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Centro de Arte Hélio Oiticica realiza a primeira ativação do PN10, obra inédita do artista, a céu aberto
Publicado em 01/02/2022 - 14:48 | Atualizado
O Babalawo Júlio César é um dos convidados no evento no Centro de Arte Hélio Oiticica - Divulgação Um misto de roda de conversa com interação artística. O Pé Cultural, primeiro evento oficial que irá ativar o PN10 (subterranean Tropicalia projects) – obra inédita de Hélio Oiticica -, reúne quatro convidados: Zé das Ervas (erveiro local da Praça Tiradentes), Babalawo Júlio César (líder e sacerdote da Casa de Cultura e Religião Ilê Ifá Oseotura Círculo Xamânico Esfera Divina) e o casal Urutau Guajajara e Potyra Guajajara (Universidade Indigena Aldeia Maracanã). Promovido pela Secretaria Municipal de Cultura, o encontro será no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, neste sábado (5/2), das 14h às 17h. A entrada será gratuita, basta garantir seu ingresso no Sympla.
Entre outras abordagens, os convidados irão partilhar os seus saberes ancestrais e apresentar plantas que são importantes para eles e suas comunidades, plantando-as num canteiro dentro do PN10.
– Será um paralelo entre mono/permacultura em analogia com a cultura hegemônica/cultura ancestral. Para isso, usamos as plantas nessa troca de paradigmas. Ao trocar as plantas sempre iguais que habitam o espaço desde sua abertura por plantas que trazem uma cultura ancestral de cura e identidade, estamos também curando nossa herança colonial de subjugar as culturas locais ancestrais – disse César Oiticica Filho, diretor artístico do equipamento e responsável pela obra de Hélio.
Quem é quem
Zé das Ervas trabalha com plantas medicinais há 25 anos, na Rua da Carioca. Aprendeu tudo com a tia Figema que, além de trabalhar no Mercadão de Madureira, era zeladora de santo em um terreiro na Rua da Portela. Zé das Ervas escolheu seis plantas medicinais para o encontro: Elevante, Macassá, Guiné, Poejo, Saião e Guaco.
Júlio César, o Babalawo Ifá Talabi Oju Oba Omi, dedica ao culto estudos e ritos de inspiração universalista, com orientação das culturas yorubá e indigenistas brasileiras, atuante em Maricá desde 2009. É conselheiro do Centro Cultural Africano, em São Paulo, e também participa todos os anos como palestrante no Encontro Brasileiro de Xamanismo (EBX). Vai apresentar Chacrona, Jagube e Jurema.
José Urutau Guajajara é especialista em educação indígena pela Universidade Federal Fluminense UFF e em línguas indígenas pelo Museu Nacional/UFRJ. Atualmente é professor de língua e cultura tupi-Guarani na Universidade indigena Aldeia Maracanã.
Potyra Guajajara é artesã, artes artefatos e artesanatos do povo Guajajara e professora de artes indígenas. Os dois irão levar Babaçu, Jenipapo e Urucum.Centro de Arte
Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica
Reaberto na região Central do Rio e com obras inéditas de Hélio Oiticica (1937-1980), entre elas, duas instalações (penetráveis) criadas pelo artista, mas nunca executadas, o equipamento é um dos frutos da parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura e César Oiticica Filho (sobrinho de Hélio e gestor do seu legado).
No primeiro andar estão os processos artísticos de Oiticica, entre croquis, desenhos e maquetes – uma delas referente a uma obra de 1960, do gigantesco projeto “Cães de Caça”, no qual incluiu referências ao poema “Enterrado”, de Ferreira Gullar, e ao teatro integral de Reynaldo Jardim. Ali também está o primeiro penetrável do artista, o “PN1”, criado em 1960 (1,5mx1,2X2,20m); com paredes que se movem, iniciando a participação direta do espectador.
No segundo andar, algumas obras do artista pertencentes à família. O penetrável “Nas quebradas”, de 1978, foi feito em São Paulo, um processo criativo ao qual o artista denominava “delírio ambulatório”.
Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica. Rua Luís de Camões 68, Praça Tiradentes. Sáb, das 14h às 17h. Grátis. Livre. Ingressos pelo Sympla.
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