Prefeitura inaugura o Palácio Oeste, localizado dentro do parque em construção no bairro de Inhoaíba

Publicado em 03/07/2024 - 16:02 | Atualizado em 03/07/2024 - 16:35
O antigo casarão será usado pelo prefeito Eduardo Paes para despachar periodicamente - Beth Santos/Prefeitura do Rio

A Prefeitura do Rio inaugurou, nesta quarta-feira (3/7), o Palácio Oeste, que está instalado no prédio principal do futuro Parque Oeste, em Inhoaíba. O antigo casarão tem aproximadamente 1.500 metros quadrados, com dois pavimentos, e será usado pelo prefeito Eduardo Paes para despachar periodicamente, a exemplo do que já acontece no Palácio Realengo, também em parque na Zona Oeste, e no Palácio Rio450, em Oswaldo Cruz, na Zona Norte. O casarão, que foi totalmente reformado, com implantação de novas instalações elétricas e hidrossanitárias, climatização e acessibilidade, abrigará ainda a administração do parque.

– No meu primeiro governo, pegamos uma casa no subúrbio, em Oswaldo Cruz, e comecei a despachar toda sexta-feira de lá. Por que esse esforço? Porque a pressão no dia a dia na Prefeitura é natural. Eu fico no roteiro tradicional, casa oficial do prefeito para o Centro. Nos fins de semana busco rodar pela cidade toda. Mas é impossível ver tudo. Então, ali foi uma iniciativa de priorizar o subúrbio. No Parque Realengo tinha uma casa antiga que valia ser preservada, então também passei a despachar de lá uma vez por semana. Estar aqui é a possibilidade de olhar com mais atenção para uma área que é mais da metade do território da cidade. Uma área que priorizo porque a Zona Oeste é o local que mais precisa de investimentos. Passarei a despachar desse palácio uma vez por semana – afirmou o prefeito.

Dedicado à educação, cultura, arte, esportes e lazer, o Parque Oeste está sendo construído pela Prefeitura, por meio da Empresa Municipal de Urbanização (Rio-Urbe), em terreno de mais de 234 mil metros quadrados na Avenida Cesário de Melo, uma das principais vias que cortam a Zona Oeste. As obras foram iniciadas em julho de 2023 e estão em pleno andamento.

Inspirado nos mesmos moldes do Parque Madureira Mestre Monarco, o Parque Oeste contará com equipamentos culturais e esportivos.  A Nave do Conhecimento, as quadras poliesportivas, além do palco de apresentações estão em fase avançada. O campo society e a pista de skate estão perto da conclusão. Nos dias de calor, a população poderá se refrescar na escada das águas e no chuveiro cascata. Um mirante e espaço ecumênico também estão em andamento.

Além disso, está em construção uma bacia de retenção com capacidade para receber 18 milhões de litros de água, tamanho aproximado do piscinão da Praça da Bandeira. O objetivo é dessa nova bacia é acumular água da chuva para minimizar as enchentes que o bairro sofre no verão. Os investimentos do município para a execução do parque giram em torno de R$ 220 milhões. O prazo para a conclusão total das intervenções é o segundo semestre de 2025.

A área onde é erguido o Parque Oeste era a Fazenda Inhoaíba, da família Gonzaga. Em 1930, a fazenda foi doada por Ana Gonzaga, e no local foi inaugurado um orfanato em 1º de maio de 1932, um mês após a morte da benfeitora. O orfanato recebeu o nome de Instituto Metodista Ana Gonzaga em sua homenagem. O terreno foi adquirido pela Prefeitura em 2023.

Mais um legado olímpico

O parque também ganhará mais uma instalação que é um legado dos Jogos Olímpicos Rio 2016. A piscina do Estádio Aquático será instalada na Vila Olímpica. Ainda serão construídos quiosques e um espaço destinado a oficinas. O edifício da nova sede também será erguido pela Rio-Urbe.

Os equipamentos serão implantados no espaço natural, que será preservado com árvores e vegetação existentes. O projeto prevê o cultivo de 1.100 árvores no local e o plantio de jardins em uma área de aproximadamente 34 mil metros quadrados. A área reflorestada será de 61,8 mil metros quadrados. O paisagismo manterá as espécies originais, criando ilhas protegidas, onde os visitantes poderão contemplar a natureza.

Investimento em parques como forma de ampliar áreas verdes

A Prefeitura tem investido na construção de novos parques e na reforma de seus parques públicos como maneira de ampliar as áreas verdes e de lazer para a população do Rio, promovendo a integração da comunidade, redução de ilhas de calor e preservação do meio ambiente. Somente nas zonas Norte e Oeste, a cidade está ganhando cinco grandes parques: a Prefeitura já entregou o Parque Carioca Pavuna, numa área de 17 mil metros quadrados, nas proximidades da comunidade do Chapadão, o Parque Realengo Jornalista Susana Naspolini, com 76 mil metros quadrados, e o Parque Rita Lee, com 136 mil metros quadrados, na Barra Olímpica. E constrói o Parque Oeste e o Parque Piedade, com 18 mil metros quadrados, na Zona Norte.

Além disso, a Prefeitura fez, nesta gestão, a revitalização e a reforma completa de importantes parques da cidade, como a Quinta da Boa Vista e o Parque do Flamengo. O município também está investindo na concessão de áreas públicas da cidade, como o Jardim de Alah e o Parque da Catacumba, com o intuito de melhorar esses espaços para o uso da população.

Também já foram entregues as reformas dos parques Garota de Ipanema (Ipanema), Penhasco Dois Irmãos (Leblon), Peter Pan (Copacabana), Municipal Lúcio Costa (Outeiro), na Glória, e Parque Esperança (Campo Grande). E construiu o Parque Linear Isabel Domingues (Gardênia Azul). Outro local em reforma é o Parque Glória Maria (Ruínas), em Santa Teresa. A Prefeitura também está investindo no reflorestamento da Serra da Posse, que abrange os bairros de Campo Grande, Santíssimo e Senador Vasconcelos.

A criação de uma nova orla de convívio público, lazer, cultura e eventos, abrindo ao uso da população a frente marítima da Zona Portuária também está nos planos. Batizado de Parque do Porto e com construção prevista para ocorrer em duas etapas, o projeto inclui um novo píer para embarque e desembarque de navios de cruzeiro.

Com forte componente ecológico e sustentável, o parque prevê ainda um conjunto de praças flutuantes, com áreas verdes e para piquenique, hortas comunitárias, quadras poliesportivas, ciclovias, museu a céu aberto, espaços para eventos, equipamentos para tratamento de água e resíduos e plantio de árvores, tudo isso perpassado por uma longa via suspensa para pedestres e bicicletas. O projeto está sendo negociado com o Governo Federal para cessão de áreas da União e adequação das atividades portuárias.

  • 3 de julho de 2024
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