Exposição ‘Fragilidade bruta’ chega à sede da Prefeitura, na Cidade Nova

Publicado em 07/11/2022 - 19:57 | Atualizado
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Peça feita pelo artista Humberto de Castro - Divulgação

Até sexta-feira (11/11), quem passar pelo pátio do Centro Administrativo São Sebastião – CASS, sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, terá um encontro com a arte. A exposição “Fragilidade bruta”, de Humberto de Castro, fica aberta ao público de segunda a sexta, das 9h às 17h. A mostra, com entrada franca, reúne esculturas feitas com itens reciclados.

Os visitantes poderão ver de perto peças em arame retirado de fios descartados, representando pessoas em tamanho real, com corpos variados, que fogem ao padrão de beleza imposto pela sociedade. Além disso, será exibido um trabalho inédito: um dragão de duas cabeças, medindo aproximadamente cinco metros de altura, confeccionado em material de antenas parabólicas descartadas.

Para Humberto de Castro, os tipos físicos diferentes servem como fonte de inspiração:

 

– São os corpos considerados exóticos por muita gente que despertam meu olhar. Gosto de chamar a atenção para essas formas, provocar reflexão. Muitas pessoas se identificam com as obras e ficam felizes ao se verem representadas.

 

O artista conta que uma das peças de “Fragilidade bruta”, uma figura feminina acima do peso chamada de Mulher Feliz, fez sucesso com um grupo de mulheres que se exercitavam em uma praça:

 

– Elas adoraram, disseram que se viam naquela escultura. Uma delas me disse: sou feliz, como o que eu quero.

 

Sobre o artista

O pernambucano Humberto de Castro começou a esculpir aos 12 anos de idade, com sucata, de forma autodidata. Na época em que morou no Distrito Federal, ele se tornou conhecido por seu trabalho como jardineiro e ganhou o apelido de Edward Mãos de Tesoura de Brasília – assim como o personagem do filme de Tim Burton, Humberto domina a arte da topiaria. Na capital brasileira, ele usou suas habilidades para dar a cercas vivas e plantas o formato de esculturas e monumentos.

Vivendo no Rio de Janeiro há cerca de quatro anos, Humberto montou seu ateliê no bairro do Estácio. É de lá que saem obras como as que fazem parte de “Fragilidade bruta” e peças sob encomenda, mas também é onde o artista dá asas à imaginação. “O que cai na minha mão vira arte. Gosto do desafio nas minhas peças”, garante Humberto.

  • 7 de novembro de 2022
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