Mais 237 famílias de baixa renda ganham RGI em Cosmos e total de beneficiados chega a 58 mil no Rio

Publicado em 11/03/2020 - 12:00 | Atualizado em 11/03/2020 - 12:10
Inerci da Silva, de 70 anos: "No meu lar, há 9 anos, não entra mais lama, nem água de enchente". Foto: Marcelo Piu/ Prefeitura do Rio

A alegria de, enfim, ganhar “o documento mais importante” de sua vida, foi comemorado com um largo sorriso por Inerci da Silva, de 70 anos. Ela foi uma das 237 representantes das famílias do Condomínio Trento, em Cosmos, na Zona Oeste, que nesta quarta-feira (11/03) receberam o Registro Geral de Imóveis (RGI) das mãos do prefeito Marcelo Crivella. Inaugurado em 2010, o empreendimento, que tem 297 unidades distribuídas em 20 blocos, abriga reassentados que viviam nas comunidades Dois de Maio, em Sampaio, e no Parque Bela Vista – Mundial, em Honório Gurgel, ambas na Zona Norte. Os 60 proprietários que não receberam o registro agora serão contemplados posteriormente, assim que providenciarem as documentações pendentes.

– Não tenho como expressar meu contentamento. Estou muito feliz. No meu lar, há 9 anos, não entra mais lama, nem água de enchente – resumiu Inerci, que vivia numa área de risco em Sampaio, antes de ir para o Trento.

Desde o início da atual gestão municipal, 14.796 famílias, incluindo as que estão recebendo o RGI nesta data, foram contempladas com o documento de propriedade de seus imóveis, o que significa um benefício para 58.148 pessoas. Ao discursar para os moradores, Crivella lembrou que o RGI de Inerci e seus vizinhos “é o mesmo documento que uma madame, na Vieira Souto, na Orla do Rio, tem”.

 

Moradores do Condomínio Trento comemoraram: fim de da espera de uma décadas pelo RGI. Foto: Marcelo Piu/ Prefeitura do Rio

 

– Para que serve (o RGI)? Vamos supor que amanhã você precise pegar um dinheiro no banco para comprar uma geladeira, para pagar a cirurgia de um parente. Quando você for ao banco e tiver um imóvel, o gerente vai te emprestar o dinheiro. A chave é simplesmente a posse, não significa que você é dono. Já o RGI comprova a posse – afirmou.

Em 2019, a Prefeitura entregou 7.466 RGIs, e a previsão é que o programa alcance 25 mil famílias (cerca de 100 mil pessoas), que irão receber o documento até o fim deste ano.

Garantia de herança

Glauce Cristine dos Santos, 34 anos, morava na Favela do Mundial, em Honório Gurgel, num barraco de madeira, que, segundo ela, em dias de temporais “chovia mais dentro do que fora”.

– Não tinha saneamento básico e tinha muitos ratos. Um dia cheguei do trabalho e fui informada que tinha um apartamento me esperando. Era a realização de um sonho. Agora, é como se eu tivesse saído da miséria e chegado a um palácio. E o melhor ainda, poderei deixar de herança para minha filha (Ananda, de um ano) – disse Glauce.

 

Glauce Cristine dos Santos, 34 anos, e a filha Ananda, de um ano. “Agora minha filha tem uma herança garantida”. Foto: Marcelo Piu/ Prefeitura do Rio

 

O balconista José Marcos Carvalho Silva, de 42 anos, também estava emocionado.

– Meu apartamento ficava num prédio de três andares, que desabou em 2010, na Zona Norte. Graças a Deus, eu e minha família escapamos. E ainda me deu uma nova chance de vida digna aqui, no Trento – contou.

Saiba mais sobre o Minha Casa Minha Vida

Na atual gestão, já foram entregues cerca de nove mil moradias construídas pelo Minha Casa Minha Vida, ajudando a realizar o sonho de 35 mil pessoas que vivem na cidade do Rio. Há duas formas de participação no programa: por reassentamento ou por sorteio, quando o candidato se inscreve para ser contemplado com o imóvel. O valor da prestação varia de R$ 80 a R$ 270 mensais. Os interessados devem ter mais de 18 anos e se inscrever na Rua da Constituição 34, Centro.

Para a adesão é preciso apresentar a documentação original do titular do cadastro e do cônjuge, se houver. Os documentos são: carteira de identidade, certidão do registro civil, CPF, comprovante de residência, contracheque ou comprovante de benefícios que prove renda e certidão de nascimento de filhos menores de 18 anos.

Podem participar do programa pessoas que não têm casa própria ou financiamento habitacional em qualquer localidade do Brasil e que nunca foram beneficiadas por programas de habitação social do governo.

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