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No Rio, mulheres são 87% dos chefes de família do maior programa nacional de transferência de renda
Publicado em 17/03/2021 - 15:22 | Atualizado- Início/
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O Rio de Janeiro é a cidade brasileira com maior percentual de mulheres chefes de família: elas respondem por 81% do total de responsáveis inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal e por 87% dos que recebem o Bolsa Família. Com o objetivo de qualificar esse público para o mercado de trabalho, a Secretaria Municipal de Assistência Social inicia em março, mês da mulher, o projeto Potência Feminina, uma parceria com as organizações Rede Mulher Empreendedora, Anjos da Tia Stelinha e o Google.
O projeto vai capacitar para o empreendedorismo e a empregabilidade cinco mil mulheres em situação de vulnerabilidade social. – Além de enfrentar a crise econômica causada pela covid-19, o Potência Feminina vai ao encontro da principal ferramenta com a qual trabalhamos para oferecer novas perspectivas à população vulnerável: formação educacional e qualificação para o trabalho e a obtenção de renda – explica a secretária Laura Carneiro.
A primeira turma teve início em 8 de março e contou com 200 inscrições. A cada trimestre, 60 mulheres que fizerem a capacitação serão escolhidas para participar de uma atividade de aceleração de negócios – que é o apoio para a ideia alçar voo – potencializando a implantação ou ampliação de pequenas iniciativas de geração de renda. As seis mulheres que mais se destacarem nas acelerações receberão até R$ 10 mil para o desenvolvimento do seu negócio.
Meta ultrapassada
O Rio também atingiu e ultrapassou este mês, pela primeira vez na história, a meta de população assistida pelo Bolsa Família. Foram inseridas no programa 30 mil novas famílias, totalizando 298.423 beneficiados – 5.104 a mais do que a meta (293.319) estipulada pelo governo federal, com base no Censo de 2010. Das novas famílias atendidas, 74% são chefiadas por mulheres.
Os percentuais cariocas do Bolsa Família são os maiores do país e estão próximos aos do Brasil – com 88% de mulheres à frente do programa e 81% do CadÚnico. Em segundo nesse ranking está São Paulo, que tem 84% de mulheres chefes de família no Bolsa Família e 79% no CadÚnico. Os dados, de dezembro de 2020, são os mais recentes da plataforma Cecad, por onde o governo federal sistematiza os dados da Assistência Social. Além de corresponder aos critérios dos programas de transferência de renda que, no caso do Bolsa Família, dá preferência a mulheres como responsáveis, esses percentuais também refletem a baixa escolaridade desse público, que vive de serviços que não exigem qualificação profissional.
No Rio, quase metade das 238.169 mulheres que recebem bolsa família têm somente até o ensino fundamental, sendo que a grande maioria – 93.199 – tem o fundamental incompleto. São 10.257 sem instrução nenhuma e apenas 30.879 com fundamental completo. Chegaram ao ensino médio 100.040, completaram-no 63.286 e apenas 3.744 chegaram ao ensino superior. Vinte não souberam responder.
Esse panorama é bem parecido no CadÚnico, onde, das 437.607 mulheres chefes de família, 27.689 não têm nenhuma instrução,170.740 não completaram o fundamental e apenas 50.990 chegaram lá. Apenas 118.306 completaram o ensino médio, 53.509 ficaram no caminho e 16.325 chegaram ao ensino superior, enquanto 48 não souberam responder.
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