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Prefeitura forma primeira turma da residência em Medicina Veterinária do país com foco em vigilância sanitária
Publicado em 11/02/2020 - 09:37 | Atualizado em 14/02/2020 - 20:51- Início/
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A Prefeitura do Rio acaba de formar os dez médicos-veterinários da primeira turma da única residência em Medicina Veterinária do Brasil com foco em vigilância sanitária. Enquanto este grupo comemora o diploma conquistado no último dia 5, outros dez residentes seguem no segundo ano da especialização que acontece em unidades da Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses (Subvisa), prontas para receber em março o terceiro time de residentes já convocados. Os novatos vão atuar em áreas como análises de alimentos, clínica médica e cirurgia no Centro de Controle de Zoonoses Paulo Dacorso Filho (CCZ, em Santa Cruz, no Complexo Zona Oeste da Vigilância), no Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman (IJV) e no Laboratório Municipal de Saúde Pública (Lasp), ambos em São Cristóvão, no Complexo Zona Norte da Subvisa.

– Esse programa nos trouxe uma formação muito melhor porque aprendemos colocando a mão na massa, em uma capacitação aprofundada da medicina veterinária, o que mostra a importância da nossa profissão no dia a dia da sociedade. Afinal, somos muito mais que cuidadores de pequenos e grandes animais. O nosso trabalho é imprescindível para a prevenção de zoonoses, para o controle da qualidade da água e para muitas outras ações áreas da saúde pública. Pertencer a esta primeira turma realmente me enche de orgulho – disse emocionada Fernanda Ferreira da Silva, 31 anos, uma das residentes diplomas.
Com o reforço dos residentes, a Vigilância ampliou serviços como a castração oferecida gratuitamente à população, que passou de 4.431 em 2018 para 10.083 em 2019, ultrapassando a marca de 18 mil nos três anos da atual gestão.
– A residência em medicina veterinária é uma modalidade de pós-graduação voltada, em especial, para os recém-formados, com treinamento profissional supervisionado em nossas unidades de zoonoses por tempo integral. Nosso principal objetivo é capacitar esse profissional que passa cinco anos na graduação, mas precisa de prática para ganhar o mercado de trabalho e atuar até mesmo no setor público – explica a médica-veterinária Márcia Rolim que, há três anos à frente da Subsecretaria de Vigilância Sanitária, vem intermediando uma série de programas diferenciados para o segmento, como o próprio programa de residência.
O médico-veterinário Flávio Graça, superintende de Educação da Vigilância Sanitária, destacou o resultado da capacitação da primeira turma do programa de residência.
– Formamos um time que passou por um programa intenso de capacitação, com aulas de segunda a sábado durante dois anos, e sob a supervisão constante de toda a equipe de mestres e doutores da Vigilância Sanitária. Entregamos ao mercado de trabalho profissionais prontos para assumir postos de relevância, com total preparo – disse o superintende.
Vice-coordenadora do Programa de Residência e Medicina Veterinária da Vigilância e também médica-veterinária, Letícia Aquino ressaltou que o grupo está capacitado para atuar tanto na área pública quanto na privada.
– A nossa capacitação foi completa para esses profissionais que serão absorvidos pela Prefeitura do Rio e pelo mercado de trabalho em geral. A gente termina este primeiro ciclo com a certeza do dever cumprido – afirmou Letícia.
O curso de residência em medicina veterinária
A residência é um curso de pós-graduação credenciado pelo Ministério da Educação e oferecido pela Secretaria Municipal de Saúde, que tem a Subsecretaria de Vigilância Sanitária em sua estrutura. Os residentes convocados ficam por dois anos em regime de dedicação exclusiva sob supervisão docente-assistencial, com carga horária de 60 horas semanais (de segunda a sábado) e bolsa mensal de R$ 3.330,00. São profissionais que fizeram o complemento específico de suas formações nos serviços de vigilância sanitária. Ao longo dos dois anos, eles recebem conhecimentos em cinco áreas, repassados por técnicos altamente qualificados. São mestres e doutores em saúde pública com ênfase em zoonoses, arboviroses e controle populacional de cães; patologia animal; inspeção e análises físico-química e microbiológica de alimentos; clínica médica e clínica cirúrgica de animais de companhia; e vigilância e controle de zoonoses.
Unidades de atuação dos residentes
Uma das unidades de atuação dos residentes é o centenário Instituto Jorge Vaistman, referência no Brasil para a vigilância em zoonoses, doenças que animais transmitem a humanos. O IJV que iniciou suas atividades no século passado com o diagnóstico dessas doenças muito cresceu e focou sua atuação na clínica médica e centro cirúrgico no hoje Complexo Zona Norte da Vigilância, em São Cristóvão, onde funciona também o Lasp, com seis laboratórios para análise de produtos (como água e pratos prontos) e cinco para o diagnóstico e o monitoramento das zoonoses, como os de virologia (único que faz sorologia de raiva humana no estado do Rio) e de anatomia patológica, que recebe cadáveres de primatas para necropsia, contribuindo com o diagnóstico de febre amarela não só na cidade como em todo o estado.
O Lasp em números – O trabalho desenvolvido nas 11 unidades do Lasp é fundamental para as ações de vigilância e fiscalização sanitária no município e tem tido um crescimento expressivo. Nos últimos três anos foram feitos mais de 200 mil exames no Complexo que hoje oferece atendimento clínico e cirúrgico de animais domésticos, ganhou projetos para adoção e posse responsável. Sua equipe faz também a castração gratuita de cães e gatos para a diminuição da população de animais abandonados no município e controle de zoonoses como a esporotricose, tipo grave de fungo que atinge, principalmente, gatos e afeta o homem. A unidade conta ainda com um cemitério e o único crematório público da cidade, permitindo destinação adequada a carcaças dos animais da população e das clínicas do Rio e até de municípios vizinhos.
IJV e CCZ – Em janeiro de 2017, a Vigilância Sanitária castrava em média 300 animais por mês, número que logo subiu para 400. Com ações diferenciadas, como a contratação de médicos-veterinários e o Mutirão da Castração, desde junho de 2019 o IJV oferece mensalmente mais de mil vagas para a castração de cães e gatos. Em agosto de 2019, com a implantação do centro cirúrgico no Centro de Controle de Zoonoses, outras mil vagas passaram a ser disponibilizadas na Zona Oeste, atualmente com até 2.500 castrações realizadas por mês.
Atendendo a demandas solicitadas pela Central 1746, o CCZ realiza inspeções sanitárias em criações de animais em estabelecimentos veterinários e nos que comercializam animais e produtos veterinários em eventos com animais. As equipes do Centro atuam também com orientações e monitoramento de infestação de insetos, roedores, pombos, morcegos e peçonhentos. A exemplo do IJV, o CCZ promove vacinação antirrábica animal em campanhas e em postos permanentes de imunização, e ainda o resgate de cães e gatos suspeitos de zoonoses ou feridos em áreas públicas, de animais de grande porte em vias públicas sob riscos de acidentes de trânsito e ações de educação em saúde.

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