos de cursos ofertados ao longo do ano.

Casa da Mulher Carioca ensina profissão e forma 372 alunas empoderadas para o mercado de trabalho

– Aqui temos histórias de superação, autonomia e resgate da autoestima. É a Casa da Mulher fazendo a diferença para toda a cidade – reforçou a subsecretária de Políticas para Mulheres da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Joyce Braga.

Vidas transformadas pelos cursos

Com o certificado do curso de manicure em mãos, Paloma Roberta Martins de Oliveira, de 35 anos, celebra a mudança de vida desde que conheceu os serviços da Casa da Mulher Carioca. Ela ingressou na unidade em janeiro, no curso de trança.

– Eu estava deprimida, desempregada, não via graça em nada, mal conseguia me comunicar. Hoje sou outra pessoa. A casa me ensinou a ser uma mulher-superação, me mostrou que eu também sou parte do mundo. Agora quero continuar trabalhando e multiplicar tudo o que aprendi – planeja a moradora do Complexo da Maré.

A professora Márcia Regina Teixeira da Costa, que acompanhou a evolução de Paloma, contou que ver a mudança nas alunas inspira as trabalhadoras da Casa.

– Levantamos a autoestima delas com a capacitação e aprendemos muito com essa troca. Hoje elas estão empoderadas, mas nós saímos daqui empoderadas também ao ver aonde elas conseguiram chegar. É muito gratificante – pontuou.

Para a aposentada Vera Bento, de 57 anos, o curso de artesanato foi importante para superar um trauma que sofreu por conta de um episódio de violência.

– Foi um divisor de águas em minha vida. Voltei a me sentir viva, fiz amigas e agora ocupo minha mente com arte – detalhou.

Saiba mais sobre o programa

A Casa da Mulher Carioca, gerida pela Subsecretária de Políticas para Mulheres, é um espaço de promoção de políticas públicas para as mulheres e mulheres trans com o objetivo de desenvolver um ambiente de empoderamento, capacitação, interação e exercício da cidadania das cariocas, respeitando suas diferenças étnico-raciais, religiosas, geracionais, de classe, origem e orientação sexual.

As unidades ofertam oferta de atendimentos individuais e coletivos para mulheres que passaram ou não por qualquer tipo de violência, contando com assistentes sociais, psicólogas, pedagogas e advogadas. Os cursos livres são voltados para capacitação profissional e geração de renda nas áreas: administrativa, de informática, trabalhos manuais e beleza, contribuindo para a melhoria da autoestima e estimulando o empreendedorismo feminino, além da autonomia financeira.

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