Prefeitura entrega mais 206 RGIs e número de famílias beneficiadas com o documento chega a 14 mil

Publicado em 10/01/2020 - 11:29 | Atualizado em 10/01/2020 - 12:18
Zilda de Jesus, de 70 anos, se emocionou: "Morava numa região (Pavuna), onde eu e meus vizinhos saíamos de casa com água no pescoço nas enchentes". Foto: Marcos de Paula/ Prefeitura do Rio

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, começou a entregar nesta sexta-feira, 10 de janeiro, o Registro Geral de Imóveis (RGI) a 269 famílias do Condomínio Treviso, em Campo Grande,  Zona Oeste.  Desse total, 206 receberam o registro nesta sexta. As outras 63 serão contempladas à medida que providenciarem as documentações pendentes. O empreendimento, vinculado ao programa Minha Casa Minha Vida, foi inaugurado em 2010. Os moradores são oriundos de uma área de risco de enchentes do Parque Colúmbia, na Pavuna, na Zona Norte.

Desde o início da atual gestão, 14.039 famílias, incluindo as que estão recebendo o RGI nesta data, foram contempladas com o documento de propriedade de seus imóveis, o que significa um benefício para 55.173 pessoas.  Só em 2019, a Prefeitura entregou 7.189  RGIs e a previsão é que o programa alcance 25 mil famílias (cerca de 100 mil pessoas), que irão receber o  documento.

– Essa escritura  garante que, se amanhã a senhora ou o senhor falecer, o seu herdeiro poderá ficar como dono do imóvel. Se você for vender o imóvel e tiver só a chave para entregar, ele vale R$ 20 mil, por exemplo, mas se tiver todo o documento ele vale R$ 50 mil. Se você for num banco e precisar de um empréstimo, o imóvel pode servir de garantia. Nesse momento as portas se abrem e os juros caem – afirmou Crivella.

 

Ao todo, 369 famílias vão receber o RGI no Condomínio Treviso, erguido em 2010. Foto: Marcos de Paula/ Prefeitura do Rio

 

 

Zilda de Jesus, 70 anos, se emocionou ao falar da conquista “mais importante” de sua vida.

– Morava numa região (Pavuna), onde eu e meus vizinhos saíamos de casa com água no pescoço com as  constantes enchentes. Foram décadas e décadas de sofrimento e luta. Hoje vivemos num verdadeiro paraíso, um alívio – exaltou Zilda.

Maria da Penha de Brito de , 57 anos, disse que o RGI chegou em boa hora.

– Estou num tratamento delicado de câncer de mama. Andava agoniada porque ainda não tinha a posse definitiva do meu teto. Tinha pesadelos com a possibilidade de, doente, ter que sair de repente do imóvel. Agora esse temor acabou – justificou Maria, que mora com aposentado Otoniel da Silva, 70, e o filho, Caio, 17.

 

Maria da Penha de Brito, de 57 anos, disse que o RGI chegou em boa hora. Foto: Marcos de Paula/ Prefeitura do Rio

 

Já o casal Josué Azarias, 64 e a esposa, Sulamita Azarias, 62, enalteceu o “ótimo início de ano”.

– Desde que Sulamita sofreu um AVC , em 2018, nossas preocupações triplicaram, pois ela perdeu parte do movimento das pernas. É a primeira notícia boa que temos desde então – comemorou Josué, que é pintor de paredes.

O RGI garante a propriedade dos apartamentos e significa a realização do sonho da casa própria. O Condomínio Treviso tem 269 unidades, distribuídas em 51 blocos. As famílias beneficiadas foram reassentadas no empreendimento devido a intervenções em áreas do Parque Colúmbia e Vila das Torres, onde viviam.

Saiba mais sobre o programa Minha Casa Minha Vida

Na atual gestão, já foram entregues cerca de nove mil moradias construídas pelo Minha Casa Minha Vida, ajudando a realizar o sonho de 35 mil pessoas que vivem na cidade do Rio. Há duas formas de participação no programa: por reassentamento ou por sorteio, quando o candidato se inscreve para ser contemplado com o imóvel. O valor da prestação varia de R$ 80 a R$ 270 mensais. Os interessados devem ter mais de 18 anos e se inscrever na Rua da Constituição 34, Centro. Para a adesão é preciso apresentar a documentação original do titular do cadastro e do cônjuge, se houver. Os documentos são: carteira de identidade, certidão do registro civil, CPF, comprovante de residência, contracheque ou comprovante de benefícios que prove renda e certidão de nascimento de filhos menores de 18 anos. Podem participar do programa pessoas que não têm casa própria ou financiamento habitacional em qualquer localidade do Brasil e que nunca foram beneficiadas por programas de habitação social do governo.

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