Prefeitura imunizou mais de 4 mil animais no primeiro dia da campanha de vacinação contra a raiva

Publicado em 01/10/2020 - 19:40 | Atualizado em 01/10/2020 - 19:43
Onze postos drive thru estão espalhados pela cidade. Atendimento nos postos fixos e volantes começam nesta sexta-feira (02/10), na Zona Oeste. Foto: Divulgação/Vigilância Sanitária

A Prefeitura do Rio, por meio da Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, imunizou 4.014 animais no primeiro dia da Campanha Antirrábica 2020, sendo 3.193 cães e 821 gatos. Dividida em cinco etapas para atender todo o município, a ação começou nesta quinta-feira (01/10), com a inauguração de onze postos de atendimento drive thru espalhados pela cidade.

Inédita, a medida tem como objetivo garantir a segurança e ampliar o acesso da população à vacina. Contam com postos desse tipo: Barra da Tijuca, Copacabana, Campo Grande, Deodoro, Guadalupe, Ilha do Governador, Irajá, Madureira, Pavuna, Tijuca e Santa Cruz. O atendimento ocorre às quintas, sextas e sábados, sempre das 9 às 17 horas, de acordo com as datas previstas no calendário.

A partir desta sexta-feira (02/10),  será iniciado o atendimento nos postos fixos e volantes da primeira etapa do calendário, na Zona Oeste. Serão 70 postos fixos e cinco de atendimento volante, que contemplam a região de Santa Cruz, Guaratiba e Paciência. A vacinação nesses pontos ocorre às sextas-feiras e sábados, conforme o calendário, também das 9 às 17 horas. Todos os endereços e detalhes estão na página da Vigilância Sanitária.

— A estratégia é criar uma barreira imunológica, vacinando 80% da população de cães e gatos da cidade, para que o vírus não chegue ao homem. Precisamos da conscientização e do comprometimento de todos sobre a importância dessa campanha, diante da gravidade dessa doença que é a raiva — ressaltou a médica-veterinária Márcia Rolim, subsecretária de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses.

Até 19 de dezembro, o programa Se liga, bicho! Raiva é caso sério contará com 350 pontos fixos e outros cinco itinerantes. A meta é imunizar 500 mil cães e gatos.

 Recomendações

Além do uso obrigatório da máscara e do respeito ao distanciamento social e das demais Regras de Ouro para os tutores, é preciso seguir orientações referentes aos animais na hora da vacinação:

  • A imunização é exclusiva para cães e gatos acima de três meses de idade.
  • Fêmeas gestantes não devem ser vacinadas.
  • Os cachorros devem estar de coleira e guia e os gatos em caixas de transporte apropriadas.
  • Só serão vacinados os bichos que estiverem sob a tutela de maiores de 18 anos, que serão inteiramente responsáveis pela contenção dos animais.
  • Não é permitida a cessão de doses da vacina para a população.
  • Para quantitativos acima de vinte animais, a solicitação para vacinação deve ser registrada na Central 1746. Os responsáveis devem informar nome e telefone para contato, a quantidade e o endereço. A equipe do Centro de Controle de Zoonoses entrará em contato para fazer o agendamento para esses grupos.
  • Até 36 horas após a aplicação da vacina, é possível que os animais tenham sintomas como dores no local, febre e que fiquem com o comportamento mais quieto.

 Vacina antirrábica

A campanha antirrábica animal é feita com a vacina distribuída pelo Governo Federal aos estados, que fazem o repasse aos municípios. Em 2019, porém, o insumo não foi entregue, inviabilizando a campanha anterior. Mesmo sem o repasse de vacinas, o município do Rio imunizou no ano passado mais de 33 mil animais com a reserva técnica de doses da campanha de 2018. Em 2020, a Vigilância Sanitária começou o ano com cerca de mil vacinas mantidas em estoque, para a necessidade de um trabalho perifocal, que são atuações preventivas em que a Prefeitura promove a vacinação em regiões onde há casos de morcegos contaminados.

O que é a doença?

A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, fatal tanto para animais quanto para humanos. A transmissão ocorre por meio da saliva de animais infectados, principalmente por mordidas, mas também podem ocorrer via arranhões e lambidas desses animais.

Em março, o estado do Rio de Janeiro registrou a primeira morte por raiva humana do Rio de Janeiro desde 2006, com o caso de um adolescente de 14 anos mordido por um morcego em Angra dos Reis. No município, não há ocorrência de raiva humana desde 1986 (há 34 anos) e de casos da doença em cães e gatos desde 1995 (há 25 anos). Todos os dados referentes às ações de profilaxia e controle da doença são atualizados e disponibilizados no site da Vigilância Sanitária.

 

  • 1 de outubro de 2020
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