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Primeira turma de curso de tranças da Prefeitura se forma com taxa zero de evasão
Publicado em 18/10/2021 - 11:48 | Atualizado- Início/
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A Coordenadoria Executiva de Promoção da Igualdade Racial (Cepir), órgão da Secretaria de Governo e Integridade Pública (Segovi) da Prefeitura do Rio, realizou, na sexta-feira passada (15/10), a formatura da primeira turma do projeto Trançando Vidas. O evento aconteceu no Palácio Rio 450, em Oswaldo Cruz, Zona Norte do Rio.
Ao longo de dois meses, o projeto capacitou mulheres negras para trabalharem com a produção e a manutenção de diversos tipos de tranças, como box braids e nagô. Além disso, o curso também abordou noções de empreendedorismo, marketing digital e e-commerce, e teve momentos dedicados ao estudo do Sagrado Feminino, técnica terapêutica que promove reflexões sobre aspectos físicos e mentais da figura feminina.
As atividades aconteceram duas vezes por semana, na quadra da escola de samba Império Serrano. Composta por oito alunas, a primeira turma concluiu o curso com taxa zero de evasão. Uma das formandas é Maria Aparecida Silvestre, de 53 anos. Apesar de ser dona de um brechó, sua maior fonte de renda vinha dos trabalhos que fazia como diarista e doméstica. Agora, ela planeja se dedicar exclusivamente à loja e ao novo ofício.
– No início, fiquei meio tímida, porque nunca tive essa intimidade com as tranças. Cheguei ao curso por intermédio de minha sobrinha, que foi quem me matriculou. Desde a segunda semana de aulas, parece que minha cabeça se abriu. Sou mãe de três filhos, todos adultos, e fiquei muito tempo dentro de casa, fazendo coisas básicas do dia a dia. Agora eu quero mostrar mais, fazer tudo o que tiver ao meu alcance, ser empoderada como essas meninas. Vou continuar com meu brechó, mas diarista não quero mais. Quero viver das tranças – conta.
O projeto é uma parceria da Cepir com o Paraíso das Tranças, comandado pela empresária Luana Alcantara. As inscrições aconteceram pela internet, e a seleção se deu por meio de sorteio. A próxima turma está prevista para o primeiro semestre de 2022.
– Estou feliz porque vi essas vidas sendo transformadas. O meu desejo era que essas meninas não se tornassem apenas trancistas, mas agentes multiplicadoras desse sonho. Dá para ver nos olhos de cada uma a vontade de levar adiante o que aprendeu aqui – afirma Luana Alcantara, instrutora e idealizadora do projeto.
Para o coordenador executivo de Promoção da Igualdade Racial do Rio, Jorge Freire, ações como esta são fundamentais no combate ao racismo e ao machismo, uma vez que promovem a autonomia financeira e emocional da população negra feminina:
– O Trançando Vidas está dentro do escopo do LabCepir, um conjunto de atividades e trocas de saberes voltadas ao empoderamento e o empreendedorismo. Mas este projeto tem um caráter especial, porque estamos falando também de acolhimento e apontando caminhos de combate a duas grandes mazelas da sociedade brasileira: o racismo e o machismo. O Trançando é isso: um projeto para mulheres que, a partir do compartilhamento de experiências e aprendizados, também querem melhorar, se aperfeiçoar e dar maior potência às suas individualidades.
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