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Especialistas defendem volta às aulas: ‘Decisão correta tanto do ponto de vista pedagógico quanto epidemiológico’
Publicado em 28/01/2021 - 12:55 | Atualizado em 28/01/2021 - 13:42
A volta às aulas na Rede Municipal de Ensino é defendida por especialistas envolvidos diretamente no trabalho de combate à Covid-19. A Prefeitura do Rio consultou um comitê formado por professores de universidades públicas e também por profissionais com experiência em vigilância epidemiológica para emitir um parecer sobre este retorno. A maioria defende que as escolas retomem as suas atividades o mais rapidamente possível.
De acordo com o Plano de Volta às Aulas, apresentado pelo prefeito Eduardo Paes e pelos secretários de Educação, Renan Ferreirinha, e de Saúde, Daniel Soranz, o retorno se dará em duas etapas, ambas em fevereiro.
O documento estabelece medidas de prevenção, monitoramento e contingência de casos do coronavírus e possui um caráter dinâmico, podendo ser modificado de acordo com as condições epidemiológicas de cada região da cidade.
– A maior parte do mundo logo no início (da pandemia) decidiu voltar com a educação infantil, porque a creche e a pré-escola são fundamentais para as mulheres, principalmente para aquelas que estão em comunidades mais vulneráveis. Quando a gente condena a mãe a não ter acesso à creche, a gente condena a filha mais velha a cuidar do irmão. Portanto, a decisão da Prefeitura de retomar as aulas pelos anos iniciais é correta tanto pelo ponto de vista pedagógico quanto epidemiológico – explicou o mestre em Educação e professor da Uerj Carlos Alberto Oliveira, mais conhecido como Caó. Ele faz parte do comitê consultado pela Prefeitura.
Coordenadora do Unicef para o Sudeste do Brasil e chefe do escritório da instituição no Rio, a pediatra Luciana Phebo afirma que, fora das escolas, as crianças se tornam as principais vítimas ocultas da Covid-19 no mundo. Segundo a médica, a educação à distância não é suficiente e, por isso, defende o Plano de Volta às Aulas divulgado pela Prefeitura.
– Com relação às evidências científicas, já se sabe que a escola não é um espaço que dissemina o vírus, quando se implementa protocolos seguros e criteriosos, como o que foi elaborado pela Prefeitura do Rio. Sabe-se também que a criança não transmite o vírus da mesma forma que o adulto, e que os professores não estão num risco maior que os demais profissionais.
Outro integrante do comitê, o infectologista do Hospital do Fundão (UFRJ) Alberto Chebabo afirma que será um grande desafio fazer as crianças e adolescentes retornarem às salas de aula, após as escolas passarem mais de 200 dias fechadas. Além da evasão escolar, ele teme pela saúde mental dos alunos.
– O que a gente tem defendido no comitê, e todos foram unânimes, é que a escola é uma atividade essencial que deve ser a primeira a abrir e a última a fechar. O fechamento das escolas durante todo esse período está tendo um impacto na educação cognitiva das crianças, que precisam de socialização para crescerem e se desenvolverem. O aprendizado on line preenche, mesmo que parcialmente, uma parte desse processo de crescimento e educação das crianças. Mas o contato com outras crianças dentro da escola é fundamental para esse desenvolvimento – disse o médico, que é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
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