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Rio conclui vacinação por idades neste fim de semana
Publicado em 24/09/2021 - 13:31 | Atualizado em 24/09/2021 - 21:50Este sábado, dia 25 de setembro, ficará marcado na história da saúde pública do Rio: a capital conclui seu calendário de imunização das idades autorizadas pela Anvisa para receber a vacina contra covid-19. A campanha de vacinação, que por nove meses vem contemplando faixas etárias por ordem decrescente, chega nesta sexta-feira (24) e sábado (25) aos adolescentes de 12 anos. Mais de 9 milhões de doses já foram aplicadas na campanha, ultrapassando metade da população carioca total com o esquema vacinal completo e 99% dos adultos imunizados.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, celebra que o chamado passaporte da vacina tenha incentivado ainda mais cariocas a se imunizar: – Tivemos uma procura alta de pessoas buscando se vacinar na repescagem. Ficamos felizes em vaciná-las.
Nesta sexta-feira (24), podem se vacinar com a primeira dose (D1) adolescentes de 13 e 12 anos; e no sábado (25), quando os postos funcionarão das 8h às 17h, todas as idades a partir de 12 anos. Já com a segunda dose (D2), a expectativa é vacinar 80 mil pessoas nos próximos dias. Além disso, os idosos de 84 anos ou mais e pessoas com alto grau de imunossupressão com 40 anos ou mais receberão a dose de reforço (DR) até o final de semana.
Outro motivo para comemoração é o cumprimento – e até mesmo antecipação – de metas estipuladas para a campanha de vacinação contra covid-19, como o objetivo de vacinar 90% da população adulta com a D1 inicialmente planejado para 02/09, mas que foi alcançado em 18/08. Outro exemplo era a previsão de início da aplicação da DR em outubro, mas que acabou acontecendo um mês antes, em 1º de setembro.
– Sempre destacamos que as vacinas usadas na cidade são aprovadas pela Anvisa, seguras e eficazes. Cada vez estamos mais vacinados e protegidos – explica o superintendente de Vigilância em Saúde do Rio de Janeiro, Márcio Garcia, que destaca: – A primeira dose é importante, mas a segunda é a forma de atingir a proteção completa.
Até a última quinta-feira (23), 5.457.460 pessoas haviam tomado a D1 de CoronaVac, AstraZeneca ou Pfizer, e outras 139.758 receberam o imunizante da Janssen, que tem o esquema vacinal de dose única (DU). Esse total representa 96,8% da população carioca elegível para a vacinação (a partir de 12 anos) com a imunização iniciada ou concluída. Entre as pessoas que seguem o esquema vacinal de duas doses, 3.382.976 já receberam a D2, o equivalente a 60,9% da população elegível com a imunização completa. As doses de reforço (DR) em idosos já somam 52.360 aplicações.
A SMS-Rio disponibiliza mais de 280 pontos de vacinação em toda a cidade, funcionando de segunda-feira a sábado, para facilitar o acesso da população à vacina. A lista desses pontos, seus horários de funcionamento, o calendário de vacinação e outras informações estão disponíveis em coronavirus.rio/vacina e nas redes sociais da Secretaria Municipal de Saúde e da Prefeitura do Rio. A vacinação em domicílio está disponível para idosos acamados (DR) e PcD com 12 anos ou mais e pode ser solicitada pelo site coronavirus.rio/vacinacaoemdomicilio ou pelo WhatsApp 21 97620-6472 (canal de atendimento de segunda a sexta-feira, de 9h a 16h). O prazo para o agendamento é de 30 dias.
Eventos-teste
Em paralelo ao aumento da cobertura vacinal da população carioca, avançam também as idades que são cobradas de apresentar o comprovante de vacinação para acessar determinados locais e serviços no Município do Rio. Os eventos-teste que começam a ser realizados na cidade são outra oportunidade em que é obrigatório comprovar estar imunizado.
– Temos muita certeza de que devemos começar a oferecer alternativas seguras para a população. É importante dar opções para as pessoas terem lazer com menos risco – afirma Soranz.
Em três desses eventos já realizados, todos jogos de futebol, nos dias 15, 19 e 22 de setembro, o público precisou apresentar, além do comprovante vacinal, resultado negativo de covid-19 em exame realizado em, no máximo, 48h antes do início do evento. A partir dessa testagem, foi identificado um percentual de infectados com coronavírus de 0,9%, 1,1% e 0,2%, respectivamente. Essas pessoas foram impedidas de ingressar nos estádios, preservando a segurança dos eventos.
– Desde o protocolo até o pós-jogo, a Prefeitura está atenta a cada etapa do processo de realização dos eventos para termos bons relatórios e acompanharmos os resultados – esclarece Garcia.
Para serem autorizados no Rio de Janeiro, os eventos-teste devem apresentar protocolo sanitário prevendo testagem e comprovação vacinal por todos os presentes. A fiscalização desses dois condicionantes para a participação do público é de competência do organizador do evento, que, por sua vez, é fiscalizado pelo Ivisa.
Nesses casos de ambiente controlado, com todos o público testado e vacinado, não é necessário o uso de máscaras e o distanciamento. Mas é importante ter clara a ideia de que essa liberação vale apenas para os eventos-teste, com essas condições específicas. Para os demais espaços públicos e de uso coletivo, o uso de máscara e o distanciamento devem continuar sendo respeitados.
Cenário epidemiológico
A 38ª edição do Boletim Epidemiológico apresenta, pela primeira vez em 2021, todo o mapa de risco da cidade para transmissão da covid-19 na classificação amarela. Todas as 33 regiões administrativas (RAs) do município estão no estágio de atenção de risco moderado no indicador que considera as internações e óbitos.
Além desses dois índices, casos notificados por covid-19 e os atendimentos na rede de urgência e emergência por síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave na capital também mantêm a tendência de queda sustentada. Reflexos disso que valem destaque são a fila zerada por leito de covid-19 e uma das menores taxas de hospitalização desde o início da pandemia.
O 38º boletim mostra que, desde março de 2020, o Município do Rio soma 478.525 casos de covid-19, com 33.607 óbitos. Em 2021 são 262.732 casos e 14.532 mortes. A taxa de letalidade deste ano está em 5,5%, contra 8,8% em 2020; e a de mortalidade, em 218,2 a cada 100 mil habitantes, contra 286,4/100 mil no ano passado. A incidência da doença é de 3.944,1/100 mil, quando em 2020 era de 3.239,5/100 mil.