Prefeitura apresenta laudo de empresa independente sobre Niemeyer à Justiça

Publicado em 28/08/2019 - 10:10 | Atualizado em 28/08/2019 - 10:20
Avenida Niemeyer e o Morro do Vidigal, em São Conrado. Foto: Marcos de Paula / Prefeitura do RioAvenida Niemeyer e o Morro do Vidigal, em São Conrado - Marcos de Paula / Prefeitura do Rio

A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação (SMIH) reafirma que a Avenida Niemeyer tem todas as condições de segurança necessárias para reabrir. Os peritos da Justiça, claramente, emitiram parecer antes de ler e avaliar a Nota Técnica enviada por engenheiros e geólogos da Prefeitura do Rio, demonstrando precipitação e descumprimento dos trâmites legais. O laudo pericial demonstra preciosismo que extrapola qualquer limite do bom senso e da ética profissional, além de falta de conhecimento e experiência na questão geotécnica.

A SMIH enviou nova Nota Técnica, além de laudo de um consultor independente – com vasta experiência – contestando novamente o relatório dos peritos. Abaixo, algumas observações que constam do laudo pericial e já foram resolvidas pela SMIH, com informações claramente apontadas na Nota Técnica ignorada pelos peritos:

  • Conforme Nota Técnica anterior (janeiro de 2019), todas as casas voltadas para o talvegue (caminho natural de águas pluviais) principal – que poderiam vir a contribuir com águas pluviais e despejo de esgoto – foram demolidas.
  • As demais casas NÃO contribuem para a sub-bacia, onde ocorreu o deslizamento.
  • Foi construída uma galeria de cintura para captação do esgoto que ainda pudesse estar contribuindo na região da crista de deslizamento. Tal intervenção tem sido reiteradamente desprezada pelos peritos do juízo.
  • O que os peritos chamam de “conjunto de pedras existentes no topo do escorregamento”, e exigem análise de estabilidade, trata-se de um afloramento do maciço rochoso fraturado, que ali já existe há anos. O local passou por uma vasta análise cinemática, realizada via programa computacional usado mundialmente, e – em cinco mil simulações – não foi observado nenhum caso em que algum bloco tenha, sequer, se aproximado da Avenida Niemeyer. Os peritos não apresentam, no entanto, NENHUMA simulação alternativa, justificativa técnica ou cálculo que contraponham essas análises.
  • Quando citam a existência de “diversos blocos rochosos de tamanhos variados” que oferecem riscos não desprezíveis de movimentação que poderia atingir a via, os peritos – novamente – não citam qualquer método científico que embase essa afirmativa nem levam em consideração que houve o desmonte desses blocos e que a “cicatriz” do deslizamento sofreu modificações de sua geometria, criando-se superfícies aplainadas (platôs) para onde foram reposicionados os blocos rochosos, garantindo-lhes o adequado grau de estabilidade.

Saiba mais:

http://noticias.prefeitura.rio/habitacao/justica-inspeciona-niemeyer-e-prefeitura-espera-que-avenida-seja-reaberta/

http://noticias.prefeitura.rio/rio-acontece/secretaria-de-infraestrutura-faz-monitoramento-de-36-pontos-da-avenida-niemeyer/

http://noticias.prefeitura.rio/rio-acontece-noticias/avenida-niemeyer-e-fechada-nos-dois-sentidos-em-cumprimento-a-ordem-judicial/

  • 28 de agosto de 2019
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