Prefeitura inaugura nova unidade escolar na Pavuna com homenagem à cantora Beth Carvalho

Publicado em 16/11/2022 - 16:50 | Atualizado
O EDI Beth Carvalho é a quarta unidade escolar entregue após a retomada do programa Fábrica de Escolas - Beth Santos/Prefeitura do Rio

O prefeito Eduardo Paes, o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, a secretária municipal de Infraestrutura, Jessick Trairi, e o presidente da Rio-Urbe, Rafael Salgueiro, inauguraram o Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) Beth Carvalho, na Pavuna, nesta quarta-feira (16/11). A obra teve um investimento de R$ 15,5 milhões e é a quarta unidade de ensino entregue aos cariocas após a retomada do programa Fábrica de Escolas.

 

– A primeira vez que conversei com a Beth Carvalho foi em 2009 e a partir dali tive a chance de ter uma relação especial com ela. Tem um lado da Beth, que nunca se dissociou do lado cantora dela, que era a participação política. Ela sempre foi uma pessoa preocupada com os mais pobres e uma grande paixão da Beth era o projeto de ensino em tempo integral do Leonel Brizola e do Darcy Ribeiro. Ela era apaixonada pela educação. Criamos o programa Fábrica de Escolas justamente para levar o ensino em tempo integral e que as crianças fiquem mais tempo na escola – afirmou Eduardo Paes.

 

A nova unidade é formada por 12 salas, sendo quatro berçários e oito salas de atividades, além de fraldário, lactário, solarium, parquinho, cozinha e refeitório. Além de área administrativa, depósitos e atende a todas as normas de acessibilidade. Climatizados, os ambientes pedagógicos foram erguidos com materiais térmicos e acústicos.

 

– Essa é uma inauguração muito especial para todos aqui, da Pavuna. São mais de 300 crianças beneficiadas no segmento da educação infantil. Essa região necessita muito desse atendimento. É mais uma escola de ponta, seguindo o modelo da nossa escola do amanhã e em parceria com a Rio-Urbe e com a Secretaria de Infraestrutura. E também uma homenagem à eterna Beth Carvalho, que tanto alegrou o povo brasileiro e agora fica marcada em uma unidade escolar do Rio de Janeiro – disse Renan Ferreirinha.

 

Essa é a quarta unidade de ensino inaugurada pelo programa Fábrica de Escolas da Empresa Municipal de Urbanização (Rio-Urbe), em parceria com a Secretaria de Educação, só neste ano. Em março, o Ginásio Experimental Tecnológico (GET) Elza Soares, o primeiro da cidade do Rio, foi inaugurado no campus do Rocha. Em outubro, foi a vez do EDI Jornalista Jorge Bastos Moreno, localizado no mesmo campus do Rocha, além da recente reinauguração da Escola Municipal Luís Carlos da Fonseca, outro GET, em Madureira.

Idealizado nas gestões anteriores do prefeito Eduardo Paes, o programa Fábrica de Escolas foi responsável pela construção e reconstrução de mais de 100 unidades escolares no Rio, como Espaços de Desenvolvimento Infantil e escolas de ensino fundamental I e II.

 

– Nesse tipo de construção costumamos ressaltar toda a dinâmica e os materiais que são utilizados na obra: proteção acústica, fachada dupla, forro, iluminação abundante. Com esse tipo de tecnologia e materiais conseguimos diminuir o consumo do ar-condicionado, de energia elétrica porque buscamos usar os elementos que já existem na natureza, como luminosidade, para que a escola seja eficiente – declarou Jessick Trairi.

 

A previsão é que, até 2024, a cidade ganhe 23 escolas, entre novas unidades e unidades reconstruídas, sendo 19 oriundas do programa e quatro escolas olímpicas, com obras em andamento, com a utilização de materiais da desmontagem da Arena do Futuro, que recebeu as competições de handebol e goalball nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

Beth Carvalho

Elizabeth Santos Leal de Carvalho nasceu no Rio, em 5 de maio de 1946, na Gamboa. Lançou o primeiro LP em 1969 com o nome de seu grande sucesso, “Andança”, canção que conquistou o terceiro lugar no Festival Internacional da Canção (FIC).

A partir de 1973, Beth Carvalho passou a lançar um disco por ano e emplacou vários sucessos como “1.800 Colinas”, “Saco de Feijão”, “Olho por Olho”, “Coisinha do Pai”, “Firme e Forte” e “Vou Festejar”. Também gravou composições de Cartola, como “As rosas não falam”, e “Folhas Secas”, de Nelson Cavaquinho.

A Madrinha do Samba, mangueirense de coração, morreu em 2019, aos 72 anos de idade, em função de infecção generalizada.

 

– Ao chegar aqui, vi o nome dela e não dá nem para dimensionar. Uma escola com o nome dela. Fiquei muito emocionada. Minha mãe era uma mulher com consciência de classe e que dava muita importância à educação. Foi uma grande incentivadora dos Cieps, foi muito amiga do Darcy Ribeiro. Ela estaria muito feliz. Costumava dizer que a maior homenagem que se pode fazer a um artista é ser enredo de escola de samba. Mas acho que ela nunca imaginou que poderia ser nome de uma escola de fato. Não tem homenagem maior na vida de alguém do que ser escola – disse Luana Carvalho, filha da cantora.

  • 16 de novembro de 2022
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