Seop realiza demolição de dois prédios construídos ilegalmente na Ilha Primeira, na Zona Oeste

Publicado em 02/12/2024 - 12:28 | Atualizado
Os prédios estavam sendo construídos na Ilha Primeira, arquipélago da Lagoa da Tijuca. Crédito: Fábio Costa / SEOP

A Secretaria de Ordem Pública iniciou nesta segunda-feira (2/12) a demolição de dois prédios construídos irregularmente na Ilha Primeira, localizada no arquipélago da Lagoa da Tijuca, área que sofre influência do crime organizado. Um deles possui três pavimentos, com uma unidade por andar, e o outro, também com três pavimentos, apresenta duas unidades por andar. Os imóveis possuíam 300m2 de área construída, contando com dois prédios e churrasqueira nos fundos. Engenheiros da Prefeitura estimam um prejuízo de R$1,2 milhão aos responsáveis. Ambos foram erguidos sem qualquer autorização da Prefeitura do Rio.

O primeiro prédio encontrava-se com um apartamento em fase de acabamento que, segundo denúncias de vizinhos, logo após a notificação da demolição o proprietário iniciou a mudança com o intuito de evitar a demolição das construções. As demais unidades encontravam-se em fase de emboço e alvenaria. Já o segundo edifício trata-se de uma residência unifamiliar antiga, sendo totalmente modificada para construção de um prédio multifamiliar com duas unidades por andar. Após a notificação, tiveram suas obras aceleradas em total descumprimento à determinação que obrigava a imediata paralisação das obras. Segundo informações preliminares, o prédio da frente tinha três apartamentos para locação.

– Essa é mais uma operação da Secretaria de Ordem Pública, com foco na demolição de construções ilegais em uma área de proteção ambiental. A gente salienta que as construções são ilegais, porque não contam com licença ou autorização. E são ilegalizáveis, porque da forma como estão sendo realizadas, desrespeitam totalmente os padrões urbanísticos em vigor na cidade. E apesar de terem sido notificados, os responsáveis, além de não terem interrompido as construções, aceleraram as construções e tentaram, de certa forma, ludibriar as fiscalizações, como se tivesse alguém morando naquela região -, explica Brenno Carnevale, secretário de Ordem Pública, que completa:

– É importante destacar que a Prefeitura faz essa fiscalização através das equipes de inteligência e a seguiremos com esse trabalho de ordenamento urbano, de proteção ambiental, de asfixia financeira ao crime organizado.

Os prédios, além de serem irregulares, também eram ilegalizáveis, uma vez que não atendem aos parâmetros urbanísticos da região.

  • 2 de dezembro de 2024
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