Assistidos pela SMASDH se emocionam em espetáculo que retrata suas vidas

Publicado em 14/01/2020 - 15:09 | Atualizado

O secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, João Mendes de Jesus, afirma que peça Nefelibato retrata as condições de vida das pessoas em situação de rua e evidencia que esse grupo social merece atenção para ser reintegrado à sociedade.

A Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SMASDH), por meio do Projeto Circulando, levou os residentes dos abrigos para assistir a peça teatral Nefelibato, no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto, no Humaitá, na Zona Sul. O espetáculo, que é baseado numa história real, retrata o cenário socioeconômico do País na década de 90, mas representa muito o Brasil de hoje, além de ter como personagem principal Anderson, que foi parar nas ruas após sofrer forte impacto da crise econômica.

O espetáculo mostra os efeitos devastadores do Plano Collor. O País voltava a ter um governo eleito democraticamente e a inflação galopante exigia medidas drásticas. A saída da nova equipe econômica foi confiscar a caderneta de poupança da população, o que levou milhares de brasileiros ao desespero e à bancarrota, fato este que causou graves consequências à população. Este é o caso de Anderson, que ainda amarga outras perdas em sua vida.

“A Assistência Social vem cumprindo seu papel dando oportunidade às pessoas, que precisam de acolhimento e assistência para superar as barreiras da vida. Parabenizo a equipe que se dedica todos os dias a esse trabalho, que resgata a autoestima, bem como permite a inclusão social e o acesso à cidadania das pessoas que estão em situação de vulnerabilidade” – afirma o secretário João Mendes de Jesus.

Ânimo e coragem – Nunca se sabe a causa exata que leva uma pessoa a morar na rua, conforme os residentes nos abrigos da SMASDH, que já passaram por esse processo e ainda buscam voltar a recuperar suas vidas de forma independente. A peça age como uma dose de ânimo, que os encorajam a continuar em busca de seus sonhos apesar dos obstáculos no decorrer da vida. Após a apresentação, aconteceu uma roda de conversa com a participação do diretor Amir Haddad.

“Eu não sei exatamente o motivo que me levou a morar na rua, são tantas pressões sociais e responsabilidades, que por um momento eu perdi o controle e quando vi já estava na rua. Estou muito feliz em estar aqui, me emocionei e me identifiquei em algumas cenas. Queria agradecer ao hotel solidário que me acolheu, e pela oportunidade de estar aqui hoje.” –  afirma Ricardo Santos.

Estiveram presentes acolhidos de quatro abrigos da SMASDH. Ao todo cerca de 50 pessoas puderam participar e se emocionar durante o espetáculo.

  • 14 de janeiro de 2020
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