Decreto que proibia feiras de artesanato desde 2000 é revogado, em atendimento a antiga reivindicação de trabalhadores

Publicado em 20/09/2019 - 16:21 | Atualizado em 20/09/2019 - 16:25
Expositores e organizadores de feiras de artesanato e variedades aplaudem o momento da assinatura do decreto que revogou proibição da atividade. Foto: Mariana Ramos / Prefeitura do RioExpositores e organizadores de feiras de artesanato e variedades aplaudem o momento da assinatura do decreto que revogou proibição da atividade. Foto: Mariana Ramos / Prefeitura do Rio

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, assinou nesta sexta-feira, 20 de setembro, no Palácio da Cidade, em Botafogo, decreto que revoga a proibição do funcionamento de feiras de variedades na cidade, onde são vendidos artesanato, moda e culinária. O novo texto, que torna sem efeito uma lei do ano 2000, cria um grupo de trabalho cuja missão será, em até 45 dias, formular a nova legislação para esse tipo de comércio de rua.

– Hoje lançamos o que é uma inspiração justa e legítima de muitos anos: um grupo de trabalho para ouvir os trabalhadores das feiras de variedades e ter uma lei boa, uma lei que permita, numa época de alto desemprego na cidade, que eles tenham uma atividade rentável e possam trabalhar em paz – afirmou Crivella.

O grupo de trabalho reúne representantes de órgãos municipais e organizadores e expositores das feiras. A partir das reuniões será definida uma lista com 34 locais onde esses comerciantes poderão trabalhar nos próximos 45 dias, enquanto a nova legislação é elaborada. Parte das praças escolhidas está ociosa e, com a presença dos feirantes, elas poderão ser revitalizadas.

– Esse novo decreto incentiva a ocupação dos espaços públicos ociosos, levando economia criativa, segurança e lazer. É um marco na nossa cidade. Ganha a economia criativa e ganha a população – comentou o secretário municipal de Envelhecimento Saudável, Qualidade de Vida e Eventos, Felipe Michel.

A artesã Suzane Klein, 81 anos, é uma das beneficiadas. Ela começou no ofício com apenas 4 anos de idade, e em 2007 passou a vender em feiras seus produtos de tricô e crochê, entre outros objetos.

– Poder voltar às feiras é uma maravilha. Agora vocês vão poder me ver nas feiras! Eu já tenho uma certa idade, é difícil trabalhar. O artesanato faz parte da minha vida. Quando eu faço artesanato, eu esqueço de tudo, de todos os problemas. Estou muito feliz! – comemorou dona Suzane.

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