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Escola municipal adota a aquaponia: viveiro de peixes e estufa de hortaliças conectados para incrementar alimentação saudável dos alunos
Publicado em 04/06/2021 - 20:55 | Atualizado
Sistema foi desenvolvido durante a pandemia, no Ciep Municipal Francisco Cavalcante Pontes de Miranda, com a participação da direção, de professores e voluntários
A aquaponia é um sistema de cultivo que conecta a aquacultura (criação de organismos aquáticos, como peixes) e a hidroponia (produção de plantas sem solo, com raízes submersas na água) em um ambiente favorável para ambos: há o aproveitamento da água e dos efluentes do tanque dos organismos aquáticos que são utilizados para irrigar as plantas. A direção do Ciep Francisco Cavalcante Pontes de Miranda, unidade localizada em Campo Grande e pertencente à rede da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, acabou de inaugurar um espaço de aquaponia que vai permitir que os estudantes aprendam, na prática, com este programa, como a criação de peixes pode ser sustentável também para o desenvolvimento de hortaliças. O melhor de tudo é que os alunos vão ganhar um incremento na alimentação, com a produção e colheita de produtos saudáveis para o próprio consumo na escola e também na casa das famílias.
Os professores Lúcio Teixeira, de técnicas agrícolas, e Luiz Carlos Pieroni Guedes, de Ciências, foram os que colocaram a mão na massa, levantaram as estruturas e criaram os sistemas aquapônico e hidropônico. Lúcio explica que a ideia da criação de peixes trabalha em conjunto com a de hortaliças.
— Tudo faz parte de um sistema inteligente e sustentável. Utilizamos uma caixa d´água de 1.000 litros, onde ficam os peixes, com comedouro automático. Os peixes fornecem o adubo que faz com que as plantas cresçam, após o processo físico-químico de tratamento necessário. O mais importante é eliminar a amônia que os peixes produzem e transformar em nitrato. Depois, a água é reutilizada nas plantas — esclarece o professor Lúcio Teixeira, responsável pela manutenção das estufas da escola e pelas aulas de técnicas agrícolas.
Além de produzir o adubo natural, os peixes não são desperdiçados. Após o crescimento, servirão de alimentação para os alunos na escola. Já as peles dos animais podem ser utilizadas como curativo, após outro processo de tratamento. Na estufa das hortaliças, há um sistema de irrigação automático, que garante economia de água para a escola.
A diretora da unidade, a professora Selma Fátima de Souza, explica que tudo é aproveitado na produção agroecológica da escola.
— Sempre que é época de colheita, utilizamos as hortaliças na alimentação escolar e doamos o excedente para os responsáveis dos alunos. A ideia é mostrar para nossos estudantes que esses métodos são acessíveis. Basta planejar e plantar — disse a diretora do Ciep Francisco Cavalcante Pontes de Miranda.
Sistema desenvolvido durante a pandemia
Foi durante a pandemia que a direção, professores e voluntários da comunidade escolar decidiram por em prática o sonho de implantar a aquaponia na unidade, ampliando o trabalho de produção de verduras que já era realizado neste Ciep Municipal, que atende alunos da Educação Infantil ao 6º ano.
A estufa foi construída sem nenhum custo para a Secretaria Municipal de Educação e a Prefeitura do Rio, que apoiam a iniciativa. Voluntários e amigos da unidade doaram materiais e insumos para a construção do novo espaço. Com a ajuda da comunidade e com a venda de latinha e a reciclagem de óleo de cozinha, foi possível comprar o sombrite e o plástico de cobertura da estufa.
Assim, foi inaugurado o Espaço de Hidroponia e Aquaponia Constelação Professor Jorge Mandacary. O nome do projeto é em homenagem ao professor Jorge Mancadary, que faleceu em outubro de 2020. O docente era amante da natureza e dedicado ao conhecimento. Quando a escola adotou as práticas sustentáveis como uma rotina, o homenageado passou a cuidar das áreas verdes e ajudou o professor Lúcio Teixeira na missão de desenvolver ações com esta temática ambiental junto aos alunos.
Mais sobre aquaponia
Nesse sistema é realizado o aproveitamento da água e dos efluentes do tanque dos organismos aquáticos que são utilizados para irrigar as plantas. Assim os produtores têm duas fontes de rendas: a venda das hortaliças e dos peixes, camarões, entre outros.
A aquaponia utiliza a recirculação de água. A água que entra no tanque dos organismos aquáticos é encaminhada para as unidades de cultivo dos vegetais e depois retorna novamente para o tanque, reiniciando todo o processo. Os dois sistemas são fisicamente separados e quando a água sai do tanque ele passa por um tratamento biológico e se transforma em nutrientes para as hortaliças, passando por suas raízes até retornar ao tanque.
Como toda tecnologia, a aquaponia apresenta vantagens como:
– Economia de água por ser realizada em sistema fechado;
– Produz alimentos livres de produtos químicos;
– Pode ser utilizada em centros urbanos;
– Diversificação de renda para o produtor.
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