Casa própria: 416 famílias em Senador Camará recebem RGI, e Prefeitura chega a 10 mil documentos entregues

Publicado em 09/10/2019 - 11:59 | Atualizado em 09/10/2019 - 12:53
Reginaldo, contemplado com o RGI, beija o documento: fim de um ciclo, e agora proprietário de fato do imóvel onde vive. Foto: Marcelo Piu / Prefeitura do RioReginaldo, contemplado com o RGI, beija o documento: fim de um ciclo, e agora proprietário de fato do imóvel onde vive. Foto: Marcelo Piu / Prefeitura do Rio

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, entregou nesta quarta-feira, 9 de outubro, o Registro Geral de Imóveis (RGI) a 416 famílias do Condomínio Residencial Destri, em Senador Camará, Zona Oeste. Desde o início da atual gestão municipal, dez mil famílias (em torno de 40 mil pessoas) receberam o documento de propriedade de seus imóveis. A previsão, até o fim do governo, é de que essa conta chegue a 25 mil famílias (cerca de 100 mil pessoas) beneficiadas.

– No dia do meu aniversário, estou tendo o grande presente de poder dar o RGI para moradores desse condomínio, que estavam esperando há anos. Isso faz com que eles tenham a posse do imóvel. Ao longo da vida, pessoas humildes já foram enganadas muitas vezes, e a tendência é de achar que o sonho nunca vai se realizar. Hoje o RGI termina uma etapa importante na vida dessas pessoas, que é a casa própria. Um apartamento desses é um monumento à sua trajetória de vida – afirmou Crivella, que ganhou um bolo de presente dos moradores.

Dona Leonice e a filha Cássia: diginidade em imóvel do Minha Casa Minha Vida. Foto: Marcelo Piu / Prefeitura do Rio
Dona Leonice e a filha Cássia: diginidade em imóvel do Minha Casa Minha Vida. Foto: Marcelo Piu / Prefeitura do Rio

Protegidos da chuva, durante a solenidade, por uma tenda instalada na área de lazer do condomínio, moradores saíram de alma lavada, com a conquista do RGI.

– Eu, minha filha (Cássia, de 39 anos) e meus netos (Lane, 21, e João, 9) morávamos num barraco, em meio a ratos, baratas e constantes tiroteios na Favela da Metral. Aqui, nossa vida ganhou mais sentido, com mais dignidade e paz para viver – contou Leonice da Silva, de 71 anos.

Reginaldo de Brito Leal, de 57 anos, revelou que mal conseguia dormir, contando os dias para receber o “tão sonhado pedaço de papel (o RGI)”.

– Antes eu ficava intrigado, pois morava num apartamento meu, mas que não era meu, por falta desse documento fundamental. Agora posso bater no peito e gritar: O imóvel, enfim, é meu, de verdade! – disse Reginaldo, acompanhado da esposa, Joelma Leal, 52.

O RGI garante a propriedade dos apartamentos e significa a realização do sonho da casa própria. O Residencial Destri, inaugurado em 2012, fica na Avenida Santa Cruz, 7.190 e tem 421 unidades, distribuídas em 28 blocos. Cinco famílias receberão o RGI posteriormente, tão logo providenciem documentos pendentes. Os beneficiados foram sorteados por meio do programa Minha Casa Minha Vida, parceria da Prefeitura com o Governo Federal, via Caixa Econômica, para construção de habitações populares.

Nos últimos dois anos, já foram entregues cerca de nove mil moradias construídas pelo Minha Casa Minha Vida, ajudando a realizar o sonho do imóvel próprio para mais de 35 mil pessoas que vivem na cidade do Rio. O secretário municipal de Infraestrutura, Habitação e Conservação (SMIHC), Sebastião Bruno, participou da cerimônia em Senador Camará.

Condomínio Residencial Destri tem 421 apartamentos, distribuídos por 28 blocos. Foto: Marcelo Piu / Prefeitura do Rio
Condomínio Residencial Destri tem 421 apartamentos, distribuídos por 28 blocos. Foto: Marcelo Piu / Prefeitura do Rio

Saiba mais sobre o Minha Casa Minha Vida

Há duas formas de participação no programa:

  • por reassentamento, quando famílias são retiradas de locais de risco ou são vítimas de desabamentos, deslizamentos ou temporais;
  • por sorteio, quando o candidato se inscreve para ser contemplado com imóvel, e o valor da prestação varia de R$ 80 a R$ 270 mensais.

Os interessados devem ter mais de 18 anos e se inscrever na Rua da Constituição 34, Centro. Para a adesão é preciso apresentar a documentação original do titular do cadastro e do cônjuge, se houver.

Os documentos necessários para participar são:

  • carteira de identidade;
  • certidão do registro civil;
  • CPF;
  • comprovante de residência;
  • contracheque ou comprovante de benefícios que prove renda;
  • certidão de nascimento de filhos menores de 18 anos.

Podem participar pessoas que não têm casa própria ou financiamento habitacional em qualquer localidade do Brasil e que nunca foram beneficiadas por programas de habitação social do governo.

  • 9 de outubro de 2019
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