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Coronavírus: Prefeitura do Rio enfrenta a pandemia com um ingrediente a mais nas receitas: empatia
Publicado em 17/04/2020 - 17:31 | Atualizado- Início/
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- Coronavírus: Prefeitura do Rio enfrenta a pandemia com um ingrediente a mais nas receitas: empatia

Restaurantes populares vencem as dificuldades, mas não deixam as panelas vazias. Em tempos de quarentena e prevenção de contaminação pelo coronavírus, chefs, auxiliares de cozinha, serviços gerais e demais funcionários enfrentam a distância entre o trabalho e a residência, para entregar diariamente centenas de cafés da manhã, a 0,50 centavos, almoços e jantares, a dois reais, cada, que garantem alimentação de qualidade com preço baixinho a tantas pessoas.
– É muito gratificante acordar todos os dias e vir realizar um trabalho tão importante, em especial, nesse momento difícil como o que estamos vivendo. Mesmo tendo que encarar o medo desse vírus, todos nós sabemos que estamos fazendo bem a tantas pessoas que precisam – conta Flávia Costa, nutricionista de uma das unidades.
Desde que a pandemia começou a mudar a rotina de todos, os restaurantes populares não deixaram de funcionar. O primeiro café da manhã é servido, pontualmente, às seis horas. O mesmo acontece com o almoço e o jantar. Sempre servidos na hora certa.
Heróis da Resistência
O esforço, a dedicação e a solidariedade das 119 pessoas das equipes dos três restaurantes garantem a comida na mesa para milhares de pessoas, de domingo a domingo. São trabalhadores que formam uma perfeita Liga de Heróis da Resistência.
Sérgio Lyra, chef do restaurante popular de Bangu, desde que a unidade foi municipalizada, em 2017, morador do bairro da Taquara, em Jacarepaguá, prepara refeições para mais de duas mil pessoas, diariamente.
E não há nada que faça as receitas do chef desandarem.
– O momento é difícil, mas se cada um fizer a sua parte, vamos vencer e tudo isso vai passar – diz, confiante.
O funcionamento e os horários de trabalho mudaram. Desde o dia 25 de março, os restaurantes passaram a abrir, de 17h às 20h para o jantar, e nos fins de semana, de 11h às 14h, para a venda de quentinhas. A rotina mudou, mas todos entenderam a necessidade e se reorganizaram. Resultado: os pratos saborosos e saudáveis continuam sendo o carro-chefe. Ninguém erra a mão.
– Todos acreditam que esse momento difícil vai passar – reforça Flávia.
Muitas pessoas das equipes levam mais de uma hora no trajeto entre a casa e o trabalho, mas chegam antes das seis da manhã para colocar a mão na massa.
– O sabor de ver tanta gente se alimentando bem, com uma comida saudável e pagando um precinho bem pequeno vale o nosso esforço – ressalta o chef.
Em cada tempero, em cada receita, vai uma pitada de carinho. O cheirinho da comida dá água na boca, invade o salão, os frequentadores saboreiam, elogiam e deixam o fantasma da fome para trás.
É aí que todos entendem que não é à toa que sabor rima com amor.
Medidas contra o coronavírus
Os funcionários dos restaurantes controlam a distância das pessoas nas filas, respeitando o espaço de, pelo menos, um metro. As filas estão são do lado de fora das unidades e a entrada controlada para evitar aglomerações. Também há controle de lugares das mesas, sempre pulando um banco de uma pessoa para outra.
Além disso, é feita orientação a todos os usuários sobre a higiene das mãos, estimulando cada um a lavá-las, antes e depois, de fazerem as refeições, além da utilização do álcool gel, que está disponibilizado em todo o salão.
Além disso, há a divulgação de áudio interno e cartazes com medidas de assepsia.
Como funcionam os restaurantes?
O restaurante de Campo Grande foi o primeiro dos três Restaurantes Populares municipalizados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação (SMDEI) a ser aberto no município do Rio de Janeiro. Estava fechado desde setembro de 2016. O de Bangu começou a funcionar em agosto de 2017 e o de Bonsucesso em fevereiro de 2018.
Os três abrem de segunda à sexta-feira para café da manhã, das 6h às 9h, e para almoço das 10h às 15h. O café da manhã custa R$ 0,50 e inclui café com leite, pão com margarina e fruta. O almoço, a R$ 2,00, inclui arroz, feijão, carne, salada e sobremesa e uma bebida.
Os restaurantes são equipados com o que há de melhor em termos de qualidade nutricional dos produtos servidos, do cardápio sempre muito bem elaborado e da equipe que faz tudo isso acontecer com um serviço oferecido de primeira.
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