Programa Família Acolhedora comemora 21 anos com almoço no Gastromotiva

Publicado em 13/06/2019 - 19:46 | Atualizado em 13/06/2019 - 21:36

A Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos realizou um almoço no Gastromotiva, no Centro do Rio, para homenagear as Famílias Acolhedoras. O programa consiste em acolher em casas de famílias credenciadas crianças e adolescentes de 0 a 18 anos.

O atendimento inclui acompanhamento psicológico e assistência social às famílias de origem e biológica.  No evento estiveram presentes 94 pessoas, que fazem parte das 68 famílias, que acolhem crianças e adolescentes em seus lares temporariamente.

Regina Lage Marcelino, coordenadora do Programa Família Acolhedora, falou sobre a homenagem às famílias: “É um momento da gente retribuir a tudo que essas famílias vem fazendo por nossas crianças e adolescentes durante esse período de acolhimento em que as crianças são afastadas provisoriamente da sua família de origem” – disse.

O secretário João Mendes de Jesus comemorou emocionado e falou da sua experiência pessoal com crianças e adolescentes. “Me sinto honrado e feliz de ter um trabalho com essa visão de acolher e de tratar do outro. Cuidar do outro. Um programa como esse, da Família Acolhedora, é um dos mais importantes da Pasta. Eu também sou uma família acolhedora. Há 20 anos eu também acolhi dois meninos que estão comigo por adoção. Eu trouxe eles do Ceará. Tenho dois filhos que são biológicos e dois que são filhos do coração, mas para mim não faz diferença. Parabéns a essas famílias, que recebem essas crianças em vulnerabilidade social. O acolhimento é temporário, mas o amor é para sempre” – afirma.

Benedita de Souza Machado e seu marido Gilson Ezequiel Machado são uma família acolhedora há 14 anos, e já acolheram 29 crianças.

“No começo foi engraçado porque eu fui pra tentar adotar, e quando eu cheguei dentro da sala a pessoa que me orientou me perguntou por que adotar? Eu respondi que na minha casa não tinha mais criança, só tinha a minha filha de 18 anos e ela me apresentou o Programa Família Acolhedora. Ela me disse uma frase que me marcou muito, e ao meu esposo também, que se eu adotasse eu ia ajudar somente uma criança e no programa eu ajudaria a muitos”.

Benedita contou ainda que foi para casa, conversou com esposo e filha, mesmo tendo medo da criança ir embora depois. Eles resolveram participar do programa. “A gente foi vendo que depois que a gente acolhia uma criança ouvíamos histórias diferentes e foi nos transformando. O Acolhimento não fez bem só para as crianças, fez bem pra nossa família” – completou.

Por sua vez, Gilson Machado disse: “Pra mim a experiência tem sido maravilhosa. Eles entram e saem e assim nós vamos amando eles, a medida que vão chegando. Quando a gente pega amor e vai embora é que é triste. A gente tem que amar e deixar ir embora” -conta o pai acolhedor.

Gilson nos fala de uma das crianças acolhidas pela família. “A Tainá foi a que ficou mais tempo conosco. Ficou 13 anos. Ela foi com 10 anos para nossa casa e foi embora da com 23 anos. Casada. Nós fizemos o casamento dela e esse ano ela está nos dando uma netinha. Está grávida. Pelo programa, o tempo dela conosco encerrou aos 18 anos, porque quando completa a maioridade a criança sai do programa. Mas nós continuamos cuidando dela como nossa filha. Ela não quis entrar no processo adotivo, ela não quis sair da nossa casa e nós não abrimos mão dela, ficamos com ela, até ela se casar” – conta o casal dizendo que uma das regras da casa é que enquanto obedecer e estudar fica lá direto e tem todo amor e carinho necessários para a vida.

No cardápio do almoço, oferecido para as famílias, tinha vatapá com cebola assada, muqueca de banana prata e de sobremesa sorvete de abóbora com calda de chocolate.

 

  • 13 de junho de 2019
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