Defesa Civil Municipal realiza evento online para celebrar os 10 anos do sistema de alerta com sirenes na cidade

Publicado em 26/04/2021 - 17:01 | Atualizado
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Defesa Civil aciona sirenes em comunidades de alto risco geológico

O primeiro acionamento das sirenes do Sistema de Alerta para Chuvas Fortes no município do Rio de Janeiro completou dez anos no domingo, dia 25. Em comemoração a este importante marco para prevenção de desastres e preservação de vidas na cidade, a Subsecretaria De Proteção e Defesa Civil, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), realiza o workshop online “Sirenes Cariocas: 10 anos”, entre os dias 27 e 28 de abril, que vai reunir pesquisadores e especialistas no tema.

O sistema foi idealizado no final de 2010, após a realização de estudos para a criação de um alerta que fosse efetivo em áreas sujeitas a riscos de desmoronamentos e deslizamentos de terra. Por suas características geográficas, a cidade do Rio possui diversos locais suscetíveis a esse risco, entre eles estão as comunidades que ficam em encostas de morros.

A instalação da primeira sirene aconteceu no dia 21 de janeiro de 2011, no Morro do Borel, na Tijuca. Ainda na fase de testes, o primeiro acionamento aconteceu na noite do dia 25 de abril nas comunidades Borel, Cachoeira Grande, Chacrinha, Cotia, Dona Francisca, Encontro / Bacia, Macacos, Formiga, Santa Terezinha e Liberdade. Neste dia, um forte temporal atingiu a cidade causando muitos transtornos. Desde então, as sirenes já foram acionadas 55 vezes, ajudando a preservar muitas vidas ao longo desses dez anos de existência.

O município do Rio foi pioneiro na estratégia de alarme precoce em comunidades com risco de deslizamento. Além do acionamento das sirenes, o sistema inclui o engajamento de líderes comunitários, evacuação para pontos de apoio e simulados periódicos. O alerta já foi adotado em diversas cidades do Estado do Rio.
O primeiro simulado de desocupação aconteceu em julho de 2011. Eles são realizados para orientar a população sobre os procedimentos necessários após o acionamento das sirenes, que incluem sair de casa, desligar o gás e aparelhos elétricos, pegar documentos e se dirigir ao ponto de apoio mais próximo.

O sistema de alarme sonoro é composto por 83 pluviômetros e 165 estações de sirenes instaladas em 103 comunidades do Rio, conforme mapeamento de risco geológico feito pela Fundação Instituto de Geotécnica do Município (GEO-Rio). Elas são acionadas após atingimento de índices pluviométricos estabelecidos por meteorologistas do Sistema Alerta Rio, localizado no Centro de Operações (COR).

– No nosso país, a utilização do alarme sonoro (sirenes), para uso em casos de desastres naturais, ainda é uma estratégia nova. Mas em vários países do mundo, como o Japão (terremotos), Indonésia (tsunamis), Estados Unidos (furacões) é um recurso largamente utilizado e que traz resultados muito satisfatórios. É evidente que as sirenes não são uma solução definitiva para eliminar o risco de deslizamento, mas elas ajudam a salvar vidas” – afirmou o subsecretário de Proteção e Defesa Civil do Rio, Marcio Motta.

O workshop acontece no Centro de Operações, na Cidade Nova, e terá transmissão online pelo canal do Centro de Estudos e Pesquisas sobre Desastres da Defesa Civil (CEPED) no Youtube, que pode ser acessado neste link: http://bit.ly/CEPED-DefesaCivil.

Na terça-feira, dia 27, a partir das 9h, o subsecretário de Proteção e Defesa Civil, Márcio Motta, fará a abertura do workshop e falará da importância do sistema de alertas para a cidade. Em seguida, terá a palavra o Coronel do Corpo de Bombeiros, Sérgio Simões, subsecretário de Defesa Civil do Rio em 2011 e um dos idealizadores do sistema de sirenes no município.

O segundo palestrante é o engenheiro da Defesa Civil, Marcelo Abelheira, que vai traçar um panorama histórico sobre os dez anos das sirenes. Em seguida, o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Coronel Alexandre Lucas, abordará a estratégia de redução de riscos de desastres naturais no país. Logo depois, David Stevens, representante da Estratégia Internacional das Nações Unidas para a Redução de Desastres (UNDRR) falará sobre as ações de prevenção ao redor do mundo. Em seguida, Guilherme Campos, presidente da Fundação Rio-Águas, terá como tema os estudos sobre elaboração de alertas para áreas sujeitas a alagamentos. Para fechar o primeiro dia de palestras, Bruno Ramos, chefe executivo do Centro de Operações (COR-Rio) vai abordar a tecnologia envolvida no monitoramento das sirenes.

Na quarta-feira, dia 28, a abertura do workshop vai contar com palestra do gerente de monitoramento e alerta de desastres da Defesa Civil, Leandro Chagas, que vai falar sobre as atualidades do sistema de sirenes. Em seguida, um representante do Sistema Alerta Rio vai mostrar como funcionam os métodos e modelos para previsão de chuvas. Logo depois, Wanderson Santos, da Fundação Rio-Águas, vai mostrar o mapeamento das áreas com risco para alagamentos na cidade. Um líder comunitário (ainda a definir) vai contar a experiência com acionamento do alerta. Por fim, um representante da GEO-Rio vai ministrar palestra sobre o mapeamento das áreas com risco geológico no Rio.

Programação completa no link: https://www.flickr.com/photos/seoprj/albums/72157719033381329

  • 26 de abril de 2021
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