Seop, Polícia Militar e Polícia Civil impedem a realização da Feira de Acari

Publicado em 28/01/2024 - 11:24 | Atualizado em 28/01/2024 - 19:51
Os guardas municipais usaram os coletes à prova de bala que a corporação recebeu esta semana - Fábio Costa/Prefeitura do Rio

A Secretaria de Ordem Pública, com apoio da Polícia Militar e da Polícia Civil, realizou neste domingo, dia 28, uma operação de ordenamento para garantir o cumprimento do decreto publicado na última terça-feira, dia 23, pela Prefeitura do Rio, que proibiu o funcionamento da Feira de Acari. Na ação, a Secretaria de Ordem Pública e a Guarda Municipal atuaram com 160 agentes para impedir a realização da feira e para coibir outras irregularidades da região, como estacionamento irregular. Já a Polícia Militar empregou policiais do 9º BPM (Rocha Miranda), 41º BPM (Irajá), Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE) e do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) para garantir a segurança dos agentes municipais, uma vez que a região sofre influência do crime organizado armado, mantendo assim a estabilidade durante os trabalhos.

– A operação que nós fizemos hoje em Acari é uma ocupação preventiva do local onde costuma funcionar a feira, que é proibida, que é ilegal.  Uma ocupação indevida do espaço público e que a Secretaria de Ordem Pública, através do seu núcleo de inteligência, mapeou, inclusive vendas de produtos oriundos de roubo de cargas. Enfim, fato esse já dividido com a polícia. Então, nós ocupamos aqui desde cedo, na madrugada, e vamos continuar durante o dia todo justamente para que a feira não aconteça, fazendo assim cumprir o decreto do prefeito Eduardo Paes que proibiu a feira – enfatizou o secretário de Ordem Pública,  Brenno Carnevale.

Durante a operação, os agentes da Seop demoliram duas estruturas fixas com cobertura que ocupavam a calçada irregularmente e mais sete estruturas precárias que serviam como moradia embaixo do viaduto. Duas notificações foram feitas em um trailer, com banheiro, e um depósito de gelo, todos localizados no passeio público, obstruindo a via. Também foram cortadas seis ligações clandestinas de luz e uma de água. A equipe desativou quatro câmeras de vigilância do crime organizado, 14 tomadas foram desfeitas e duas centrais de comando. Foram retirados cerca de 200 metros de fios e cabos que estavam sendo usados para furto de energia elétrica. Ao todo, cinco veiculos foram removidos, sendo duas motos por circularem na passarela do metrô Acari Fazenda Botafogo. Um condutor, que estava alcoolizado e desacatou os agentes, foi para a 39ª DP. Além disso, um homem foi preso por policiais  por estar com moto roubada e um outro cidadão foi detido por evadir do sistema com mandado de prisão por tráfico e roubo. Agentes da Comlurb retiraram três toneladas de resíduos.

– Nessa ação podemos destacar três importantes fatores do processo de melhoria da segurança pública em nosso estado. Integração dos órgãos públicos; ordenamento; e, repressão ao roubo de carga – destacou o secretário de Estado da PM, coronel Luiz Henrique Pires.

Cerca de 50 policiais civis participaram da ação, entre agentes de distritais, de delegacias especializadas e peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli.

– É importante ratificar a integração entre as instituições, a parceria do Governo do Estado com a Prefeitura com o objetivo de controlar, prevenir e fiscalizar qualquer tipo de ilegalidade. A Polícia Civil possui investigações em andamento para apurar a origem das mercadorias, bem como a relação do comércio local com organizações criminosas, para identificar e responsabilizar os envolvidos – ressaltou o secretário de Estado de Polícia Civil, delegado Marcus Amim.

A Guarda Municipal utilizou na operação os coletes à prova de bala que foram entregues esta semana para a corporação. Também participaram da operação agentes da Comlurb, Águas do Rio, Light, Secretaria de Proteção e Defesa dos Animais, Secretaria de Assistência Social e Rioluz.

Decreto proibiu a Feira de Acari

A decisão do prefeito Eduardo Paes de proibir a realização da Feira de Acari foi baseada no relatório de inteligência produzido pela Seop, em que ficaram comprovadas diversas irregularidades da feira, como comercialização de material oriundo de roubos de cargas, contrabando e sem procedência comprovada, além da ocupação irregular de área pública. No documento, constatou-se a venda ilegal de eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos, remédios, além de animais silvestres, alimentos sem o devido acondicionamento, bem como roupas de lojas de departamento pela metade do preço que constava nas etiquetas.

 

Construções irregulares que ocupavam a calçada foram destruídas – Fábio Costa/Prefeitura do Rio

 

Também foram desligadas as ligações clandestinas de luz e as câmeras instaladas pelo tráfico – Fábio Costa/Prefeitura do Rio
  • 28 de janeiro de 2024
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