Coronavírus: Prefeitura esclarece que não há leitos livres

Publicado em 03/05/2020 - 21:41 | Atualizado
Prefeitura informa que não há leitos livres - Divulgação/Prefeitura do Rio

A Prefeitura informou que é muito importante deixar claro que não há leitos livres na rede municipal de saúde. Esses leitos que aparecem como “livres” estão em unidades especializadas como maternidades, psiquiátricas e pediátricas. Eles não podem ser usados para covid-19, uma vez que há atendimento a cidadãos com outras necessidades que demandam as unidades.

Outro motivo de esses leitos, em alguns casos, não serem liberados é o fato de, infelizmente, haver redução de profissionais de saúde devido aos afastamentos terem contraído covid-19 ou por integraram o grupo de risco.

Todos devem usar máscaras

O prefeito Marcelo Crivella pediu neste domingo (03/05) que parlamentares que quiserem visitar unidades de saúde da Prefeitura podem e devem, mas que o façam com os equipamentos de proteção individual (EPI`s) necessários.

“Eu quero pedir aos parlamentares que, quando visitarem os hospitais, por favor, usem os equipamentos, usem a máscara. Nós estamos pedindo às pessoas que usem máscara. De repente vão parlamentares ao hospital sem máscara e sem os equipamentos necessários. Se derem uma ligadinha para nossa secretária, a gente fornece (EPIs), sobretudo no (Hospital Ronaldo) Gazolla, que é dedicado ao coronavírus e acabou de ser todo reformado”, afirmou o prefeito em coletiva nesta tarde.

Contratação de profissionais da saúde

Mais de cinco mil vagas para profissionais de saúde foram abertas pela Prefeitura, com salários que variam de R$ 12 mil a R$ 21 mil, dependendo da carga horária, e também recebem hospedagem e transporte aeroviário gratuitos. Também estão sendo convocados médicos de outras cidades e estados menos impactados pelo vírus. Já há 1.240 contratados.

Somente neste ano, mais de 500 profissionais de saúde aprovados em concurso público foram convocados e já começaram a trabalhar. A Prefeitura vem em uma incessante tentativa por contratações de profissionais da saúde.

Equipamentos vindos da China

Paralelamente, a Prefeitura comprou mais de 400 toneladas de equipamentos. Um investimento de R$ 1,6 bilhão da atual gestão na renovação do parque tecnológico das unidades de saúde da rede municipal. Ao todo, foram comprados mais de 18 mil itens, entre eles 27 tomógrafos, 706 respiradores, 110 aparelhos de raio-x, 20 autoclaves (aparelhos de esterilização), milhões de máscaras e monitores.

Hospital de campanha

A Prefeitura do Rio inaugurou o hospital de campanha, no Riocentro, na sexta-feira (01/05). A unidade vai ajudar a aliviar a sobrecarga nos hospitais. São, inicialmente, 100 leitos, sendo 20 de UTI e 80 de clínica médica. Mas a unidade de campanha dispõe de 500 leitos ao todo, sendo 100 para UTI e 400 de enfermaria. Com a chegada dos equipamentos da China, nesta semana, e mais médicos contratados, a unidade chegará à sua capacidade máxima de atendimento. Com isso, toda a rede municipal terá um total de mais de mil leitos de UTI.

Equipamentos prometidos por Estado e União

Outro ponto preocupante, segundo a secretária municipal de Saúde, Beatriz Busch, e desconhecido por muitos, é o fato de que a Secretaria Estadual de Saúde não deve entregar os equipamentos prometidos ao município, como kits de UTI, e que também está com dificuldade de abrir os leitos previstos na rede estadual. Além disso, o governo federal informou que não tem prazo para entregar os respiradores mecânicos.

O prefeito lembrou ainda que há uma sentença judicial em que o município deveria receber do governo estadual cerca de R$ 150 milhões, mas o repasse foi só de R$ 90 milhões. Crivella ressaltou que esses recursos ajudariam não só no combate à Covid-19, como também na manutenção de três hospitais que eram do Estado e foram municipalizados: Pedro II (Santa Cruz), Albert Schweitzer (Realengo) e Rocha Faria (Campo Grande).

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