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Prefeitura cria Bosque da Memória em homenagem a vítimas da Covid-19 no Recreio
Publicado em 21/11/2021 - 13:29 | Atualizado em 21/11/2021 - 14:43- Início/
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- Prefeitura cria Bosque da Memória em homenagem a vítimas da Covid-19 no Recreio

A cidade do Rio de Janeiro ganhou uma nova área verde. Neste domingo (21/11), o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere, anunciou a criação do Bosque da Memória, que homenageia as vítimas da Covid-19. O corredor verde fica na Alameda Sandra Alvim, no Recreio dos Bandeirantes, numa área de 2,70 hectares, com extensão de 1,38 km. O decreto que protege a área, vedando novas construções, vai ser publicado na edição desta segunda-feira (22/11) do Diário Oficial do Município.
A gestão do bosque, maior corredor de vegetação de restinga da cidade, será da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC), por meio da Fundação Parques e Jardins. O espaço faz conexão com o Parque Municipal Chico Mendes. As árvores são identificadas com os nomes das vítimas, fazendo com que o bosque seja um espaço de memória e, ao mesmo tempo, de preservação ambiental, com as mudas escolhidas pelas famílias sob orientação da Secretaria de Meio Ambiente, respeitando o bioma local e a vegetação nativa.
– Hoje é um dia muito importante e solene, com a formalização de um espaço que é uma luta antiga aqui dos moradores do Recreio dos Bandeirantes, que é esse corredor verde da Alameda Sandra Alvim. É uma área tão gostosa de frequentar, vir com a família, trazer os cachorros. Além disso, nos últimos meses conseguimos, juntos com a sociedade civil, consolidar aqui o Bosque da Memória. O Rio foi a primeira cidade do Brasil a aderir a essa iniciativa da ONU, que incentivou as cidades para que plantassem árvores em homenagem às vítimas da Covid – disse o secretário Eduardo Cavaliere, ao lado do subprefeito da Barra da Tijuca, Raphael Lima, e do presidente da Fundação Parques e Jardins, Fabiano Carnevale.

O projeto de plantio de árvores no espaço começou em junho deste ano, quando o local ganhou 180 mudas de árvores com o porte mais avançado, de aproximadamente três anos cada. As mudas plantadas pelos amigos e familiares das vítimas de Covid-19 são de diferentes espécies de restinga, como ipê amarelo, paineiras rosa e branca, aroeiras, pitangas, acerolas, grumixamas, cajueiros, graviolas e pau-brasil.
O projeto é uma iniciativa apoiada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) em alinhamento com as ações da Década da ONU da Restauração de Ecossistemas 2021-2030. O Bosque da Memória Alameda Sandra Alvim faz menção à professora de História da Arte e pesquisadora da História da Arquitetura Religiosa Colonial no Rio de Janeiro, Sandra Poleshuck Faria Alvim.
Familiares e amigos das vítimas da Covid-19, que participaram dos plantios do projeto Bosque da Memória, prepararam uma programação especial para a data, com atividades variadas em meio à natureza. Durante o evento, os visitantes tiveram aulas de yoga adulto e infantil; aula funcional de alongamento; sessões de reiki e de auriculoterapia; oficina de origami; apresentações musicais e piqueniques ao ar livre. Os próprios familiares das vítimas serão os instrutores das atividades.
Maria Nice Pinheiro, de 75 anos, levou a família para fazer um piquenique no bosque, ao lado da muda de ipê amarelo que ela plantou em homenagem ao marido. O engenheiro Justino Borges Pinheiro, de 79 anos, faleceu em abril de 2020, logo no início da pandemia de Covid-19.
– Aqui eu me sinto cuidando dele, é a homenagem que a gente não pôde prestar, a despedida que eu não tive, porque não teve velório. Ele saiu andando para o hospital e eu nunca mais o vi. Quando lembro dele, só lembro de coisas boas. Esse é o legado que ele me deixou – contou Dona Nice, bastante emocionada, apontando para as filhas e netos.

Adote.Rio
Adotada desde 2019, a Alameda Sandra Alvim é a maior área verde a fazer parte do programa Adote.Rio, da Fundação Parques e Jardins. Ao longo dos últimos dois anos, a adotante do espaço, a arquiteta Isabelle de Loys, desenvolveu um importante projeto de recuperação da vegetação nativa de restinga e da fauna da região.
– Esse lindo corredor verde é praticamente o meu quintal. Eu criei um laço afetivo, não só com os moradores do entorno, mas também com as famílias que plantaram as mudas aqui. São novos amigos e novos adotantes, porque eles retornam para cuidar da planta e fazer piquenique. Isso é fantástico porque o processo se torna sustentável – explicou Isabelle.

Com a colaboração de moradores e frequentadores da Alameda, a adotante promove eventos que dialogam com a natureza e que estejam de acordo com o propósito do projeto de adoção, de recuperar e valorizar esse importante espaço da cidade, muito frequentado por moradores e visitantes da Zona Oeste.
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