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“Mancha de Dendê não sai”: exposição em homenagem a Moraes Moreira chega ao Museu Histórico da Cidade
Publicado em 07/12/2023 - 11:50 | Atualizado
A história de Moraes Moreira contada no museu. Após a estreia em Salvador, que reuniu 25 mil visitantes, a exposição “Mancha de Dendê não sai – Moraes Moreira” chega ao Rio no domingo (10/12), para uma temporada no Museu Histórico da Cidade, na Gávea, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura do Rio. A mostra foi realizada pelo Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura, com produção da Maré Produções, de Salvador.
Trata-se de uma imersão sensorial na história da música popular e da cultura brasileira por meio da vida e obra de um dos artistas mais relevantes do país. Também apresenta uma retrospectiva abrangente da carreira do artista, destacando sua versatilidade como compositor, suas parcerias musicais, suas incursões na literatura e suas raízes profundamente conectadas à Bahia.
– Moraes era pura poesia antes mesmo de ser músico. Transformava tudo em poesia, contava suas histórias através de poesia – comentou a curadora e diretora de arte Renata Mota.
Destaque para a experiência sonora da poesia de Moraes Moreira que, por meio de todo seu trabalho, explora a diversidade musical do Brasil, via canções do artista, reconhecido por mesclar ritmos como frevo, baião, rock, samba, choro e música erudita em suas composições. Suas colaborações musicais com seu filho Davi Moraes, bem como suas incursões no campo da literatura como cordelista e cronista de histórias da Bahia, também compõem a coleção. Os visitantes poderão escutar seus poemas, suas músicas e entender todo o contexto que ele viveu e percorreu em sua trajetória.
A abertura da exposição será ao meio-dia, dentro de uma programação no Museu que dará o tom de animação ao dia. Nela, a famosa Feira de Economia Criativa do MHC e um show do cantor Pedro Miranda, com participação de Davi Moraes. “Mancha de Dendê não sai” foi idealizada pela produtora cultural Fernanda Bezerra.
– Moraes Moreira, importante representante da música regional, é um verdadeiro ícone da cultura brasileira, com uma carreira que abrange diversas formas de expressão artística. Além de cantor, compositor e músico, ele também foi um agitador cultural, escritor, cantador e poeta. Sua produção artística foi intensa e significativa – disse Fernanda.
O rio e o sertão na trajetória de Moraes também compõem a mostra, que tem um tom tecnológico, mas respeitando a estética cercada de brasilidade do artista. Um jardim de alto-falantes anuncia a passagem do trio – Moraes Moreira foi o primeiro cantor de trio elétrico do Brasil. Foi no carnaval da Bahia que ele se consagrou na carreira solo.
“Eu sou o amor da cabeça aos pés”/ “Eu também quero beijar” e muitos outros versos de Moraes Moreira ilustram a coleção, que desembarca numa sala toda criada em homenagem aos Novos Baianos, onde o público, descalço, pode pisar sobre a terra batida diante da projeção do artista e seus companheiros musicais jogando bola num campinho de várzea. No café do segundo andar, uma série de puffs são um convite para sentar e relaxar lendo alguns dos poemas e as letras de música deixadas pelo autor. O violão utilizado por Moraes Moreira durante 45 anos também integra a mostra, exposto num conjunto de pedestais com microfones.
O nome da mostra, além de ser uma citação a um dos discos icônicos de Moraes Moreira, também é uma analogia à sua origem, personalidade firme e a perpetuação de sua produção artística. O setor educativo do Museu vai pegar carona na exposição e promover oficinas de cordel, encontros em torno do Rio São Francisco e pelos estados que ele corta, além de visitas mediadas.
Museu Histórico da Cidade: Estrada Santa Marina s/n, Gávea. Abertura: domingo, dia 10/12, a partir do meio-dia. Visitação: ter a dom, das 9h às 16h. Até 12/02. Grátis. Livre.
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