Prefeitura cede uso de terreno municipal para projeto social que beneficiará mil estudantes

Publicado em 24/06/2019 - 14:16 | Atualizado em 26/06/2019 - 14:14
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Priscila Ribeiro, de 32 anos e as filhas Jamile, de 5 meses, e Ana Lúcia, de 12 anos, que já integra o projeto. Foto: Marcos de Paula / Prefeitura do Rio
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, fez nesta segunda-feira, 24 de junho, a entrega da cessão de uso de um terreno municipal para ampliação de um projeto social que existe há 26 anos e beneficia centenas de crianças em Santa Cruz, na Zona Oeste. A Associação de Mulheres do Parque Florestal, localidade do bairro da Zona Oeste, oferece gratuitamente aulas de reforço escolar a 200 crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos, num sede alugada na Avenida João XXIII, 115. Com a cessão do terreno em frente ao endereço, de quase 7 mil metros quadrados, pela Prefeitura, pelo período de 20 anos, prorrogáveis por mais 20, a estimativa é de que o atendimento seja estendido a até mil estudantes, a grande maioria da rede municipal de ensino.
Crivella lembrou que foi dado o primeiro passo para a construção de um antigo sonho da comunidade.
– Agora é levar o projeto para o Urbanismo  (Secretaria Municipal) para verificar se está tudo dentro dos padrões. Os arquitetos da Prefeitura também vão contribuir para fazer um projeto bonito. Uma vez que o projeto estiver pronto, vamos dar início às obras. Vai ficar tudo bem bacana para nossas crianças de Santa Cruz. Esse terreno era um patrimônio da Prefeitura, mas agora será um patrimônio dessas crianças, de todos nós. Quando essa obra ficar pronta, que exista dentro dessa escola o sentimento de paz, de amor – disse Crivella.
O projeto foi criado há 26 anos pela professora Elizete da Rocha da Silva, aposentada da rede estadual de Educação e presidente da Associação de Mulheres do Parque Florestal. Os alunos recebem aulas principalmente de Matemática e Português, mas também é oferecido reforço em outras disciplinas, dependendo da necessidade. Há crianças, inclusive, que são alfabetizadas no programa, que funciona no contra-turno. Ou seja, quem estuda à tarde na escola regular, tem reforço escolar de manhã e vice-versa.
– Uma hora de aula de reforço custa cerca de R$ 100. As famílias não podem pagar. Nós oferecemos esse serviço gratuitamente. Cada criança tem duas horas de aula de reforço. Hoje temos nove turmas, e mantemos quatro salas num local em que pagamos aluguel, graças à ajuda de parceiros na iniciativa privada – contou Elizete. Segundo ela, a nova sede terá dois andares e será concluída até o final do mandato de Crivella. O projeto funcionará também em parceria com a siderúrgica Ternium Brasil, que já apoia as ações da unidade há oito anos, com recursos para alimentação e aluguel do atual imóvel, por exemplo. O prédio prevê aproveitamento de energia solar e água de chuva reciclada em seu funcionamento.
A fila de espera do programa atualmente é de 300 crianças e adolescentes. A cessão do terreno vai permitir a construção de mais salas de aula, quadra poliesportiva, piscina, e a ampliação do serviço. Com o apoio da Ternium Brasil, parceira da iniciativa social cuja sede fica também em Santa Cruz, a Associação de Mulheres do Parque Florestal espera atender cinco vezes mais alunos do que atualmente. As novas instalações, num espaço maior, deverão estar prontas em seis meses, segundo Elizete. Tudo será construído com dinheiro privado, a partir de doações.
Mais que um reforço escolar
Para Rosane Antero dos Reis, de 49 anos, mãe de Vitor Hugo, de 11, e Maria Vitória, de 14, ambos integrantes do projeto, o reforço escolar vai além do ensino fora dos colégios.
– Aqui eles aprendem até a se comportar melhor em casa – acrescenta  Rosane.
Para Priscila Ribeiro, 32 anos, mãe de Ana Lúcia, de 12, e Jamile, de 5 meses, a  construção de uma sede própria lhe traz esperança.
– Além da Ana Lúcia, sei que Jamile e outras crianças da região também serão beneficiadas no futuro – disse.
  • 24 de junho de 2019
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