Rio+Seguro completa dois anos de combate à criminalidade em Copacabana, com plano de expansão à Zona Oeste

Publicado em 20/12/2019 - 13:09 | Atualizado em 21/12/2019 - 10:47
Morador de Copabana, Horácio, homenageado pelo Rio+Seguro, faz pose ao lado do GM Gomes e da PM Lilian. Foto: Edvaldo Reis / Prefeitura do RioMorador de Copabana, Horácio, homenageado pelo Rio+Seguro, faz pose ao lado do GM Gomes e da PM Lilian. Foto: Edvaldo Reis / Prefeitura do Rio

O Rio+Seguro completa dois anos de ótimos resultados no combate à criminalidade e no aumento da sensação de segurança em Copacabana e Leme. Em execução também no Fundão (chegou em julho deste ano à Cidade Universitária da UFRJ), na Ilha do Governador, o programa será estendido a outros bairros, a partir de janeiro: Jacarepaguá (Freguesia, Anil, Taquara, Pechincha, Tanque e Praça Seca) e centro de Campo Grande.

Do início, em dezembro de 2017, até novembro deste ano, foram registradas em Copacabana e Leme 987 prisões e 526 apreensões de crianças e adolescentes em flagrante na região. Outra dado importante: o número de foragidos da Justiça capturados chegou a 200.

Conduzido pela Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop), o programa apresenta um conceito amplo de segurança. Guardas municipais e policiais militares – contratados na folga pela Prefeitura do Rio – atuam no patrulhamento diário e também em ações conjuntas de ordenamento urbano, envolvendo diversos órgãos municipais. Ao logo dos dois anos, foram 9.482 ocorrências da Guarda Municipal e ações conjuntas com foco no ordenamento urbano. As apreensões somam 11.998 produtos piratas, 383 facas e 38 aparelhos de clonagem de cartão. Foram doadas a instituições de caridade mais de nove toneladas de frutas apreendidas do comércio irregular. E realizados 11.812 atendimentos à população em situação de rua.

– O prefeito Marcelo Crivella, preocupado com a questão do ordenamento urbano e com a segurança, determinou à Seop que faça a expansão do Rio+Seguro. A partir da segunda quinzena de janeiro, começamos na Freguesia. Depois, seguiremos expandindo em módulos até chegarmos ao centro de Campo Grande, na segunda quinzena de abril. O diferencial do programa é promover uma grande sinergia com outros órgãos. Isso possibilita à Prefeitura contribuir com a sensação de segurança, bem como levar todas as ações de ordenamento urbano e conservação para estas regiões – diz o secretário municipal de Ordem Pública, Gutemberg Fonseca.

Reconhecimento aos parceiros

Na comemoração dos dois anos, em solenidade na Praça Serzedelo Correia, em Copacabana, foram distribuídos certificados de reconhecimento de colaboração a parceiro do programa, incluindo autoridades e moradores. Horácio Magalhães, 53 anos, todos eles vividos no bairro, recebeu um desses certificados. Como morador, é um entusiasta da iniciativa.

– O Rio + Seguro veio ao encontro do anseio da sociedade. Quando surgiu, passávamos um período muito complicado no bairro, com índices de criminalidade altos. A Secretaria de Ordem Pública e o prefeito se mostraram sensíveis e atentos às queixas da população. Dois anos depois, melhorou muito. Outro dia, um dono de lanchonete aqui do bairro me falou que faz tempo que não ouve gritos de “pega, pega!” Isso vale mais que estatística. Esse depoimento é a percepção da sensação de segurança pelo cidadão, que agora se sente mais seguro – conta Horácio.

O vereador Marcelo Arar, autor da ideia da criação do programa na Câmara Municipal, celebrou também os dois anos de realizações do Rio+Seguro.

– Tive a honra de apresentar o projeto Rio+Seguro há dois anos na Câmara de Vereadores, uma parceria da Guarda Municipal com a Polícia Militar. Nesse período, foram aproximadamente mil prisões, com 200 foragidos da Justiça e 500 apreensões de armas brancas e letais. Quem sai ganhando com isso é o povo carioca – resume Arar.

A expansão para a Zona Oeste

O programa deve empregar efetivo de 840 agentes, divididos em turnos, em Jacarepaguá e Campo Grande. A estimativa de investimento é de R$ 3,8 milhões, custeados por associações comerciais locais e pelo Fundo Especial de Ordem Pública (Feop).

Diferentemente do modelo atual – com adesão de policiais militares na ativa, contratados no período de folga por meio do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis) –, o Rio+Seguro Jacarepaguá e o Rio+Seguro Campo Grande contarão também com bombeiros e policiais militares e civis aposentados e da reserva.

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