Categoria:
Rio chega ao Dia da Luta Antimanicomial com avanços a comemorar
Publicado em 18/05/2022 - 07:00 | Atualizado em 17/05/2022 - 19:32
Trinta e cinco anos após a instituição do Dia Nacional da Luta Antimanicomial, o Município do Rio de Janeiro chega a este 18 de maio com muitos avanços na pauta. Nos esforços pela desospitalização dos pacientes, a cidade conta hoje com 521 moradores nas residências terapêuticas mantidas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS-Rio), além de muitos outros que voltaram para suas famílias. Ex-internos dos manicômios, eles tiveram resgatadas suas cidadanias, recuperaram a liberdade e o convívio social, sendo agora assistidos por equipes multidisciplinares dos centros de atenção psicossocial (CAPS). Atualmente, 20.620 pacientes são acompanhados pelos 32 CAPS da rede municipal.
No momento, o Rio de Janeiro tem 54 pacientes de longa permanência (mais de dois anos) ainda internados no último hospital psiquiátrico com este perfil na cidade, o Instituto Juliano Moreira. Em outubro do ano passado, o Instituto Municipal de Assistência à Saúde Nise da Silveira deu alta aos seus últimos internos. O terreno do velho hospício deu lugar ao Bosque Dona Ivone Lara, hoje um local de lazer e encontros para os moradores do Engenho de Dentro e arredores.
– O que faz a reforma psiquiátrica não é apenas a existência dos CAPS, mas sobretudo a abertura desses espaços como centros de atividades em conexão com a cidade e a cidadania. O Bosque Dona Ivone Lara é um exemplo disso – afirma Patrícia Matos, assessora de saúde mental da SMS-Rio.
Com o encerramento das internações, o Nise da Silveira se consolidou como referência na promoção da saúde mental por meio da arte, cultura, esporte, lazer e oficinas de geração de renda. A unidade hoje inclui o Museu de Imagens do Inconsciente, que completa 70 anos em 2022; o Memorial da Loucura do Engenho de Dentro, nas instalações originais do antigo manicômio; e o Espaço Travessia, projeto do Núcleo de Cultura, Ciência e Saúde onde são realizadas exposições com artistas periféricos e oficinas para a população em geral. Todo esse espaço abriga um importante acervo histórico aberto ao público, composto por documentos, livros, prontuários, móveis e obras artísticas que retratam os 110 anos da instituição e a própria história da psiquiatria no Brasil.
– O Memorial da Loucura é o coração do complexo. É um museu que conta não só a história da assistência à loucura no país, mas também a história do bairro, que se confunde com a do próprio instituto e da fazenda que existia aqui antes dele. O acervo revela as práticas da psiquiatria até a chegada das mudanças que começaram a ser implantadas pela doutora Nise da Silveira – conclui a diretora geral do instituto, Érika Pontes.
Notícias
CET-Rio anuncia as interdições programadas para a noite de quinta-feira (24/04)
24 de abril de 2025Rio de Janeiro recebe primeiros eventos do BRICS, grupo das maiores economias emergentes do mundo
24 de abril de 2025Freguesia, na Ilha do Governador, recebe 164 atendimentos do CadMóvel Carioca
24 de abril de 2025Super Centro Carioca de Saúde chega a dois milhões de procedimentos realizados
24 de abril de 2025
CET-Rio anuncia as interdições programadas para a noite de quinta-feira (24/04)
24 de abril de 2025

Freguesia, na Ilha do Governador, recebe 164 atendimentos do CadMóvel Carioca
24 de abril de 2025
Super Centro Carioca de Saúde chega a dois milhões de procedimentos realizados
24 de abril de 2025
