Ambulante Legal distribui mais 170 crachás. Já são 7,5 mil licenças em 115 bairros

Publicado em 04/02/2020 - 13:38 | Atualizado em 04/02/2020 - 13:45
Os titulares têm até o dia 18 para retirar o cracháOs titulares têm até o dia 18 para retirar o crachá. Foto: Marcos de Paula/Prefeitura do Rio

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, entregou nesta terça-feira (04/02) mais 170 crachás de identificação do Programa Ambulante Legal. O evento, no Palácio da Cidade, em Botafogo, reuniu titulares de licenças para comércio ambulante em Barra da Tijuca, Guaratiba, Recreio, Grumari, Pedra de Guaratiba, Barra de Guaratiba e Vargem Grande. O programa já alcançou 115 bairros.

Ao entregar os crachás, Crivella pediu aos ambulantes que sejam parceiros do poder público municipal no ordenamento urbano:

– Você precisa honrar o seu crachá, e eu tenho que honrar o meu. O seu é de ambulante legal, o meu é de prefeito. Você não educa seu filho com presente, você educa seu filho com exemplo, com sacrifício. Espero de vocês, os homens das ruas, que vocês nos ajudem. Vocês serão a tropa de 14 mil ambulantes legais que, quando virem um ambulante com carga roubada, liguem pra nós. Serão nossos fiscais nas ruas, e nós vamos melhorar esta cidade – afirmou Crivella.

Qual o alcance do programa e sua importância?

Já foram distribuídos pelo Ambulante Legal 7.532 crachás com QR code, código de barras bidimensional de resposta rápida que permite à fiscalização e à população acessarem diversas informações: nome, número de inscrição e as mercadorias que o ambulante está autorizado a comercializar. Por meio da tecnologia, também é possível verificar o local onde o ambulante pode atuar, respeitando o ordenamento urbano.

Quais os benefícios do Ambulante Legal?

Lançado em agosto de 2018 pelo prefeito, o Ambulante Legal organiza e facilita a identificação dos vendedores autorizados a trabalhar nas ruas da cidade. Também prevê a implantação de políticas públicas de qualificação profissional desses trabalhadores. O programa leva em consideração o comércio da região, de forma que a organização dos ambulantes não cause qualquer prejuízo ou conflito com as atividades locais.

No evento desta terça-feira, o Procon Carioca encaminhou pedidos de renegociação de dívidas para empresas. Isto para que não haja impedimentos nos negócios dos ambulantes legais.

Para beneficiados, certeza de sustentar suas famílias com segurança

Solange Rodrigues Oliveira e a enteada Marciene Campos trabalham em Grumari e agora estão legalizadas. Foto: Marcos de Paula/Prefeitura do Rio

Há 20 anos, Solange Rodrigues de Oliveira, de 52, sustenta sua família de 8 pessoas vendendo sucos, sanduíches e alugando barracas na Praia de Grumari. Em muitas ocasiões, conta, precisou desmontar a barraca para não ter seus produtos apreendidos pela fiscalização. Por isso, esta terça-feira representa para ela um dia de libertação:

– Se a gente não trabalha, não ganha. Mas agora, a gente está legalizado, é tudo mais seguro. Esse crachá é uma coisa maravilhosa. Representa tudo – comemora Solange.

Sidnei Monteiro trabalha na Barra da Tijuca: “Esse crachá é uma garantia para mim e para minha família”

O sentimento de segurança e libertação é compartilhado por Sidnei Monteiro, 52 anos, que há 25 tem uma barraca de bebidas no Posto 4, na Barra da Tijuca. Com seu trabalho, ele cuida da mulher e três filhos, o mais velho de 25 anos e o mais novo, de 11. Todos moram com ele, na Cidade de Deus, em Jacarepaguá.

– Esse crachá é uma garantia para mim e minha família. É muito bom trabalhar assim, sem dever nada a ninguém, sabendo que está tudo certo – afirma.

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