Papai Noel da Prefeitura do Rio inicia ‘Maratona de Natal’ em hospitais

Publicado em 01/12/2025 - 16:21 | Atualizado em 01/12/2025 - 16:25
Servidor da Secretaria de Saúde dá vida ao Bom Velhinho, voluntariamente, há 26 anos. Foto: Edu Kapps / SMS

Dezembro chegou nesta segunda-feira, dando partida à maratona do Bom Velhinho pelos hospitais do município do Rio. Há um ano sob gestão da Prefeitura do Rio, o Hospital do Andaraí estreou o cortejo deste ano e, até as vésperas do Natal, Papai Noel baterá ponto em todos os hospitais da rede, levando alegria e alento para os pacientes internados, que por alguns momentos poderão esquecer as tensões da doença para viver a magia da data.

– O Hospital do Andaraí mostra com essa visita que a Prefeitura e a unidade estão em sintonia com esse espírito natalino. Para relembrar que o Natal está chegando e a gente precisa cada vez mais de amor, solidariedade e, efetivamente, participar de forma mais solidária na sociedade -, explica o diretor-geral do hospital, Ivison Valverde, acrescentando que a alegria levada por ações como essa contribuem para o bem-estar dos pacientes e para sua recuperação.

Na maioria das unidades de saúde, o querido personagem será encarnado pelo servidor público Aristóteles de Queiroz, de 62 anos, numa missão que já dura 26 anos. Desde que se tornou o Papai Noel oficial da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), todo fim de ano Ari – como é carinhosamente chamado pelos amigos – tem um compromisso fixo no calendário: distribuir presentes e abraços para crianças, adultos e idosos em hospitais e também em asilos da Capital fluminense, em comemoração à chegada do Natal.

Voluntariamente, nos meses de dezembro, o coordenador de infraestrutura e logística da Subsecretaria de Gestão se veste com o tradicional traje vermelho e branco para cumprir uma agenda de solidariedade e afeto. Neste ano, os pacientes do Hospital do Andaraí receberam pela primeira vez o Bom Velhinho interpretado por Ari.

 – Deu um frio na barriga estar em um hospital como o do Andaraí pela primeira vez. Estava ansioso, mas foi muito bom. Saí renovado com a troca que tive com as crianças, os idosos e os profissionais de saúde, foi um dia maravilhoso. Ver os olhinhos de todos eles brilhando e saber que os pequenos têm uma melhora com a presença do Papai Noel, mesmo estando em um ambiente tão pesado, é um combustível que me fortalece -, ressaltou o servidor público, acrescentando:  – Em todas essas atividades sociais e de solidariedade, recebo muito mais do que sou capaz de oferecer. Posso ficar vestido de Papai Noel em uma unidade  por mais de três horas, e mesmo assim não me canso. No momento, sou tomado por uma energia enorme.

Momentos de emoção

Para Márcia Vieira, 37 anos, que está internada no Hospital do Andaraí, a saudade das filhas está bem apertada. Momentos antes da entrada do Papai Noel na enfermaria, ela estava fragilizada emocionalmente, amparada por uma profissional da unidade. Com a chegada do bom velhinho, tudo ficou mais leve.

– Ele trouxe a alegria e a esperança de que vou ter alta em breve e poder matar a saudade das minhas filhas -, disse a paciente, emocionada.

Já Valéria Spazzyum chegou ao hospital para internar a pequena Helena, de apenas 6 meses, justamente no dia da visita do bom velhinho, e a apreensão pelos próximos dias já começa a aumentar. A presença do personagem, porém, trouxe mais leveza ao ambiente. Helena já chegou no hospital recebendo a visita e presente do Papai Noel.

– Muito emocionante sentir o clima de Natal e a calma que esse personagem traz nesse momento difícil -, disse a mamãe, com as esperanças renovadas.

Nas próximas semanas, o Papai Noel também fará visitas em outras unidades de saúde do município. Dentre elas, os hospitais Ronaldo Gazolla, Salgado Filho e Souza Aguiar.

Voluntariado por um mundo melhor

O Papai Noel da SMS garante que o trabalho voluntário desempenhado nos últimos anos tem transformado seu astral e, simultaneamente, preenchido seu coração com a certeza de que fazer o bem é uma estrada de mão dupla e pavimentada pelo amor ao próximo.

– Uma vez, numa casa de festas no Engenho de Dentro que reuniu pessoas atendidas em abrigos da Prefeitura, fui abraçado por uma criança autista que, segundo profissionais que a acompanhavam, nunca havia sido vista abraçando alguém -, lembra o Bom Velhinho.

Sob a identidade secreta de servidor público, Ari conta que, já na adolescência, se questionava sobre a injustiça social e buscava entender o porquê de o ser humano conviver com dor, fome e guerras. Na juventude, ele tinha planos de fundar uma ONG destinada a ajudar o próximo. Apesar de não conseguir realizar esse plano, o impulso de doar parte do tempo livre a ações sociais seguiu vivo. Foi, então, que ele começou a atuar como voluntário em casas de apoio a crianças com câncer e no Instituto Nacional de Câncer (Inca) e, posteriormente, já como servidor público municipal, estendeu sua missão para a rede de hospitais da Prefeitura.

  • 1 de dezembro de 2025
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