Mais 150 crachás são entregues e ambulantes legalizados já chegam a 5,1 mil no Rio

Publicado em 19/11/2019 - 14:15 | Atualizado em 19/11/2019 - 16:25
Ana Néri de Jesus, ao lado da filha e auxiliar, Alexandra. "É como se estivesse começando a vida hoje", disse Ana. Foto: Mariana Ramos? Prefeitura do Rio

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, entregou crachás de identificação do Programa Ambulante Legal a mais 150 trabalhadores autorizados a vender nas ruas de 10 bairros. O documento dá tranquilidade e proteção aos ambulantes, porque é a garantia de que estão de acordo com a lei. E os consumidores se sentem seguros sobre a origem dos produtos que estão adquirindo. No crachá há um QR code, código de barras bidimensional, pelo qual é possível qualquer pessoa checar informações sobre o vendedor, a mercadoria e a área liberada para atuação. A tecnologia facilita inclusive a fiscalização.

– Honrem os crachás de vocês. Nosso propósito é que vocês se tornem empreendedores e aumentem as vendas – afirmou Crivella, que distribuiu pessoalmente os documentos de identificação a cada ambulante, em solenidade no Palácio da Cidade, em Botafogo, Zona Sul.

 

Desde que o programa foi iniciado, em agosto de 2018, já alcançou trabalhadores de 107 bairros, com distribuição de 5.112 crachás. Os beneficiados desta vez atuam nos seguintes locais: Pechincha, Freguesia, Taquara, Jacarepaguá, Anil, Tanque, Gardênia Azul, Praça Seca, Vila Valqueire e Joá.

– Estou com 63 anos, e é como se estivesse começando a vida hoje. Quando me ligaram para vir ao Palácio da Cidade receber meu crachá, até achei que era trote. Esse crachá é a confirmação de que meu trabalho é digno. Vou trabalhar ainda mais feliz – disse Ana Néri de Jesus, ao lado da filha e auxiliar, Alexandra, enquanto enxugava as lágrimas, emocionada. – Lágrimas de muita alegria – emendou a vendedora de açaí, acarajé, produtos naturais e que também faz quentinhas para os clientes na Freguesia, região de Jacarepaguá.

Aline Farias dos Santos, 39 anos, também comemorou o crachá. “É a tranquilidade do meu sustento”. Foto: Mariana Ramos/ Prefeitura do Rio

 

Aline Farias dos Santos, 39 anos, também comemorou o crachá. Ela disse que até levou um susto quando soube que tinha chegado a sua vez de receber o documento. A ambulante vende roupas femininas, também na Freguesia. Com o que ganha, sustenta a casa onde mora com a filha, de 19 anos, e paga a faculdade de gastronomia da menina.

– É a tranquilidade do meu sustento, estar legalizada. Já fiquei três meses sem trabalhar, e sei como é terrível. Com o crachá, tenho a certeza de que não vão mexer comigo – disse.

Ambulante empreendedor

A Prefeitura estabeleceu parceria com o Sebrae para tornar os ambulantes empreendedores. O Sebrae dá orientações sobre como se tornar microempreendedor individual (MEI). E oferece cursos gratuitos e exclusivos para trabalhadores do Ambulante Legal. São o “Sei Vender” e o “Sei Controlar o Meu Dinheiro”, com dicas para aumentar as vendas e administrar melhor as finanças.

Procon Carioca

O órgão municipal oferece aos ambulantes orientação e consultoria gratuitas para negociação de dívidas e cobranças indevidas e também sobre como limpar nome sujo. Os documentos necessários são carteira de identidade, CPF, comprovante de residência e nota fiscal.

CEF

A Caixa Econômica Federal esclarece dúvidas sobre como abrir conta corrente, adquirir a maquininha para cartão e ser inserido no sistema financeiro.

Saiba mais sobre o Ambulante Legal

O Ambulante Legal tem o objetivo de organizar e facilitar a identificação dos ambulantes autorizados a trabalhar na cidade. O programa propõe, inclusive, a implantação de políticas públicas de qualificação profissional aos trabalhadores.

O QR code permite à fiscalização e à população acessar informações como nome, número de inscrição e mercadorias que o ambulante está autorizado a comercializar. Além disso, também é possível verificar o local em que o vendedor pode atuar na cidade, conforme ordenamento urbano.

Além das regiões contempladas no evento desta terça, os seguintes bairros já foram alcançados pela política de ordenamento urbano implantada pela atual administração:

  • Inhaúma;
  • Jacaré;
  • Pilares;
  • Del Castilho;
  • Piedade;
  • Méier;
  • Maria da Graça;
  • Engenho Novo;
  • Cachambi;
  • Higienópolis;
  • Jacarezinho;
  • Engenho de Dentro;
  • Todos os Santos;
  • Água Santa;
  • Lins de Vasconcelos;
  • Abolição;
  • Encantando;
  • Bancários;
  • Riachuelo;
  • Penha;
  • Tauá;
  • Tomás Coelho;
  • Bonsucesso;
  • Engenho da Rainha;
  • Praia da Bandeira;
  • Arpoador;
  • Leblon;
  • Barra da Tijuca;
  • Recreio dos Bandeirantes;
  • Pedra de Guaratiba;
  • Sepetiba;
  • Jardim Guanabara;
  • Ribeira;
  • Freguesia;
  • Jardim América;
  • Vigário Geral;
  • Portuguesa;
  • Braz de Pina;
  • Zumbi;
  • Parada de Lucas;
  • Moneró;
  • Pitangueiras;
  • Cordovil;
  • Jardim Carioca;
  • Galeão;
  • Cacuia;
  • Bangu (feira do calçadão);
  • Campo Grande;
  • Santa Cruz;
  • Saúde;
  • Benfica;
  • Caju;
  • Centro;
  • Coelho Neto;
  • Mangueira;
  • Paquetá;
  • Santo Cristo;
  • São Cristóvão;
  • Turiaçu;
  • Anchieta;
  • Barros Filho;
  • Bento Ribeiro;
  • Cascadura;
  • Guadalupe;
  • Irajá;
  • Marechal Hermes;
  • Oswaldo Cruz;
  • Parque Anchieta;
  • Parque Columbia;
  • Pavuna;
  • Ricardo de Albuquerque;
  • Rocha Miranda;
  • Vicente de Carvalho;
  • Vila da Penha;
  • Vila Kosmos;
  • Vista Alegre;
  • Cosme Velho;
  • Maré.
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