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Em cooperação inédita, pesquisadores brasileiros e da Universidade de Oxford vão atuar juntos na cidade do Rio
Publicado em 06/12/2021 - 20:40 | Atualizado em 07/12/2021 - 09:41Uma cooperação inédita entre o Brasil e a Universidade de Oxford, do Reino Unido, foi celebrada nesta segunda-feira (06/12), em cerimônia no Centro Cultural do Ministério da Saúde, no Centro. O acordo trará avanços significativos em pesquisa científica para o país. Com a instalação de um novo centro administrativo da instituição na cidade, pesquisadores brasileiros e ingleses atuarão em parceria, fortalecendo nossa cultura voltada à ciência e à pesquisa. Os primeiros projetos, que já estão em andamento, vão discutir temas como Cardiologia, Inteligência Artificial, Atenção Primária e Covid-19.
O marco inicial desse intercâmbio científico contou com a presença do prefeito do Rio, Eduardo Paes, do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, do secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, do Embaixador britânico no Brasil, Peter Wilson, e do representante da Universidade de Oxford, Andrew Pollard, entre outras autoridades. A unidade promoverá pesquisas científicas com foco na saúde em conjunto com centros de tecnologia do Ministério da Saúde, como o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Instituto Nacional do Coração (INC) e o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO).
Para o prefeito Eduardo Paes, é um orgulho para a cidade receber uma unidade da Oxford na capital:
– O Rio de Janeiro agora consolida a sua posição de ser a ponta da tecnologia, da pesquisa nessa área da saúde. Essa já é uma característica forte do Rio, que tanto nos orgulha. É evidente que o Brasil tem tantas outras cidades com profissionais capazes, mas sei que a decisão política de trazer a instituição para a cidade do Rio é algo que não vamos esquecer. Eu diria que esse é um dos pontos de virada mais importantes da história recente da cidade do Rio de Janeiro.
A parceria é mais um passo do Brasil na relação com a Universidade de Oxford, que foi a responsável pelo desenvolvimento dos estudos clínicos da vacina AstraZeneca, imunizante contra a Covid-19, que já conta com mais de 118 milhões de doses distribuídas para todo país.
– Com o apoio de todos nós vamos vencer os desafios. E, sobretudo, o nosso único inimigo, o novo Coronavírus. E nós estamos conseguindo porque temos um grande aliado, o Sistema Único de Saúde. Afinal de contas, a saúde é um direito fundamental, a saúde é um direito de todos e um dever do Estado, de garantir políticas sociais e econômicas. O SUS é, sobretudo, a nossa atenção primária. É com as unidades básicas que vamos fazer a verdadeira revolução na saúde do Brasil. O Rio de Janeiro é um exemplo na atenção primária, e nós temos trabalhado duro para ampliar e espalhar para todo o Brasil. A parceria com o Reino Unido é natural, porque ela data da origem do Estado brasileiro – disse o ministro Marcelo Queiroga.
A parceria
O pontapé inicial para que a parceria se concretizasse aconteceu durante visita do ministro Marcelo Queiroga à universidade, na Inglaterra. A medida foi celebrada com a assinatura de um termo de compromisso entre o Ministério da Saúde e a instituição inglesa. Essa será a primeira unidade da universidade nas Américas. A previsão é que seja instalada até o ano que vem.
A iniciativa tem o apoio do Governo Britânico e o suporte acadêmico e científico da Universidade de Siena, na Itália, do Institute for Global Health, do Internacional Vaccines Institute e de outras entidades pelo mundo. No Brasil, a parceria é parte das ações do Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT) da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) do Ministério da Saúde.