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Parque Olímpico vai virar polo de lazer, entretenimento e esporte
Publicado em 06/09/2024 - 12:14 | AtualizadoA Prefeitura do Rio anunciou no dia 5/9 um projeto de lei complementar para a criação do Parque do Legado Olímpico. O projeto visa transformar o atual parque, que possui uma área de 1.180.000 m2 e está localizado na Barra Olímpica, Zona Oeste da cidade, em um polo de lazer, esporte, cultura e entretenimento.
Para a implantação do parque será estabelecida a Operação Urbana Consorciada (OUC) do Parque do Legado Olímpico Rio 2016, alinhada com os princípios e diretrizes do Estatuto da Cidade e com o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Sustentável do Rio. Essa iniciativa integrará as áreas públicas usadas durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 – como as arenas de competição, passeio olímpico, via olímpica, live site e a orla – aos terrenos privados ao redor, ampliando e transformando os usos atuais desses locais.
– Basicamente, o que a gente tá fazendo é: mandamos pra câmara um projeto de lei dizendo que não vamos construir mais todos os prédios que poderiam ser construídos nesses espaços. Queremos que isso aqui seja um supercentro de entretenimento permanente, que é o Imagine. E o parque Rita Lee, que também é legado, continue funcionando aberto para a população. O potencial construtivo, ou seja, o direito de construir que tinha sido dado ao privado para fazer o Parque Olímpico foi transferido para outras áreas da cidade, para Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Zona Norte – explicou o prefeito Eduardo Paes na apresentação do Imagine.
A Operação Urbana Consorciada permitirá mudar as regras de construção na área transferindo direitos de construção para outras partes da cidade, como forma de viabilizar os investimentos necessários à criação do novo espaço.
Entre as contrapartidas da operação, estão a revitalização e manutenção do Parque e da Orla Lagunar, melhoria do fluxo e impacto viário, contratação de mão de obra local e ampliação dos serviços públicos. A proposta está sendo analisada pela Câmara dos Vereadores no Projeto de Lei complementar 169/2024.
– Toda essa área aqui, onde foram feitas as olimpíadas, foi construída com recursos privados. A gente até hoje tem dificuldade de comunicar isso: que as Olimpíadas do Rio foram as que mais recursos privados tiveram. Essa área era da prefeitura, o autódromo, a gente entregou para os atores privados, “vendeu” essa área e permitiu que na área restante do parque, onde não estavam as arenas, pudessem ser feitos empreendimentos imobiliários. Isso que pagou a conta daquelas arenas todas, da urbanização – destacou o prefeito.
Ao lado do prefeito, o empresário Roberto Medina exaltou a importância da criação do supercentro de entretenimento:
– O Rio de Janeiro precisa de uma “âncora”. E aqui, a gente tá entregando uma “âncora” que vai gerar muito mais que carnaval e Rock in Rio somados. Uma atividade permanente pro Rio de Janeiro, a possibilidade de ter uma economia forte para lastrear um projeto de mais segurança para todos nós. Isso é uma joia. Vai ajudar os gestores desta cidade a ter recursos suficientes para mudar o cenário do Rio de Janeiro.
Eduardo Paes destacou ainda o legado deixado pelos Jogos do Rio 2016:
– Importante que todo legado já está concluído. O estádio de natação, que estava aqui na última edição do Rock in Rio, já não está mais. A piscina está indo para um parque na Zona Oeste, que nós estamos inaugurando. As estruturas estão sendo usadas na Portuguesa, o clube, aumentando as arquibancadas. Uma das arenas já virou escola municipal e a outra vai virar o Instituto Técnico Federal; no velódromo, está sendo feito o Museu Olímpico. Ou seja: o legado prometido está sendo entregue.