Casa própria vira realidade com documento para 245 famílias de baixa renda na Mangueira

Publicado em 01/11/2019 - 12:47 | Atualizado em 01/11/2019 - 19:46
Ao todo, 245 famílias foram contempladas com RGIs no Condomínio Mangueira II, na Mangueira, Zona Norte. Foto: Edvaldo Reis/ Prefeitura do Rio

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, entregou nesta sexta-feira, 1º de  novembro, o Registro Geral de Imóveis (RGI) a 245 famílias do Condomínio Mangueira II, na Mangueira, Zona Norte carioca. O documento garante a propriedade dos apartamentos e significa a realização do sonho da casa própria.

– Só quando você tem o Registro Geral de Imóveis é que você realmente, diante da lei, é dono. Senão, você é apenas um ocupante do imóvel. Se você morrer, não tem como deixar para o herdeiro. Então, é muito importante o Registro Geral de Imóveis. Guarde este documento com cuidado porque ele é a prova de que você é, para sempre, proprietário desse imóvel aqui na Mangueira – afirmou o prefeito Marcelo Crivella, durante a solenidade de entrega dos documentos.

Maria da Conceição de Azevedo Costa, de 72 anos, chorou ao receber RGI, ao lado do filho, de 43 anos, que necessita de cuidados especiais. Foto: Edvaldo Reis/ Prefeitura do Rio de

Em 2010, Maria Madalena Rodrigues da Silva, hoje com 75 anos, viu sua casa ruir na Mangueira durante um temporal. Nesta sexta-feira, ao receber o RGI, ela mal conseguia acreditar que passou a ser proprietária do imóvel onde mora com o marido aposentado, Severino Araújo da Silva de 80 anos, e um dos seus sete filhos:

– Estou muito feliz, perdi tudo e agora recebo essa dádiva! Daqui para frente, a vida vai ser melhor – agradeceu Maria Madalena.

Maria da Conceição de Azevedo Costa, de 72 anos, chorou ao ser perguntada sobre a importância do RGI para sua vida. Viúva, ela vive com seu filho de 43 anos, que necessita de cuidados especiais.

– É uma sensação tremenda porque eu não tinha condições nenhuma de ter casa. O meu marido sempre ganhou muito pouco, sempre paguei aluguel, glória a Deus! – disse Maria da Conceição, que há sete anos vive na Mangueira, desde que se mudou de Oswaldo Cruz.

Rosania de Azevedo Bittar, de 58 anos, também se emocionou ao receber o RGI do seu imóvel, onde mora há cinco anos, desde que foi removida da favelinha do Metrô.

– Aqui é melhor, é mais bonito. Sou viúve e recebo Loas (benefício da Lei Orgânica de Assistência Social). Lá (favelinha do Metrô) tinha rato, essas coisas. Aqui é mais tranquilo. Não tinha nada, agora tenho meu teto – afirmou Rosania, que, diabética, perdeu a visão de um olho.

Desde o início da atual gestão municipal, 11.867 famílias (46.637 pessoas), incluindo as que estão recebendo o RGI nesta sexta-feira, foram beneficiadas com o documento de propriedade de seus imóveis. A previsão, até o fim do governo, é  que o programa alcance 25 mil famílias (cerca de 100 mil pessoas).

O Condomínio Mangueira II, localizado na Rua Visconde de Niterói 90, foi inaugurado em 2012 e tem 248 unidades, distribuídas em 11 blocos. Os beneficiados foram reassentados após remoção de áreas de risco ou são vítimas de desabamentos, deslizamentos ou temporais.

Na atual gestão,  já foram entregues cerca de nove mil moradias construídas pelo Minha Casa Minha Vida, ajudando a realizar o sonho de 35 mil pessoas que vivem na cidade do Rio. O secretário municipal de Infraestrutura, Habitação e Conservação, Sebastião Bruno, participou da cerimônia na Mangueira.

Saiba mais sobre o Minha Casa Minha Vida 

Há duas formas de participação no programa: por reassentamento  ou por sorteio, quando o candidato se inscreve para ser contemplado com o imóvel. O valor da prestação varia de R$ 80 a R$ 270 mensais. Os interessados devem ter mais de 18 anos e se inscrever na Rua da Constituição 34, Centro.

Para a adesão é preciso apresentar a documentação original do titular do cadastro e do cônjuge, se houver. Os documentos são: carteira de identidade, certidão do registro civil, CPF, comprovante de residência, contracheque ou comprovante de benefícios que prove renda e certidão de nascimento de filhos menores de 18 anos.

Podem participar do programa pessoas que não têm casa própria ou financiamento habitacional em qualquer localidade do Brasil e que nunca foram beneficiadas por programas de habitação social do governo.

  • 1 de novembro de 2019
  • Pular para o conteúdo