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Dia do Médico de Família e Comunidade: o cuidado que aproxima
Publicado em 18/05/2025 - 16:36 | Atualizado
“É o médico que cuida não só da doença, mas das pessoas.” Assim Natália Araújo, 27 anos, residente na Clínica da Família Estácio de Sá, define sua futura profissão. A Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS) celebra, na segunda-feira (19/5), o Dia do Médico de Família e Comunidade, especialidade fundamental da Estratégia Saúde da Família e da rede de Atenção Primária, elo entre a população e o Sistema Único de Saúde (SUS). Profissionais cuja missão é ouvir, orientar e cuidar ao longo do tempo, com um olhar que contempla não apenas a doença, mas também a pessoa: seu contexto social, seu território e suas relações.
Para o médico Giovani Brito, 58 anos, que também trabalha na CF Estácio de Sá, a essência da especialidade está na escuta e na empatia.
– É importante esse cuidado, esse olhar integral que temos sobre as pessoas. Não queremos entender somente a doença, queremos entender a pessoa de maneira integral. Isso facilita muito o nosso entendimento e o nosso trabalho, essa aproximação é muito importante para nós. Acionar a nossa empatia, colocarmo-nos no lugar do outro, entender o sofrimento do outro e, com isso, tentar resolver os problemas – afirmou ele, prestes a completar 34 anos de profissão.
Já para quem está no início da carreira, o que encanta é justamente a continuidade do cuidado.
– A Medicina de Família e Comunidade abre portas no sentido de como ser como pessoa. É uma relação mais horizontal, sem ser centrada no médico. Compartilhar o cuidado com o paciente, essa é uma experiência que nos muda como pessoa, não só como profissional – disse Natália, que conta ter decidido virar médica de família após um período de internato na mesma clínica.
“Somos especialistas em família”
Preceptor da residência em Medicina de Família e Comunidade há dois anos, Vágner Batista, 28, reforça que a formação na área vai além da técnica:
– Ensinar médicos a serem especialistas em Medicina de Família é muito mais do que ensinar a dose certa de um remédio. É mostrar para a pessoa caminhos alternativos a seguir e trazer ferramentas para lidar com as adversidades. Como a gente está literalmente no quintal dos pacientes, a gente é solicitado a todo momento.
Também lotado na CF Estácio de Sá, Vágner destaca ainda a importância do vínculo com a comunidade.
– Infelizmente a comunidade entende muito o médico de família como um médico generalista, o que é um erro, que é até consolidado pela sociedade. Somos especialistas em família, então conseguimos entender sobre a dinâmica familiar. O médico de família ajuda a comunidade quando ele é agente social daquele espaço: quando ele vai à casa dos acamados para ver como eles estão, quando ele vai à associação de moradores, quando ele reconhece os principais pontos focais da comunidade… Conseguimos ver essas pessoas como amigos e como pessoas que podem ajudar no nosso trabalho – refletiu.
O município do Rio conta com 1.445 equipes de saúde da família, compostas também por enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários. Em 2024, o Rio de Janeiro voltou a alcançar a cobertura de 70% da população pela rede de Atenção Primária, que hoje tem 240 unidades (clínicas da família e centros municipais de saúde) espalhadas pelo território.
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