Prefeitura segue com ações de monitoramento e controle da leishmaniose

Publicado em 26/03/2019 - 18:00 | Atualizado em 26/03/2019 - 18:01
  • Início/
  • /
  • Prefeitura segue com ações de monitoramento e controle da leishmaniose

A Prefeitura do Rio mantém diversas ações de prevenção, monitoramento e controle de zoonoses. Uma delas é de combate à leishmaniose visceral (a popular calazar). A doença é transmitida pela fêmea de insetos flebótomos, o mosquito-palha, que pica o cão e introduz formas do protozoário Leishmania em sua circulação.

O mosquito-palha é encontrado, em especial, em matas urbanas e em ambientes onde resíduos orgânicos não são descartados corretamente, em locais úmidos e sombreados, nas periferias de grandes centros urbanos, em criações de bichos como porcos e galinhas e mesmo em residências.

“Por isso, a principal medida de prevenção da leishmaniose é manter a casa e o meio ambiente limpos”, alerta o médico-veterinário Silvio Pimentel, do Centro de Controle de Zoonoses (CZZ).

Sentinela e também vítima da doença, o cão funciona como hospedeiro, podendo desenvolver o parasita e ficar contaminado. Mas o processo de transmissão só ocorre se o inseto picar um animal doente, se contaminar com a forma madura do micro-organismo e picar o homem.

Com tratamento e cura para os humanos, a leishmaniose aparece com mais frequência em crianças abaixo de 10 anos (devido à imaturidade imunológica e combinada com o fator de desnutrição), podendo levar ao óbito, caso não seja diagnosticada e tratada a tempo. O sexo masculino é proporcionalmente o mais afetado.

Números:

Em 2017, foram registrados no município 37 casos da leishmaniose em cães e dois em humanos. Já em 2018, foram 34 casos em animais e nenhum registro da doença em humanos.

Como as demais zoonoses, a leishmaniose segue com monitoramento de rotina da Secretaria Municipal de Saúde, em ações de prevenção e controle realizadas por equipes da Subsecretaria de Vigilância em Saúde e da Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses, responsável pelo atendimento dos cães, ainda sem cura para a doença.

Os animais recebem acompanhamento, orientação e diagnóstico com adoção de medidas previstas nos protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

Principais sintomas:

Os principais sinais da leishmaniose nos cães são lesões ao redor dos olhos, narinas e orelhas, aumento do abdômen, queda de pelos e o crescimento exagerado das unhas.

Os animais com suspeita da doença devem ser levados ao CCZ, em Santa Cruz, ou ao Instituto de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, em São Cristóvão (ambos da Vigilância Sanitária) para que seja feito o diagnóstico e o dono receba as orientações necessárias.

Em humanos, além do aumento do abdômen e do emagrecimento, há febre intermitente e anemia. Diante de qualquer um desses sintomas, a pessoa deve procurar imediatamente uma das unidades de atenção básica do município.

  • 26 de março de 2019
  • Pular para o conteúdo