“Amo meu trabalho, esse crachá é uma felicidade para a gente”, diz vendedor ao receber documento do Ambulante Legal

Publicado em 05/12/2019 - 13:54 | Atualizado em 05/12/2019 - 14:04
Claudeci da Silva, vendedor de churrasquinho em São Cristóvão, exibe, feliz. o crachá que conquistou do Ambulante Legal. Foto: Mariana Ramos / Prefeitura do RioClaudeci da Silva, vendedor de churrasquinho em São Cristóvão, exibe, feliz. o crachá que conquistou do Ambulante Legal. Foto: Mariana Ramos / Prefeitura do Rio

Claudeci da Silva, 42 anos, foi um dos 185 vendedores do comércio de rua beneficiados nesta quinta-feira, 5 de dezembro, com o crachá de identificação do Ambulante Legal. Ele vende churrasquinho no Largo da Cancela, em São Cristóvão, desde o final da década de 1990. Contou que já perdeu mercadoria para a fiscalização e hoje está feliz da vida por trabalhar tranquilo, sem correr risco.

– É uma iniciativa ótima da Prefeitura organizar nosso trabalho. Esse crachá é uma felicidade para a gente. Ainda mais receber das mãos do prefeito. Nunca tivemos isso. Antes, a gente não era recebido nem por assessor, e agora é a autoridade maior da cidade que nos dá o crachá que comprova que a gente é legalizado – disse Claudeci, para emendar, em seguida, sobre o segredo do sucesso do famoso churrasquinho da Cancela: – É gostar do que faz. Não tive estudo, não tenho emprego com carteira assinada, mas amo meu trabalho. E preparo a carne com muito carinho para os clientes – respondeu.

Separando o joio do trigo

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, entregou pessoalmente, no Palácio da Cidade, o crachá a cada um dos ambulantes. O evento reuniu titulares de licenças para atuar em 19 bairros: Centro, Benfica, Mangueira, São Cristovão, Caju, Paquetá, Santo Cristo, Pechincha, Freguesia (Zona Oeste), Tanque, Taquara, Santa Cruz, Praça Seca, Madureira, Vila Valqueire, Campo Grande, Jacarepaguá, Copacabana e Bangu.

– A gente vai separar o joio do trigo. O joio é o ambulante irregular, que muitas vezes vende mercadoria roubada, sem origem conhecida. O trigo é o legalizado, com crachá. É preciso respeitar o ordenamento urbano, para tudo funcionar direitinho. Com tudo organizado, as coisas funcionam, e o próprio trigo nos ajuda a fiscalizar e a combater o joio – explicou Crivella.

Saiba mais sobre o Ambulante Legal

O programa já alcançou 109 bairros na cidade e distribuiu 5.749 crachás. O QR code, código de barras bidimensional de resposta rápida, permite aos fiscais e aos consumidores acessar informações como nome, número de inscrição e mercadorias que o ambulante está autorizado a comercializar. Além disso, por meio da tecnologia, é possível verificar o local em que o ambulante pode atuar na cidade, respeitando o ordenamento urbano.

O Ambulante Legal foi criado em agosto de 2018. O objetivo é organizar e facilitar a identificação dos ambulantes autorizados a trabalhar na cidade, propondo, inclusive, a implantação de políticas públicas de qualificação profissional aos trabalhadores.

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