Guarda Municipal do Rio de Janeiro - GM-Rio
Junho: mês do doador de sangue

14/06/2019 09:54:00


No mês de junho é realizada no Brasil a campanha “Junho Vermelho”, que visa estimular a doação de sangue. A escolha para a data tem dupla motivação, pois neste mês, no dia 14, celebra-se o Dia Mundial do Doador de Sangue, estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e também porque no Brasil é um período que se observa diminuição no comparecimento de doadores aos bancos de sangue, devido à queda da temperatura e da incidência de infecções respiratórias e também pelo início de período de provas e férias escolares.


Na Guarda Municipal do Rio (GM-Rio), a doação de sangue já se tornou uma cultura entre o efetivo, que costuma atender sempre a pedidos de doação em favor de colegas de trabalho, de familiares ou de cidadãos, e ainda que se mobilizam espontaneamente para abastecer os mais diversos bancos de sangue. Por isso, a instituição conta a história de dois guardas municipais, Roberto Luis dos Santos, do Grupamento Tático Móvel (GTM), e Marcos Antonio Corrêa da Silva, do Grupamento Especial de Praia (GEP), ambos com 47 anos, para homenagear os milhares de agentes que provam no dia a dia que a solidariedade vai além dos auxílios prestados à população, mas também tem cor, que na GM-Rio é vermelha. A ação também foi tema de matéria especial publicada no jornal Folha Dirigida do dia 30 de maio.

 

A última doação de Marcos Antônio Corrêa aconteceu no dia 21 de maio, durante a folga. E essa foi a segunda somente em 2019. Após descobrir que pode fazer até quatro doações por ano, ele sempre procura fazer as quatro vezes. Mas tudo começou quando Corrêa se alistou no Exército, aos 18 anos, e foi perguntado se seria voluntário. Ali, ele fez a primeira doação. “Depois disso, passei a doar sangue com frequência, ainda mais por saber que posso ajudar pessoas acidentadas e também quem necessita de sangue. Isso é o que me motiva a ser doador”, conta o GM, que costuma compartilhar os momentos também por meio das redes sociais, estimulando outras pessoas.

 

Motivar outras pessoas a doar sangue e a salvar vidas também é uma missão para R. Luis. Diferente de Corrêa, a primeira doação dele aconteceu há aproximadamente 20 anos, para atender pedido de um amigo cujo pai estava internado. Assim como o colega do GET, a partir da primeira experiência, ele passou a doar com frequência e também a estimular os colegas de trabalho. R.Luiz se tornou um verdadeiro mobilizador de doadores no GTM e tem contato direto com dois bancos de sangue, um no Rio ligado ao Hospital do Carmo, e um em Duque de Caxias, município onde ele mora. Os bancos de sangue sempre o acionam quando há alguma necessidade de reforço nos estoques e ele costuma formar caravanas.

 

Além de doar sangue, R.Luiz também costuma doar plaquetas e é cadastrado no Redome, o Registro Nacional de Doadores de Médula Óssea, do Hemorio. Assim como Corrrêa, para R. Luis, a principal motivação é saber que uma simples atitude dele pode ajudar a salvar muitas vidas. Para ele, isso não tem preço.

 

“Mesmo sem nunca ter passado por uma cirurgia ou necessitado de transfusão de sangue, me coloco no lugar de quem precisa e também me sinto um pouco orgulhoso em ajudar voluntariamente uma pessoa sem conhecê-la. Existe uma necessidade e podemos supri-la, fazendo a diferença. Saber que podemos estar salvando vidas com um pequeno gesto me motiva. Sigo o lema dos bancos de sangue: Doe sangue, doe vida. Nós doamos, eles vivem!”, conclui o agente.


Doações de sangue x rotina operacional - O Decreto-lei nº 229, de 1967 permite ao funcionário deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário, por um dia em cada 12 (doze) meses de trabalho em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada.


Contudo, na maioria das vezes como as doações acontecem até mesmo por mobilização do próprio efetivo, muitos servidores dispensam a folga não fazendo a solicitação. Nos períodos de grandes eventos, como Carnaval e Réveillon, em que a Guarda Municipal recebe mais demandas para atuar nas operações especiais, com foco na mobilidade e na segurança da cidade, as doações são menos frequentes devido as necessidades de serviço.

 

Felizmente, o efetivo da Guarda Municipal do Rio é bastante motivado. As doações acontecem com regularidade a partir de iniciativas pessoais e das próprias unidades operacionais. A instituição estimula por meio da informação, dando visibilidade e alcance aos pedidos e passando informações precisas sobre o processo de doação (idade, peso etc.) para os servidores.