Equipe da Subsecretaria de Atenção Primária é formada majoritariamente por mulheres

Publicado em 08/03/2023 - 19:15 | Atualizado
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Olhar feminino, cuidado e inteligência a serviço da saúde pública carioca. É assim o dia a dia da equipe da Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde do Município do Rio de Janeiro (Subpav), composta essencialmente por mulheres que se dedicam à conquista de políticas públicas voltadas para as famílias e, claro, às mulheres, que são a maioria da população brasileira e as maiores usuárias do Sistema Único de Saúde.

No primeiro escalão da Subpav, 100% dos cargos de superintendência são ocupados por mulheres. Elas lideram ainda em 50% das dez coordenações de saúde das regiões cariocas. E também estão em 80% dos cargos técnicos do gabinete da subsecretaria. A titular da subsecretaria, aliás, até janeiro era uma mulher, que só deixou o cargo ao ser convidada para compor os quadros do Departamento de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde.

O resultado de tantas mulheres juntas não poderia ser outro: políticas públicas pensadas para o público feminino, como a utilização do DIU hormonal, que a Secretaria Municipal de Saúde passou a oferecer este ano, na rede de Atenção Primária, como mais uma opção de método contraceptivo para a escolha da mulher. O SUS já oferecia o DIU de cobre, e a decisão de incluir também o hormonal, com 99,8% de eficiência, comparável à laqueadura tubária, partiu das discussões delas, as profissionais da Subpav.

 

– A decisão de disponibilização do DIU hormonal no nosso leque de métodos oferecidos foi tomada a partir da compreensão da importância da autonomia da mulher em escolher o método com o qual mais se identifica, fortalecendo a autonomia e o direito sexual e reprodutivo. Foi uma decisão discutida por muitas mulheres na secretaria, e sem dúvida é uma conquista para todas nós – conta a coordenadora das Linhas de Cuidados dos Ciclos de Vida, Aline Aguiar.

 

As mulheres se tornaram protagonistas das suas próprias histórias após um longo período de lutas e conquistas. Em relação ao SUS, pode-se destacar o direito à saúde com acesso às informações sobre saúde sexual e reprodutiva, e a ampliação dos meios e serviços de saúde. Além do apoio com as questões relacionadas à violência. Por isso, a SMS conta com um time de mulheres competentes e talentosas, que trabalham incessantemente por um SUS cada vez melhor.

Se na gestão da Atenção Primária são as mulheres que se destacam fazendo as políticas públicas para mulheres, na ponta elas também brilham executando essas políticas. Carolina Passos, de 27 anos, é enfermeira de família e comunidade no Centro Municipal de Saúde Hélio Pellegrino, e tem orgulho em poder promover e garantir o acesso à saúde para suas pacientes. Profissional habilitada, regulamentada nos protocolos da SMS, ela é uma das enfermeiras aptas para inserção do DIU de cobre, garantindo o direito e o acesso das mulheres à contracepção. Entre os meses de novembro de 2022 e fevereiro de 2023, Carolina inseriu 45 dispositivos, número três vezes maior que a média realizada por todos os outros profissionais da unidade, habilitados no procedimento.

 

– Existe uma fala constante nas mulheres que atendemos, relatando como era difícil e burocrático colocar o DIU. Agora esse acesso foi facilitado, garantindo que essa mulher possa decidir pelo método que ela quer, o que é melhor para ela. Isso é direito de escolha, é autonomia em saúde – diz a profissional.

 

Mulheres são maioria também no IVISA-Rio

No Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e de Inspeção Agropecuária (IVISA-Rio), são 405 mulheres, de um total de 505 pessoas trabalhando, incluindo auditoras fiscais sanitárias, nutricionistas, epidemiologistas e médicas veterinárias, como a própria presidente do Instituto, Aline Borges, entre outras especialidades, incluindo a maioria dos cargos de chefia.

 

– Das 11 coordenações do IVISA-Rio, incluindo o Laboratório Municipal de Saúde Pública, as coordenadorias gerais Executiva (CGEX) e de Inovação, Projetos, Pesquisa e Educação Sanitária (CGIPE) e a Coordenadoria Técnica de Avaliação de Tecnologia em Saúde e Insumos Estratégicos (CTATS), nove são comandadas por mulheres. Essas profissionais comprovam, em carne e osso, que, mesmo enfrentando uma série de obstáculos, nós, mulheres, temos toda a capacidade técnica, acadêmica e também psicológica para lidar com as demandas de cargos em todos os níveis”, afirma a presidente do IVISA-Rio.

  • 8 de março de 2023
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