Padaria em Jacarepaguá descumpre interdição da Vigilância e é fechada mais duas vezes em 24 horas

Publicado em 17/01/2020 - 13:43 | Atualizado em 17/01/2020 - 15:24

Em mais uma ação de atendimento a denúncias feitas à Central 1746, a Subsecretaria de Vigilância Sanitária do Rio inspecionou, na manhã de quinta-feira, 16, a padaria da Avenida Geremário Dantas, 1.241, em Jacarepaguá, na Zona Oeste, que recebeu três multas por irregularidades como falta de higiene, teve 83 quilos de produtos descartados (como pães, frango desfiado in natura, farinha de rosca, salgadinhos e recheios) e foi interditada. À noite, diante da informação que o estabelecimento estaria aberto, fiscais retornaram ao endereço e aplicaram mais uma multa por descumprimento de interdição do ponto, que voltou a ser fechado. Na manhã desta sexta, 17, a equipe do monitoramento de comércios de alimentos interditados – serviço criado em novembro do ano passado – fez nova vistoria no local, que funcionava à meia porta, recebeu mais três multas (uma delas com valor dobrado pela reincidência) e foi Interditado pela terceira vez em menos de 24 horas. Além das sete infrações que ultrapassam R$ 19 mil, o estabelecimento será denunciado ao Ministério Público do Estado, o que pode resultar na cassação da licença sanitária e na interdição por, pelo menos, seis meses.

 

– A Vigilância tem uma série de procedimentos de prevenção de riscos à saúde pública, nossa missão precípua. A começar pelos cursos de capacitação, onde orientamos sobre as boas práticas de higiene, a necessidade do uso de uniformes dentro das normas e da licença sanitária em local visível, entre outros conhecimentos. Na fiscalização, temos equipes atuando 24 horas para atender denúncias do 1746. E constatando o desrespeito de um percentual considerável de estabelecimentos que fechamos e voltam a funcionar sem cumprir as exigências, criamos em novembro o monitoramento de comércios de alimentos interditados. Por isso é essencial que o consumidor denuncie irregularidades, e que os empresários cumpram a lei – alerta Flávio Graça, superintendente de Educação da Vigilância, que nos últimos três anos capacitou mais de 55 mil pessoas em práticas de higiene das mais diversas áreas.

 

As inspeções – Na primeira vistoria feita na manhã de quinta, técnicos identificaram irregularidades como alimentos sem procedência e armazenados em lugares impróprios, baratas mortas pelo chão e o maquinário (incluindo o forno para a produção de pães) operando em um galpão sem qualquer proteção. A equipe também constatou falta de higiene nos mobiliários, equipamentos e utensílios em geral, aplicando três multas por falta de asseio e falta de uso de uniformes. O estabelecimento recebeu ainda um termo de intimação com exigências de adequações e prazos a serem cumpridos, como a limpeza de toda a área, uniformes para os funcionários, questões estruturais nos banheiros, instalação de telas milimétricas no vão de ventilação que está aberto e ainda a identificação na vitrine dos alimentos comercializados. Na ação, fiscais reforçaram as orientações sobre as condições higiênico-sanitárias.

 

Na segunda inspeção na noite de quinta, fiscais encontraram o estabelecimento aberto normalmente e fizeram outra interdição. Na manhã desta sexta, a equipe do monitoramento de comércios de interditados da Coordenação de Alimentos retornou ao endereço, flagrando a padaria funcionando à meia-porta, determinando a terceira interdição. Nos três anos da atual gestão, a Vigilância realizou quase 120 mil vistorias em toda a cidade, 30% provenientes da Central 1746. O órgão segue com as fiscalizações de rotina e com o serviço de monitoramento que vistoria por semana, pelo menos, 12 estabelecimentos interditados, flagrando em média três deles abertos.

 

– Por isso sempre falamos da importância de contarmos com os consumidores. Eles estão em todos os lugares e o tempo todo, e podem nos auxiliar denunciando o que virem de irregularidades – acrescenta o superintendente Flávio Graça.

 

 

  • 17 de janeiro de 2020
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