Atletas do Fluminense visitam jovens assistidos pelo CREAS Daniela Perez

Publicado em 25/07/2019 - 22:53 | Atualizado em 21/11/2019 - 12:24

Cerca de trinta jovens acompanhados pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) Daniela Perez, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, receberam hoje na Unidade de Reinserção Social(URS), Cely Campelo,  uma visita bastante especial dos atletas das categorias sub 17 e sub 20 do Fluminense Futebol Clube.

Os jovens se reuniram em uma roda de conversa e contaram para os usuários do CREAS sobre suas experiências e sonhos no mercado do futebol.

O secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, João Mendes de Jesus, esteve no encontro e conversou com os meninos.

Ele destacou que, além de sonhar com o futebol, é preciso ter um plano B. “Vocês devem estudar para ter acesso a outras oportunidades. Eu quando cheguei da Bahia, aqui no Rio fui morar em um morro e nunca me envolvi com drogas, trabalhei como faxineiro, entregador de marmita e várias outras funções. Decidi estudar, porque na Bahia o meu sonho era trabalhar em um escritório, e aqui nesta cidade com muito esforço eu consegui. Me dediquei bastante e passei num concurso público, para trabalhar na Embratel” – relembra.

O secretário lembra que estudou e fez concursos para o Banco do Brasil, Caixa, BNDES, mas não conseguiu passar. Porém, não desistiu.

“Quando finalmente eu fui aprovado em um concurso, defini a minha vida. A vida não é feita só de ganhos, às vezes também perdemos, mas depois se acerta. O importante é não desistir do seu sonho, mesmo errando, vá em frente. Amanhã você vai conseguir o que quer na vida!” – disse João Mendes.

O clima era de confraternização, mesa farta com guloseimas e presentes levados pelos atletas do Tricolor das Laranjeiras causaram emoção e felicidade à garotada. Certamente uma tarde que vai ficar na memória de assistidos e funcionários.

Juventude ressignificada

A jovem, B. L., de 17 anos, é acompanhada pelo CREAS há pouco mais de um ano. A menina teve problemas com entorpecentes e foi apreendida pela polícia, sendo direcionada pela Justiça para a liberdade assistida e trabalho comunitário com o acompanhamento do CREAS.

“O CREAS foi uma oportunidade. Vi pessoas em situações muito complicadas e decidi mudar de vida. Todo mundo tem problemas, mas a forma como lidamos com eles é que vai influenciar no resultado. No inicio eu não aceitava ter que vir para cá, era usuária de drogas e não achava justo estar aqui. Hoje eu não uso mais nenhuma droga. Enxerguei que isso não é para mim. Eu tenho tudo, tenho um teto, comida, uma família que me ama. Agradeço demais o apoio de todas da Secretaria, isso me deu forças, inclusive para recuperar o tempo que perdi na escola”- conta a jovem, que está no segundo ano do ensino médio e hoje em seu último dia de acompanhamento no Centro.

Assim que chegou no CREAS, ela participou de todas as atividades pedagógicas e atendimentos mensais.

Oficina de Artes – Construção do Livro dos Sonhos, Encontro Coletivo, Oficina da Família, Oficina do Primeiro Emprego, Passeios Culturais e Esportivos, Passeio em Família, além de Rodas de Conversa com os Egressos Coordenada pela pedagoga Adriana Barbosa.

Ela diz que não quer mais ser como as antigas amigas que não queriam levar os estudos com seriedade. “Eu sei que a única forma de crescer na vida é estudando e trabalhando. Me sinto muito bem. Fui aprovada para a prova do programa Jovem Aprendiz, no Tribunal de Justiça, e este ano ainda vou começar a trabalhar”- comemora a menina que teve a sua audiência na Justiça extinta e hoje deixou para trás o passado que a fez chorar e segue de cabeça erguida em busca de realizações ainda maiores.

  • 25 de julho de 2019
  • Pular para o conteúdo