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Assistência Social leva idosas vulneráveis para vacinar contra Covid-19
Publicado em 03/02/2021 - 19:32 | Atualizado em 03/02/2021 - 19:54- Início/
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- Assistência Social leva idosas vulneráveis para vacinar contra Covid-19
Dona Maria Borel, de 101 anos, sendo levada pela Assistência Social para ser vacinada - Fernando Maia/Prefeitura Elas eram bebês no período da gripe espanhola. E sobreviveram. Dona Maria Borel, 101 anos, e dona Hilda da Silva Ferreira, 102 anos, moradoras do Complexo do Alemão, e Dona Maria Aparecida Viana Machado, 101 anos, de Paquetá, foram as primeiras idosas levadas para se vacinar contra a Covid-19 pela Secretaria Municipal de Assistência Social, na Clínica da Família Zilda Arns, a cerca de 15 minutos de suas casas, no Complexo do Alemão, na segunda-feira (01/02).
A ação da Assistência Social é uma parceria com a Secretaria de Saúde para que a vacina chegue aos mais 25 mil idosos em situação de vulnerabilidade no Rio, a maioria abaixo da linha da pobreza. No mesmo dia, dona Maria Aparecida, também acompanhada por assistente social, foi vacinada em sua casa, em Paquetá. Nesta quarta-feira (03/02) foi a vez de Alice Luiz Cannavezes, 94 anos, e de Eulália Ramos da Silva, 96, moradoras respectivamente do Catumbi e do Engenho de Dentro, receberem o auxílio da Assistência Social para se vacinar contra a covid-19.
Vestido de poá e coque com laço
Dona Maria Borel, toda arrumada, com vestido estampado de poás brancos sobre fundo cor de vinho e cabelo em coque trançado enfeitado com laço de fita, aguardava a equipe da Secretaria sentada numa cadeira na porta de casa, acompanhada das netas Andreia, 48, e Mariluce, 51. “Quero receber meus amigos em casa e voltar a frequentar a igreja”, disse ela, animada com a possibilidade de regressar à sua própria casa onde, antes da pandemia, vivia sozinha, mas sempre rodeada pela família.
A euforia deu lugar à emoção ao receber a vacina do bisneto Marlúcio Rodrigues Ferreira Júnior, técnico de enfermagem da clínica Zilda Arns, e que não reconheceu à primeira vista porque estava de jaleco. Em meio a aplausos, dona Maria ficou com os olhos marejados. Mineira de Manhuaçu, mãe de cinco filhos, um falecido, dona Maria ficou viúva aos 32 anos, quando começou a lavar roupa para fora ainda em Rio Novo (ES), para onde se mudou quando casou. Depois de um breve retorno a Minas Gerais, há 51 anos chegou ao Complexo do Alemão, no Rio. Lá, viu crescerem 10 netos e nove bisnetos, e agora pede tataranetos.
Conta com a atenção de duas filhas e quatro netas que moram próximo a ela. A pandemia a levou para a casa de Geralda, uma das filhas, para evitar deslocamentos da família para sua casa e, principalmente, para garantir que a idosa respeitasse o isolamento. Também foi trabalhadora rural e recebe aposentadoria, mas complementa a renda com a venda de paninhos de prato que enfeita com bordas de crochê, a R$ 10,00 cada.

A carioca Hilda da Silva Ferreira, 102, também com vestido estampado de poás brancos, só que com fundo azul turquesa, foi levada para a clínica Zilda Arns pela equipe da Secretaria de Assistência Social. Nascida no Flamengo e criada em Nova Friburgo, ao mudar-se para o Rio foi doméstica, fiadeira da Fábrica de Tecidos e trabalhou na linha de produção da perfumaria Beija-Flor. Perdeu o único filho para o câncer, aos 72 anos, e mora com a neta Ana Paula Diniz Ferreira em Ramos. “Agradeço a Deus pela vacina. Vou conversar com todas pessoas que eu conheço para que também se vacinem e assim a gente possa viver em paz”, concluiu, com um sorriso aparentemente luminoso por trás da máscara.
Renda baixa e desemprego
Aposentada com renda de um salário mínimo, Dona Alice mora sozinha no Catumbi. Tem suporte da filha, que mora em Niterói, e conta com a ajuda de uma amiga próxima para a manutenção da casa e cuidados pessoais. Desde 2014 é frequentadora assídua do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Secretaria de Assistência Social, onde é atuante e participativa nas atividades em grupo como passeios e encontros.
Dona Eulalia mora em local com muitas escadas e preferiu a ajuda da Assistência Social para ser transportada para o local de vacinação em vez de receber a equipe da Saúde em casa. Ela vive com a filha, Maria Eulália, 60 anos, e o neto Gleibson, 36. Os dois estão desempregados e a família vive apenas com o seguro-desemprego de Maria Eulália, de R$ 1.388,00. Como Dona Eulália está com o benefício que recebe suspenso há quatro anos, e o caso sendo acompanhado por advogado, a Secretaria de Assistência Social está tomando providências para incluir a família no Cadastro Único e programas pertinentes à situação de vulnerabilidade da família.
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