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Rio registra menor contaminação por HIV/aids em 11 anos
Publicado em 01/12/2025 - 13:18 | Atualizado em 01/12/2025 - 13:23
Saúde lança boletim inédito para o Dezembro Vermelho, que terá ações especiais nas unidades - Edu Kapps/SMS A cidade do Rio tem o menor índice de contaminação por HIV/aids em 11 anos, mostra boletim epidemiológico inédito da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O estudo aponta uma taxa de detecção de 29,6 casos por 100 mil habitantes em maiores de 13 anos no município, o melhor resultado de toda a série histórica, iniciada em 2014. A nova edição do boletim epidemiológico de HIV/aids foi divulgada nesta segunda-feira para marcar o Dia Mundial da Luta contra a Aids, celebrado em 1º de dezembro. A data inaugura a campanha Dezembro Vermelho, na qual as unidades da rede municipal de saúde realizam uma série de ações especiais para conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do tratamento do HIV/aids e de outras infecções sexualmente transmissíveis (IST).
Desenvolvido pela Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde (SUBPAV), o boletim aponta que a taxa de detecção da doença teve uma redução significativa em comparação com o ano passado, quando o índice foi de 41,4 casos por 100 mil habitantes. A queda é consequência dos investimentos na expansão do acesso à prevenção do HIV/aids, serviços disponibilizados nas clínicas da família e nos centros municipais de saúde. Entre outras estratégias, a SMS ampliou a oferta da profilaxia de pré-exposição (PrEP), que vem registrando recordes sucessivos de adesão: desde 2021, o número de usuários saltou de 1.305 para 22.025.
– Este é um resultado histórico, que reflete o papel central da Atenção Primária e o esforço de toda a rede em ampliar o acesso à prevenção e ao cuidado. Mesmo assim, não podemos baixar a guarda: é fundamental manter todos os cuidados contra o HIV, como a prevenção combinada, a testagem e, se necessário, o tratamento adequado. O Dezembro Vermelho é uma oportunidade para combater o estigma e o preconceito em torno das infecções sexualmente transmissíveis e reforçar que nossas unidades estão de portas abertas para todos que precisarem de orientações e acompanhamento – disse o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
Outros indicadores do boletim também apontam para o melhor cenário da década. O município registrou o menor percentual de positividade de testes dos últimos 10 anos, com apenas 0,9% de resultados positivos. A mortalidade também caiu drasticamente: foram 357 óbitos em 2025, o menor número de toda a série histórica — em 2014, o registro era de 917 óbitos. Além disso, houve uma grande redução de crianças nascendo com HIV (transmissão vertical): de 23 casos em 2014 para apenas dois neste ano.
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É importante destacar que o tratamento adequado das pessoas que vivem com o vírus HIV permite alcançar a carga viral indetectável, tornando-as intransmissíveis. Atualmente, as unidades de Atenção Primária realizam o acompanhamento de 45.098 pessoas diagnosticadas com HIV. De todas as pessoas que realizaram teste de carga viral, 93% apresentaram resultado indetectável, o maior número de toda a série histórica. A íntegra do boletim está disponível no site da Secretaria Municipal de Saúde.
– Os indicadores apresentados no boletim consolidam uma inflexão importante na trajetória do HIV/aids no município. A queda simultânea na detecção, na mortalidade e na transmissão vertical sinaliza que a integração entre vigilância epidemiológica, Atenção Primária e políticas de prevenção está produzindo resultados sólidos e sustentáveis. Ainda assim, seguimos com o compromisso de ampliar o acesso precoce ao diagnóstico e de fortalecer estratégias combinadas de prevenção, medidas fundamentais para manter esse avanço – pontuou o subsecretário de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde, Renato Cony.
Dia D e ações especiais durante todo o mês
As unidades da rede municipal de saúde receberão uma série de ações especiais para o Dezembro Vermelho. Este ano, o Dia D da campanha será no sábado (13/12), quando todas as unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde) estarão abertas das 8h às 17h. O objetivo é facilitar o acesso à prevenção e ao tratamento, oferecendo testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites B e C, além de vacinação contra hepatite B, A e HPV e distribuição de preservativos e outros insumos de prevenção para quem não consegue comparecer às unidades durante a semana. Haverá ainda atividades extramuros em espaços de grande circulação, como praças e parques, para levar informação sobre diagnóstico oportuno e combate ao preconceito, buscando aproximar o cuidado da população e dar visibilidade à luta contra o HIV/aids.
Durante todo o mês, as unidades promoverão atividades educativas para reforçar a importância da proteção sexual, com foco na prevenção combinada, que une diferentes métodos de prevenção. Uma novidade é o estímulo ao autoteste de HIV, que permite ao usuário realizar o exame com maior autonomia e privacidade, podendo inclusive levá-lo para parceiros que não acessam a unidade de saúde.
Além da PrEP, outros métodos de prevenção são distribuídos gratuitamente pelas clínicas da família, centros municipais de saúde e unidades de Atenção Primária, como preservativos internos e externos e gel lubrificante. A rede municipal de saúde oferece ainda a profilaxia pós-exposição (PEP), terapia com antirretrovirais utilizada por 28 dias após uma possível exposição ao vírus, como em relações sexuais desprotegidas, violência sexual ou acidentes com material biológico. Nesses casos, é fundamental buscar atendimento imediato em hospitais, UPAs ou clínicas da família para avaliação e início do tratamento dentro do prazo recomendado.
– Fico muito feliz, como atuante na causa há 30 anos, que a decisão do secretário Soranz de criar uma coordenação para prevenção de saúde tenha ajudado a trazer esses resultados, seja na queda brutal de infecção ou no aumento da PrEP. Prevenção se dá com informação. Vá em qualquer clínica da família e faça a PrEP, não precisa ser a sua cadastrada. A rede também oferece PEP e tratamento para pessoas com diagnóstico de HIV, contribuindo para combater o estigma e o preconceito em torno da doença – declarou o coordenador de Prevenção em Saúde da SMS, Carlos Tufvesson,
Sobre a data
O dia 1º de dezembro foi instituído como o Dia Mundial de Luta contra a Aids em 1988 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para chamar a atenção para a proliferação do vírus HIV como um problema de saúde pública global. No Brasil, a campanha Dezembro Vermelho visa engajar profissionais e usuários para a prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos das pessoas que vivem com HIV/aids e outras infecções sexualmente transmissíveis.
O HIV (vírus da imunodeficiência humana) ataca o sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo contra doenças. A infecção acontece principalmente por relação sexual vaginal, anal ou oral sem preservativo com um parceiro soropositivo, isto é, alguém que já tenha sido infectado pelo vírus.
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