Cidade ganha Rio Museu Olímpico, com acervo de mil peças, na Barra da Tijuca

Publicado em 01/08/2025 - 17:49 | Atualizado
O museu vai eternizar as conquistas olímpicas e transformações da cidade - Beth Santos

Para celebrar os nove anos da realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, a primeira edição na América do Sul, a prefeitura inaugura no domingo (03/08) o Rio Museu Olímpico, no Velódromo – Parque Olímpico. Uma instalação inovadora, imersiva e moderna, onde o visitante, de maneira interativa, vai relembrar todos os detalhes da grande festa e da transformação da capital fluminense em um lugar melhor para os cariocas.

– Aqui mostra que fizemos uma linda celebração que encantou o mundo no período do evento, e que nos abriu possibilidades muito além daquele momento dos Jogos. Todos os cariocas e visitantes que estiverem no Rio e quiserem lembrar os momentos mais emocionantes das competições, entender um pouco do como isso tudo foi feito, podem vir a este museu que vão sentir novamente toda essa emoção dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio – festejou o prefeito do Rio, Eduardo Paes.

O Rio Museu Olímpico foi erguido no andar superior do Velódromo em uma área de cerca de 1.700 mil metros quadrados. Seu acervo possui mil peças e são 13 áreas temáticas com aproximadamente 80 experiências e atividades. O equipamento já nasce como membro da Rede de Museus Olímpicos do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Dentre as experiências oferecidas, o visitante vai poder interativamente “explodir” a perimetral, “se exercitar” como um verdadeiro ginasta nas argolas ou “praticar canoagem slalom”. Corrida de 100m, exercícios na trave, basquete e outros esportes também oferecerão uma experiência imersiva e tecnológica.

– É mais um legado importante que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio nos deixaram. Esse museu conta toda a nossa jornada e vai servir de estímulo para as gerações que não vivenciaram os Jogos se dedicarem ao esporte – frisou o secretário Municipal de Esportes, Guilherme Schleder.

A história dos Jogos Rio 2016 será contada desde o início da candidatura, e toda transformação pela qual a cidade passou estará retratada de maneira informativa e dinâmica. A revitalização da Região do Porto e o novo sistema integrado de transporte com o BRT e o VLT são exemplos das mudanças registradas pelo museu.

O legado pós-Jogos 2016 também são mostrados: como a Arena Carioca 3 (local das competições de esgrima olímpica e judô paralímpico) transformada na primeira instalação olímpica a virar uma escola, a chamada “arquitetura nômade” com a desmontagem da Arena do Futuro (local das competições de handebol olímpico e goalbal paralímpico) para a construção de quatro escolas públicas. Além da criação do Terminal Intermodal Gentileza, e os parques Madureira, Rita Lee, Radical de Deodoro, e Oeste.

Somado às experiências imersivas, o visitante irá ter contato com várias relíquias dos Jogos Rio 2016, como a tocha, medalhas, moedas, ingressos, papelaria, uniformes da Cerimônia de Abertura e do revezamento da tocha. Outras atrações são a bola da final do vôlei masculino que deu a medalha de ouro ao Brasil e a faixa preta do quimono da judoca Rafaela Silva campeã olímpica no Rio.

– É um museu que celebra somente o legado olímpico. E podemos dizer que ele é o terceiro museu do nosso legado olímpico, porque o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio também foram erguidos por causa da transformação provocada pelos Jogos. É um museu com que mostra a transformação da cidade do Rio e é um museu para toda a família – afirmou o Secretário Municipal de Cultura, Lucas Padilha.

Em agosto e setembro, o Rio Museu Olímpico funcionará no modelo soft opening, que significa uma abertura gradual, controlada para que todo o sistema seja testado e a experiência possa ser a melhor possível para o público. Estará aberto de terça-feira a sábado, das 10h às 14h, e neste período a entrada será gratuita.

Por dia, até 120 pessoas divididas em grupos de 30 poderão conhecer o Rio Museu Olímpico. As visitas devem ser agendadas, a partir de segunda-feira (04/08), pelo site: www.museuolimpico.rio.

– É um momento marcante para o esporte ter um museu onde aconteceram os Jogos. Muitas vezes vivemos no automático: treino, viagens, competições e, por vezes, não lembramos dos nossos momentos. Ter um lugar onde possa visitar, relembrar um pouco dos seus melhores momentos dentro do esporte, com certeza é um momento especial para reviver um pouco dessas lembranças tão especiais para o esporte brasileiro – ressaltou a judoca brasileira campeã olímpica nos Jogos Rio 2016, Rafaela Silva.

 

Um espaço renovado

Para a instalação do Rio Museu Olímpico, o Velódromo passou por uma revitalização, com várias melhorias estruturais. Foram feitas intervenções na cobertura e na fachada, garantindo mais modernidade e conforto.

Um dos destaques arquitetônicos do Rio Museu Olímpico é o percurso formado por anéis sequenciais e coloridos, chamados de “Cariocas”, que variam de 2,9 a 6,5 metros de diâmetro.

A infraestrutura do espaço também sofreu adequações. A acessibilidade foi reforçada com a construção de uma nova rampa e a instalação de um elevador exclusivo para visitantes.

O projeto ainda incluiu a aquisição de duas novas máquinas de ar-condicionado, a readequação do sistema de automação de climatização e a instalação de novas câmeras de segurança. Elevadores, telhado e rampa de acesso foram restaurados, e o sistema de combate a incêndio e pânico foi modernizado para atender às normas técnicas vigentes.

– Tive a oportunidade de viver, competir e conquistar minha primeira medalha paralímpica nos Jogos do Rio, diante de toda a minha família. Então, olhar esse museu, estar nele, me traz muita emoção – disse o judoca paralímpico Wilians Araujo.

 

 

  • 1 de agosto de 2025
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