Em evento internacional, prefeitura anuncia ações para tornar o Rio mais sustentável

Publicado em 12/06/2019 - 18:03 | Atualizado em 12/06/2019 - 18:08
Abertura do Congresso Mundial das Câmaras de ComércioAbertura do Congresso Mundial das Câmaras de Comércio. Fotos Paulo Sérgio/Prefeitura do Rio

O Congresso Mundial das Câmaras de Comércio, maior evento global da International Chamber of Commerce (ICC) foi aberto ontem, no Hotel Windsor da Barra da Tijuca. O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, participou do evento e anunciou uma série de iniciativas que situam a cidade entre as que se modernizam com base na economia criativa, no respeito ao meio ambiente e na luta contra a pobreza.  Entre os projetos, está a criação de unidades de produção de energia solar em áreas urbanas.

O congresso, que acontece até amanhã, foi aberto pelo Diretor de Política Global da ICC, Nikolaus Schultze. Depois dele, Crivella falou para um público de 400 pessoas, entre elas líderes empresariais de mais de 100 países. O prefeito destacou que o Rio é hoje uma cidade com várias oportunidades de negócios e aberta a investidores internacionais.

Durante a apresentação, Crivella destacou os quatro decretos publicados ontem no Diário Oficial do Município, que situam o Rio na vanguarda das cidades inteligentes. Um deles estabelece diretrizes para alinhar o município com as metas da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. O prefeito explicou que esses objetivos fazem parte do Plano de Desenvolvimento Sustentável e orientam o trabalho do Comitê Integrado de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável.

Já o segundo decreto institui o Programa Cidade pelo Clima, integrando ações para reduzir emissões de carbono, entre outras metas, além de monitorar a emissão de gases do efeito estufa. Essas ações se alinham com os objetivos do terceiro decreto, que prevê a redução dessas emissões na rede pública de transporte municipal:

– Um exemplo concreto é a substituição da frota do BRT por uma movida à eletricidade, o compartilhamento de bicicletas e outras formas de transporte público acessível a todos – enfatizou Crivella.

Outro decreto cria um Comitê de Governança de Políticas Públicas para Inovação que, segundo o prefeito, deverá propor ações coerentes com todas essas propostas.

Crivella também enumerou medidas em estudo para “garantir que o Rio evolua como uma cidade inteligente”. Uma delas é criação de unidades de produção de energia solar em áreas urbanas, cujo projeto está sendo analisado em conjunto com o BNDES. Os estudos técnicos e de viabilidade deverão estar concluídos em cinco meses, informou o prefeito.

Outra iniciativa, já em curso, é o projeto-piloto da usina de biometanização, que transforma lixo orgânico em energia.

– Nós sabemos que, para sermos uma cidade inteligente, precisamos envolver nossas crianças nessas ações – afirmou Crivella, citando as 200 unidades da rede municipal de ensino que contam com hortas escolares, com a participação de 20 mil alunos, em um programa de alimentação saudável. – Como temos 1.540 escolas municipais, temos bastante espaço para crescer.

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Ainda como parte dessa estratégia, Crivella citou o projeto de substituição de 450 mil pontos de luz na cidade por luminárias modernas e mais econômicas, além de menos poluentes. O edital de licitação será lançado esta semana. A proposta inclui a instalação de equipamentos modernos com wi-fi pela cidade, detectores de enchente e câmeras de alta definição.

– Gostaria também de enfatizar que estamos examinando um projeto de revitalização e mobilidade urbana, que prevê uma grande estrutura suspensa sobre a linha do trem, ligando nosso centro financeiro à região do estádio do Maracanã. Serão instalados muitos prédios e centros econômicos sobre essa estrutura, seguindo o que já foi feito na River Gauche, em Paris – explicou Crivella.

O prefeito lembrou que o Rio participa de várias redes internacionais, como a C-40 e a União de Cidades Capitais Ibero-americanas, que trabalham em conjunto visando a sustentabilidade, mobilidade urbana, segurança, cultura e educação. Frisou ainda que a cidade já promoveu encontros internacionais como o do Brics.

Crivella destacou ainda que o Rio foi escolhido pela Unesco e pela União Internacional dos Arquitetos para ser a Primeira Capital Mundial de Arquitetura, em 2020.

  • 12 de junho de 2019
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