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Obra de Monteiro Lobato é debatida por imortal Antônio Torres com alunos de escolas municipais
Publicado em 29/08/2019 - 18:56 | Atualizado em 29/08/2019 - 19:49- Início/
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Cerca de 150 estudantes de escolas municipais de Santa Cruz, na Zona Oeste, tiveram uma verdadeira aula sobre literatura brasileira nesta quinta-feira, 29/8, com o contista, cronista e romancista Antônio Torres, imortal da Academia Brasileira de Letras, há seis anos ocupante da cadeira nº 23. O encontro, no Casarão – Centro Cultural de Santa Cruz, foi mais um momento da Ciranda com Autores, projeto da Secretaria Municipal de Educação que está levando seis imortais da ABL para conversar com alunos da Prefeitura do Rio sobre a vida e obra de Monteiro Lobato, homenageado deste ano cuja obra entrou para domínio público em 2019. Antônio Torres realizou um passeio com alunos do 4º ao 9º ano pelas histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo e do livro infantil “As aventuras de Hans Staden”.
Cronista, contista, autor de romances constituídos por cenários rurais e urbanos, o imortal convidado se divertiu ao lado das crianças das escolas da Prefeitura do Rio e dividiu com elas sua jornada para se formar como leitor e escritor. Torres ganhou o prêmio Machado de Assis, 2000, pelo conjunto de sua obra. O imortal também ocupa a cadeira nº 9 da Academia de Letras da Bahia.
— A escola representou, para mim, uma descoberta do mundo através da leitura. Esses encontros com alunos das escolas do município do Rio me trazem uma nostalgia daquele tempo da escola e, ao mesmo tempo, uma felicidade enorme por me lembrar que um dia eu fui à escola e tive professores e professoras como esses de hoje que me abriram as janelas do mundo através da leitura — enfatizou o escritor e imortal Antônio Torres.
Além dos encontros com grandes escritores acadêmicos, os alunos das escolas municipais produzirão redações baseadas na vida e obra de Monteiro Lobato. Os melhores textos serão premiados pelos próprios imortais na sede da ABL, em novembro. Rebeca Machado Vieira, de 11 anos, é fã da boneca de pano Emília. Desde que começou a ler os contos de Lobato sobre as aventuras de Pedrinho, Narizinho, Emília, Dona Benta e a turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo, a menina do 6º ano do Ciep Raymundo Ottoni de Castro Maya, em Inhoaíba, tem se encantado pelo universo mágico do autor paulista.
— A Emília é muito divertida, levada e esperta. Ela é o tipo de boneca que toda menina queria ter. As histórias do Monteiro Lobato são muito legais e eu, um dia, quero escrever como ele — disse a estudante.
“Reinações de Narizinho”, “O Saci”, “Emília no País da Gramática”, “Histórias de Tia Anastácia”, “A Reforma da Natureza” e muitas outras obras deixadas por Monteiro Lobato estão sendo trabalhadas nas salas de aula, neste semestre, para inspirar os estudantes em suas produções literárias.
Para a gerente de leitura da SME, Carla Celestino, a difusão da leitura e escrita através da homenagem a grandes autores “aproxima os estudantes dos imortais, amplia o repertório e desenvolve os talentos da rede municipal”.
— Monteiro Lobato é um grande escritor, que faz parte da infância de muita gente. A parceria com a ABL é algo muito feliz para os professores, alunos e para nós, pois esse contato aproxima a escola de talentos reconhecidos no mundo literário, servindo de estímulo para a escrita deles. É muito importante a escuta e a troca de ideias – enfatiza Carla.
O último encontro será com a escritora e imortal Nélida Piñon, no próximo dia 9/9, segunda-feira, às 17h. A autora encontrará alunos do Centro de Referência da Educação de Jovens e Adultos (CREJA).
O concurso
Todas as unidades escolares da rede municipal de Ensino do Rio podem participar da seleção, voltada para alunos do 4º ao 9º ano e Educação de Jovens e Adultos, de todas as CREs, divididos em três categorias: A (4º ao 6º), B (7º ao 9º) e C (EJA).
As redações devem ser desenvolvidas em prosa ou verso, até o dia 20/9. A categoria A deverá enviar textos de 10 a 20 linhas. Para a categoria B, serão aceitos textos de 15 a 30 linhas. Já para os alunos da categoria C, a produção poderá ser feita entre 10 e 30 linhas. O material poderá ser digitado ou manuscrito, em letra legível. Os trabalhos deverão conter no rodapé: nome do aluno, ano, turma, nome do professor orientador, disciplina que leciona e cargo, nome da escola, designação do diretor e identificação da CRE.
As redações serão corrigidas por quatro comissões locais, regionais e municipais, compostas pela direção da escola, servidores das Gerências de Educação das CREs, por funcionários no Nível Central e por membros da Academia Brasileira de Letras, designada pelo presidente da ABL, composta por três Acadêmicos. Serão selecionados 23 textos, sendo 11 de cada categoria. As melhores produções serão premiadas no dia 28/11, na sede da ABL.
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