Mais 152 ambulantes ganham crachás com QR Code e passam a trabalhar legalizados no Rio

Publicado em 28/11/2019 - 15:17 | Atualizado em 28/11/2019 - 16:23
Jailson José da Silva Souza, de 40 anos,disse que o crachá vai facilitar sua vida. "Fim de burocracias"/ Foto: Francisco Edson AlvesJailson José da Silva Souza, de 40 anos,disse que o crachá vai facilitar sua vida. "Fim de burocracias"/ Foto: Francisco Edson Alves

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, entregou nesta quinta-feira, dia 28 de novembro, mais 152 crachás de identificação do Programa Ambulante Legal. O evento, no Palácio da Cidade, reuniu titulares de licenças para comércio ambulante que atuam em 23 bairros. Desde o início do projeto, já foram distribuídos 5.414 crachás com QR code, código de barras bidimensional de resposta rápida que permite não só à fiscalização, mas também à população acessar informações como nome, número de inscrição e as mercadorias que o ambulante está autorizado a comercializar. Além disso, por meio da tecnologia, também é possível verificar o local em que aquele vendedor pode atuar na cidade, respeitando o ordenamento urbano.

 – É muito importante o ambulante ser microempreendedor. O crachá separa o joio do trigo. O legal e o que não está legalizado. Aqueles que não tiverem o crachá e estiverem ocupando as calçadas, não vão poder ficar. Por isso vocês têm que ter fé no crachá – afirmou Crivella.

Emocionado, Jailson José da Silva Souza, de 40 anos, disse que o crachá vai facilitar sua vida. Ele dá continuidade ao trabalho do pai, Odenir, de 80 anos, alugando barracas, cadeiras, e vendendo bebidas numa barraca do Posto 11, no Leblon.

– Agora, quando chegar um fiscal, o QR Code terá toda nossa vida resumida neste crachá. Sem burocracias. O meu pai, acamado, está muito feliz. Esperamos décadas por essa legalização, que vai nos trazer, sobretudo, paz para trabalhar – justificou Jailson.

Orgulhosa, Teresa do Nascimento, 44 anos, contou que  vende acarajé na Praia Vermelha há 13 anos, mas sempre trabalhava tensa.

– Esse crachá representa o fim da correria e das multas de fiscais, que colecionava. Estou muito feliz – exaltou Teresa.

Teresa do Nascimento vende acarajé na Praia Vermelha. Foto: Francisco Edson Alves/ Prefeitura do Rio

Os documentos foram entregues pessoalmente por Crivella, que lançou o programa em agosto de 2018.  O Ambulante Legal tem o objetivo de organizar e facilitar a identificação dos ambulantes autorizados a trabalhar na cidade, propondo, inclusive, a implantação de políticas públicas de qualificação profissional aos trabalhadores. O programa também observa o comércio da região, de forma que a organização dos ambulantes não cause qualquer prejuízo ou conflito com o comércio estabelecido no local.

Ambulante empreendedor

A Prefeitura estabeleceu parceria com o Sebrae para tornar os ambulantes empreendedores. O Sebrae dá orientações sobre como se tornar microempreendedor individual (MEI). E oferece cursos gratuitos e exclusivos para trabalhadores do Ambulante Legal. São o “Sei Vender” e o “Sei Controlar o Meu Dinheiro”, com dicas para aumentar as vendas e administrar melhor as finanças.

Procon Carioca

O órgão municipal oferece aos ambulantes orientação e consultoria gratuitas para negociação de dívidas e cobranças indevidas e também sobre como limpar nome sujo. Os documentos necessários são carteira de identidade, CPF, comprovante de residência e nota fiscal.

Caixa

A Caixa Econômica Federal esclarece dúvidas sobre como abrir conta corrente, adquirir a maquininha para cartão e ser inserido no sistema financeiro.

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