Vigilância Sanitária identifica bactérias em galões de 20 litros e suspende venda de água mineral

Publicado em 05/02/2020 - 11:31 | Atualizado em 05/02/2020 - 13:40
Técnica analisa a qualidade da água - Divulgação/Vigilância Sanitária

A Subsecretaria de Vigilância Sanitária do Rio interditou  a distribuição e comercialização dos galões de 20 litros da água Ipanema no município. Como prevenção de riscos à saúde pública, a medida foi adotada a partir dos resultados das primeiras análises do produto feitas pelo Laboratório Municipal de Saúde Pública (Lasp), que encontraram a presença de bactérias (coliformes totais e pseudomonas), indícios da falta adequada de higiene dos galões e a consequente contaminação do produto.

” Essas bactérias são oportunistas e podem causar infecções em pessoas com baixa resistência. Por isso, como medida de prevenção aos riscos à saúde do consumidor, adotamos a interdição cautelar até que todo o processo seja encerrado” explica a médica-veterinária Aline Borges, coordenadora de Alimentos da Vigilância do Rio, à frente do processo de inspeção iniciado no último dia 30.

 

A ação foi organizada a partir de denúncia recebida na Central 1746 sobre galões de 20 litros da marca, adquiridos em um depósito de Botafogo, na Zona Sul, com a água apresentando aspecto amarelado. No local, a equipe apreendeu 15 unidades do produto, com cinco galões mantidos no estabelecimento para a contraprova e dez levados para o laboratório que fica em São Cristóvão, no Complexo Zona Norte da Vigilância.

 

Com base na interdição cautelar publicada no Diário Oficial do Município desta quarta-feira  (05/02), os fiscais incluirão na rotina de trabalho a verificação da comercialização dos galões de 20 litros da marca e, caso o produto seja encontrado, haverá coleta de amostras para novas análises. Também nesta quarta, a Vigilância vai notificar a Aqua Glass Indústria e Comércio de Água Mineral Ltda, em Rio Bonito, responsável pela produção e envase da água, que terá até dez dias para solicitar defesa e perícia de contraprova. Como a empresa fica em outro município, a Vigilância Sanitária do estado será acionada para que a inspeção seja realizada na fonte.

Aline Borges orienta o consumidor a denunciar qualquer tipo de irregularidade e, encontrando o galão de 20 litros da marca à venda, comunique à Central 1746 para que a Vigilância vá ao local.

“O consumidor deve sempre estar atento às condições dos produtos. O galão, por exemplo, é uma embalagem reutilizada com validade de três anos, e por isso precisa passar por um processo de controle de qualidade e higienização, antes do envase da água para a comercialização. É muito importante contarmos com a colaboração da população registrando qualquer suspeita ou constatação de irregularidade na Central 1746”,  reforça a coordenadora de Alimentos da Vigilância Sanitária do Rio.

Saiba os cuidados que devem ser tomados na comercialização de água mineral

⇒ O produto deve ser armazenado em local fresco e ventilado. Se a luz solar incidir diretamente sobre o produto pode causar alteração na coloração, influenciando na qualidade do material de embalagem e podendo facilitar a contaminação por agente externo;

⇒ A água não pode ser armazenada perto de produtos como detergentes e outros usados para a higienização domiciliar ou em locais que comercializem produtos voláteis, como postos de gasolina;

⇒ Nos estabelecimentos comerciais, o produto deve estar exposto ou armazenado sobre prateleiras ou pallets, nunca sobre o piso;

⇒ O consumidor deve sempre verificar a rotulagem e o prazo de validade;

⇒ Se o consumidor identificar sabor ou odor na água adquirida, deve fazer o registro na Central 1746 e guardar a embalagem com o produto para que a Vigilância possa rastrear o fornecedor e os lotes.

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